Tiago Leifert discute com influenciadora Sara Zarâ após caso de Vini Jr.

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Tiago Leifert se envolveu em uma discussão ao vivo com a influenciadora Sara Zarâ durante uma live em seu canal do YouTube na quinta-feira, 31. O embate ocorreu após Leifert reagir às acusações de racismo que recebeu ao comentar a ausência de Vini Jr. na cerimônia do Ballon d'Or, em Paris.

Leifert começou a live afirmando que seu comentário havia sido tirado de contexto: "Vocês pegaram o comentário sobre a Bola de Ouro e estão me acusando de algo que não sou. Estamos falando de crime. Que absurdo", disse o apresentador.

Discussão com a Influenciadora

Sara Zarâ aceitou o convite para participar da live e expor a problemática que identificou nas falas de Leifert, apontando o contexto de racismo que, para ela, se aplica ao caso. "Não é porque eu não gosto de esporte e de futebol. Não tive interesse em ver sua live porque sei distinguir o que é uma conversa de algo que não cabe em nenhum contexto. E, para mim, aquela orientação que você deu não faz sentido em contexto algum, nem mesmo no futebol", comentou Sara, finalizando: "Aquela fala não deveria existir ali, nem em qualquer outro tema, porque realmente não traz nenhuma orientação para nós".

Leifert rebateu, afirmando que não via racismo na derrota de Vini Jr. e que o critério de premiação do Ballon d'Or precisava de revisão. "A Bola de Ouro está injusta há um bom tempo, tornou-se um prêmio individual polêmico. São 100 jornalistas que votam, um de cada país, e aqui no Brasil é o Cleber Machado, que votou no Vini Jr. Você parte da premissa de que ele perdeu por racismo? Tem certeza disso?", questionou Tiago.

Sara afirmou que Leifert estava equivocado. Ele, por sua vez, respondeu: "Então, minha fala não é racista." Zarâ, então, elaborou: "O problema não é o Vini Jr. não ter ganhado, mas o ambiente hostil que ele enfrenta há muito tempo. Não é só sobre ele, é sobre toda uma comunidade, inclusive eu. Se você vive aqui, entende que brasileiros negros enfrentam provocação ou crime racista constantemente".

A conversa se intensificou quando o apresentador passou a interromper Sara, que demonstrou irritação: "Você me chamou para uma conversa, mas só me interrompe. Eu estava compartilhando minha vivência e você não sabe ouvir. Isso está virando um picadeiro", concluiu.

Entenda o Contexto

Leifert explicou que queria debater o racismo enfrentado por Vinicius Junior, especialmente após o jogador perder o título de Melhor do Mundo para Rodri. Como resposta, nenhum membro do Real Madrid compareceu à cerimônia, algo que Leifert desaprovou. "Ele deveria ter ido, com o peito estufado, olhar nos olhos dos jornalistas, receber o carinho. Se tivesse ido, seria o campeão moral. Perdeu a oportunidade de ter essa imagem", opinou Leifert.

A declaração gerou repercussão negativa. O ator Bruno Gagliasso, por exemplo, reagiu com a frase: "Calado é um poeta." E Sara, que participou da live, também reiterou suas críticas.

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A Polícia Federal prendeu o suposto líder da quadrilha que trocava etiquetas de malas de passageiros inocentes no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, para enviar cocaína à Europa. Ele foi identificado como Renato Machado, de 30 anos, preso em uma cobertura em Guarulhos na terça-feira, 22, segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 27.

Conforme o programa dominical, a defesa de Machado afirmou que toda a narrativa da polícia foi construída com base em suposições e conexões, sem provas ou flagrantes e que tomará as medidas judiciais cabíveis. O Estadão não localizou os advogados de Machado.

Durante dois anos, a PF investigou o esquema de tráfico internacional de drogas. Machado não era funcionário do aeroporto, mas tinha influência sobre as escalas de trabalho e coordenava a logística dos envios, conforme apontou a reportagem.

"Ele não vinha aqui. Não era ex-funcionário daqui. Mas tinha contatos. É ele que formava as escalas daquele dia para aquele voo, para aquela localidade que a droga ia", afirmou o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Felipe Lavareda.

