Nunes diz que vai ao debate da Band e planeja programa eleitoral focado em eleitores de Marçal

Política
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Após faltar ao debate promovido pelo Grupo Globo na manhã desta quinta-feira, 10, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que comparecerá ao próximo encontro no formato, que será realizado pela TV Band na segunda-feira, 14. O candidato também comemorou o resultado da pesquisa Datafolha, que o colocou com 55% contra 33% de Guilherme Boulos (PSOL), mostrou que há migração dos votos de Pablo Marçal (PRTB) para sua candidatura.

Nunes tem defendido que os meios de comunicação se unam para realizar no máximo três debates no segundo turno sob o argumento de que essa é a tradição em São Paulo e que uma maratona de encontros seria cansativa e prejudicaria outras atividades da campanha.

Ele, porém, fez a ressalva de que a Band tem tradição de realizar o primeiro debate do segundo turno e aceitou o convite.

Rival do prefeito, Boulos é contrário à redução de debates e disse que vai a todos os que forem propostos pela imprensa. Na manhã desta quinta-feira, o debate realizado pela rádio CBN e pelos jornais O Globo e Valor Econômico foi transformado em uma sabatina com o psolista.

"Eu gostaria de ir em todos, mas é humanamente impossível participar de 12 debates em 15 dias", disse o prefeito após uma caminhada no bairro Parada de Taipas, na zona norte da capital. "O meu comportamento será o mesmo dos debates do primeiro turno. Respeito, não falar mentira, não imputar às pessoas crimes que elas não cometeram, como, por exemplo, o meu adversário, esse extremista, está imputando a mim", afirmou Nunes.

Na quarta-feira, 9, a Justiça Eleitoral determinou que Boulos retire três vídeos de seus perfis nas redes sociais que contêm ataques a Nunes. As publicações relacionam o atual prefeito com crime organizado e supostos favorecimentos ilegais. Boulos também disse nesta quinta-feira que a campanha de Nunes faz caixa dois, mas não apresentou provas para sustentar a acusação.

Propaganda eleitoral mira eleitores de Marçal

O candidato do MDB celebrou a pesquisa Datafolha e disse que o resultado reflete o fato de a população percebê-lo como "equilíbrio " e "ordem", contra o "extremismo" e a "desordem" de Boulos.

Nunes classificou como "boa notícia" que 84% dos eleitores que votaram em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno agora declaram apoio a ele. Como mostrou o Estadão, o ex-coach não apoiará o prefeito e liberou seus eleitores para adotarem a posição que quiserem.

Segundo Nunes, seu programa eleitoral da próxima terça-feira, 15, terá como foco propostas na área de empreendedorismo, tema introduzido na eleição paulistana por Marçal.

"Faço o reconhecimento (de) que foi uma tema que ele trouxe pra campanha e que eu reconheço que preciso falar mais. No horário eleitoral (de terça) falo justamente disso: já estou fazendo, mas vamos continuar ampliando essas ações necessárias de empreendedorismo, de as pessoas poderem ter oportunidade, geração de emprego e renda na cidade", afirmou.

Em outra categoria

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, 1, que nomeará o secretário de Estado, Marco Rubio, como conselheiro interino de Segurança Nacional para substituir Mike Waltz, que foi indicado para ser embaixador dos EUA na ONU.

Trump anunciou as medidas logo após a divulgação da notícia de que Waltz e seu vice, Alex Wong, deixariam o governo.

"Tenho o prazer de anunciar que nomearei Mike Waltz como o próximo Embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas. Desde seu tempo de uniforme no campo de batalha, no Congresso e como meu Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz tem se dedicado a colocar os interesses da nossa nação em primeiro lugar", escreveu Trump nas redes sociais.

"Enquanto isso, o Secretário de Estado Marco Rubio atuará como Conselheiro de Segurança Nacional, mantendo sua forte liderança no Departamento de Estado. Juntos, continuaremos a lutar incansavelmente para Tornar a América, e o mundo, seguros novamente."

Existe um precedente para o Secretário de Estado servir simultaneamente como Conselheiro de Segurança Nacional. Henry Kissinger ocupou ambos os cargos de 1973 a 1975.

Signalgate

Ex-deputado republicano da Flórida, Waltz ganhou atenção internacional em março após incluir por engano o editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, em um grupo na plataforma Signal que reunia várias autoridades do país e onde foram discutidos ataques militares de Washington contra os Houthis, no Iêmen.

Depois do papel no 'Signalgate', o conselheiro agora é acusado de deixar a conta no aplicativo Venmo aberta.

O aplicativo tem função de pagamento online, semelhante ao Paywall, mas com funções de redes sociais que permitem que os usuários curtam e compartilhem postagens. Ele está disponível somente nos Estados Unidos.

Decisão

Aliados do núcleo mais extremista de Trump, como Laura Loomer, já criticavam Waltz desde antes do Signalgate. Segundo Loomer, Waltz faz parte de uma ala do Partido Republicano que não está em sintonia com a agenda do presidente americano.

Trump tentou evitar a demissão de Waltz e apoiou o seu conselheiro depois do Signalgate, mas a pressão do núcleo duro do presidente fez a diferença.

Em seu primeiro mandato, Trump teve quatro conselheiros de Segurança Nacional, quatro chefes de gabinete da Casa Branca e dois secretários de Estado.

A mudança de Waltz de conselheiro de Segurança Nacional para indicado a embaixador na ONU significa que ele agora terá que enfrentar o processo de confirmação do Senado, que conseguiu evitar em janeiro.

O processo, que se mostrou difícil para várias das escolhas de Trump para o gabinete, dará aos congressistas, especialmente os democratas, a primeira chance de questionar Waltz sobre sua decisão de compartilhar informações sobre um iminente ataque aéreo americano no Signal./Com Associated Press