Carro de ex-presidente do partido de Marçal é alvejado por tiros no DF

Política
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O advogado e ex-presidente do diretório paulista do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Joaquim Pereira de Paulo Neto, teve o carro alvejado por tiros na tarde de quinta-feira, 10.

O caso foi remetido ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal por suspeita do envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) no caso. O PRTB é a legenda pela qual o ex-coach Pablo Marçal concorreu às eleições municipais de São Paulo neste ano.

Segundo o boletim de ocorrência, Neto e a advogada Patrícia Reiter estavam na rodovia DF-001 quando foram abordados por duas pessoas em uma moto. Ao ouvir a ordem de parada, Patricia, que dirigia, acelerou o veículo até que tiros foram disparados em direção ao vidro do carro, que era blindado. Os dois não se feriram.

Neto foi de março a junho deste ano presidente estadual do PRTB em São Paulo. Ele substituiu Tarcísio Escobar de Almeida, que ficou no cargo por três dias. Como revelou o Estadão, Escobar foi indiciado em julho de 2023 por associação para o tráfico e organização criminosa e é investigado pela Polícia Civil paulista por envolvimento em um esquema que trocava carros de luxo por cocaína para o PCC.

Mesmo fora do cargo de presidente, ele continuou a participar de encontros políticos nos quais se apresentava como presidente da legenda, incluindo atos em sedes, além de articular em nome do PRTB, firmando alianças da sigla em todo o Estado de São Paulo. O presidente nacional da legenda, Leonardo Avalanche, afirmou que foi pressionado por Neto a colocá-lo no comando.

Depois de descobrir que Escobar era investigado, Avalanche disse ter tirado o então presidente do partido. No entanto, o advogado nega a pressão. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Escobar aparece ao lado de Avalanche para uma sessão fotográfica para o partido. A data do vídeo é 29 de maio - pouco mais de dois meses depois da saída oficial de Escobar. Joaquim Neto, Escobar e também Michel Winter, do PRTB de Minas Gerais, romperam com Avalanche sob argumento de descumprimento de acordos.

Tanto Escobar quanto Patrícia afirmam ter registrado boletins de ocorrência alegando ameaças de Avalanche por causa da denúncia sobre o suposto envolvimento com PCC, mas preferem não relacionar o caso com presidente do PRTB.

"Nós dois denunciamos o envolvimento com o PCC. Avalanche me ameaçou, e as provas estão com o Ministério Público. Mas precisamos ter cuidado, não dá pra falar de envolvimento dele com o atentado. Prefiro deixar a polícia trazer essa informação. Tenho meu sentimento, mas prefiro deixar para a polícia resolver", disse o advogado ao Metrópoles.

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Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.