O Fantástico revelou que, apesar de atuar a distância, o suposto líder da quadrilha mantinha comunicação frequente com os membros do grupo, o que possibilitou aos investigadores identificar os envolvidos e elaborar o organograma da organização criminosa.

"Ele trata tudo de longe, dando as ordens. Às vezes, pode até ir lá fazer o pagamento, dar carona, mas ele não toca na droga", disse o delegado.

Em março de 2023, duas passageiras de Goiânia acabaram presas por engano pelas autoridades alemãs, passando 38 dias na prisão. Kátyna Baía e Jeanne Paolini foram vítimas de quadrilha que atuava no Aeroporto de Guarulhos.

"Falamos de imediato que aquelas malas não eram nossas", disseram em entrevista por áudio ao Fantástico.

Na ocasião, a PF desarticulou a organização, mas um dos líderes do grupo não havia sido localizado.

A investigação desvendou uma organização com divisão de tarefas, onde os responsáveis pela execução não mantinham contato direto com os líderes. "Às vezes o pessoal que atua aqui de fato, pondo a mão na massa, não conhece quem é o líder. Só sabem por nome. Tem uma pessoa no meio e é bem compartimentado", disse o delegado.

Pedro Venâncio, um dos funcionários envolvidos, foi preso um mês depois. Em imagens, ele aparece trocando as etiquetas e, em depoimento admitiu que receberia R$ 10 mil pelo serviço, segundo o Fantástico. "Eu sabia que era uma mala de conexão, era uma mala que vem de um lugar e vai para outro. Não pararia apenas em um aeroporto. Eu receberia R$ 10 mil."

Os advogados de Venâncio buscam redução de pena através de recurso, argumentando que a confissão não foi devidamente considerada na condenação, conforme o programa da TV Globo.

Ainda de acordo com a reportagem, o grupo também utilizava o método de troca de etiquetas de bagagens para enviar cocaína para França e Portugal. "Um na França que o envio da droga foi no dia anterior ao dia da Alemanha; e um que foi para Portugal em outubro de 2022", disse o delegado.

Conforme a reportagem, as mensagens encontradas no celular de Machado revelam um perfil violento. Em conversas com outros integrantes, ele escreveu: "Achamos o safado que estava 'caguetando nós', mano", "Esse cara já era, virou finado", "'Tá' um cadáver ambulante." Existe a suspeita de ligação do grupo com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A polícia alemã apreendeu em março de 2023 duas malas com 20 quilos de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna, e elas foram presas.

A base para a liberação foram as imagens que mostram as bagagens sendo trocadas durante escala no Aeroporto de Guarulhos. Segundo a Polícia Federal, um dia antes do embarque das duas brasileiras, outra goiana teve a etiqueta da mala trocada por bagagem com drogas ao viajar para Paris, mas não foi presa.

Vídeos obtidos pelo Fantástico mostram como dois funcionários do aeroporto identificam as duas malas de Kátyna e Jeanne, uma rosa e uma preta, separam e, discretamente, retiram a etiqueta delas em uma área de segurança e de acesso restrito que é monitorada por várias câmeras.

Em outro vídeo, duas mulheres chegam ao aeroporto com duas malas de cores diferentes por volta das 20h30. Seriam as malas que continham os 40 kg de cocaína, segundo a polícia.

As duas vão até um guichê de companhia aérea após um sinal da única funcionária no local, deixam as malas e saem em seguida do aeroporto, sem embarcar para qualquer destino. As duas malas são levadas para o mesmo veículo onde estão as malas de Kátyna e Jeanne e a troca é feita.

Inconformado por perder a única irmã - Thais Bonatti, de 30 anos, - o representante comercial William de Andrade pede justiça. Ela morreu no sábado, 26, após ser atropelada pelo juiz aposentado Fernando Augusto Fontes Rodrigues Júnior, de 61 anos, em Araçatuba, interior de São Paulo. Thais ficou dois dias internada, mas não resistiu.

Foi atestado que o motorista estava embriagado. Ele chegou a ser preso, mas foi solto no dia seguinte após pagar fiança de R$40 mil. Em nota, ele manifestou pesar pela morte e disse não poder dar entrevistas por causa do sigilo do inquérito.

