Nunes se diz 'impressionado' com rejeição Boulos e agradece votos de eleitores Lula

Política
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O atual prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse, durante ato de campanha nesta sexta-feira, 11, que está "impressionado" com a rejeição do adversário Guilherme Boulos (PSOL), que chegou a 58%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 10.

Nunes afasta a ideia de que a eleição está decidida, mas se diz "otimista". "Estou bastante otimista, lógico. Tem muitos dias pela frente. Não tem eleição ganha. Vamos ter humildade, trabalhar bastante, corpo a corpo, conversar com a sociedade, reforçar nossas propostas e demonstrar que a gente tem melhor condição de tocar a cidade do que o meu concorrente".

Sobre a rejeição de Boulos, ele comentou que isso se deve às agressões do candidato do PSOL contra ele. "Fiquei impressionado com a rejeição que tem o adversário. É uma rejeição muito alta. Demonstra que essas agressões estão desgastando o candidato. A gente nem terminou a semana e ele já tem oito condenações por falar mentira e inventar fake news. O destaque é essa alta rejeição do adversário".

Ele falou do encontro do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com vereadores que apoiaram Pablo Marçal (PRTB), como Lucas Pavanato (PL), Rubinho Nunes (União Brasil) e Sargento Nantes (PP). O prefeito destacou Rubinho, dizendo que quer "distância" dele pela "falta de caráter".

"Não sabia que Tarcísio tinha encontrado com Rubinho Nunes. Por mim, quero distância dele. O que a gente quer são os eleitores do Pablo Marçal. E as pesquisas mostram que eles enxergam que nossa candidatura atende os anseios. É uma candidatura que abriga a direita ... Tenho dificuldade em falar com Rubinho Nunes. Quero ele bem longe de mim. Pelo perfil de falta de caráter dele", disparou Nunes.

Ele comentou o fato de 31% dos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votarem nele, conforme divulgado no Datafolha. "Agradeço. Fico feliz. É o reconhecimento do trabalho. Uma senhora, que mora na Cidade Tiradentes, me falou que votou no Lula, mas fiz a UPA do lado da casa dela e a pracinha para o filho dela. As pessoas estão percebendo que cuidar do seu bairro, saúde e educação importa mais. Quem vai governar a cidade será eu, a partir de 1º de janeiro. Não vai ser Lula, não será Bolsonaro".

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.