William conta que Thais morava com os pais idosos, que têm problemas como diabete e hipertensão, e era a responsável pelos cuidados com eles. Ela ia de bicicleta para o trabalho - como auxiliar de cozinha - quando foi atropelada.

"Enquanto a minha irmã estava indo trabalhar, ele estava voltando de uma casa noturna. É revoltante porque uma pessoa que passa horas bebendo e vai dirigir assume o risco de matar. Ele tem de responder pelo crime; tem de ser homicídio doloso", disse William, de 43 anos, ao Estadão.

Segundo a Polícia Civil, Júnior dirigia uma caminhonete modelo Ford Ranger, quando parou o veículo perto de um ponto de descarga de mercadorias de um supermercado na Avenida Waldemar Alves, no bairro Jardim Presidente.

Uma mulher que o acompanhava, nua, tentou sentar em seu colo. Neste momento, o juiz aposentado acelerou o carro de forma abrupta e passou com a caminhonete por cima de Thais, que seguia pela mesma rua de bicicleta.

O magistrado foi levado à Delegacia Seccional e submetido a exame clínico de embriaguez. Conforme a Polícia Civil, ele apresentava fala desconexa, falta de coordenação motora e forte odor etílico quando foi abordado pelos policiais. O médico legista atestou que ele estava "alcoolizado/embriagado".

O magistrado foi preso em flagrante, mas no dia seguinte, em audiência de custódia, foi liberado após pagar fiança de R$40 mil. O caso foi registrado como lesão corporal culposa, mas com a morte de Thais foi reclassificado para homicídio culposo na direção de veículo automotor, ou seja, quando não há intenção de matar.

"Minha irmã sofreu demais. Teve fraturas na bacia e traumatismo craniano. Pessoas que passavam no local na hora do acidente falam que ela gritava muito de dor. Dizem que ela desmaiou", conta William.

Thais foi socorrida em estado grave e encaminhada à Santa Casa da cidade. Ficou internada na UTI, passou por duas cirurgias para reparar fraturas, teve duas paradas cardiorrespiratórias durante os procedimentos, e morreu na madrugada de sábado.

"Ela trabalha em dois, três lugares para ajudar em casa. Era uma menina sem preguiça, tinha muitos sonhos e uma vida toda pela frente. Minha mãe está destruída. Ele acabou com uma família toda", diz.

O representante comercial afirma que a família pretende acionar a Justiça.

"Está sendo difícil, muito triste ver o que minha irmã passou e o que a família toda está enfrentando. Queremos que a Justiça seja feita porque, independentemente de quem ele seja, é uma pessoa comum que tirou a vida de outra", diz.

O passaporte brasileiro alcançou a 16ª posição no ranking global de passaportes mais "poderosos", de acordo com o levantamento da consultoria Henley & Partners. O documento nacional permite atualmente a entrada sem visto prévio em 170 países, o maior número já registrado desde o início da série histórica da consultoria, em 2006.

O ranking considera a quantidade de destinos que cidadãos de cada país podem acessar sem a necessidade de visto antecipado. O topo da lista é ocupado por Cingapura, cujo passaporte garante entrada em 193 países. Logo em seguida estão Japão e Coreia do Sul, com acesso a 190 destinos, e um grupo de países europeus como Alemanha, França e Espanha, com 189 acessos.

Na outra ponta, os passaportes menos aceitos do mundo são os de Afeganistão (25 destinos), Iraque (27) e Síria (30), refletindo as limitações diplomáticas e geopolíticas enfrentadas por esses países.

Além do Brasil, que subiu no ranking, destacam-se também passaportes de países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália, que continuam entre os mais aceitos globalmente, embora tenham perdido posições nos últimos anos.

A ascensão do Brasil no ranking é atribuída à ampliação de acordos bilaterais e à estabilidade diplomática em diversas regiões, o que fortalece o poder de mobilidade dos brasileiros no exterior.

Segundo a Henley & Partners, o desempenho brasileiro em 2025 marca a melhor colocação já registrada no levantamento, reforçando a valorização do documento em nível internacional.