Lula: Inexplicável Conselho da ONU não fazer Israel conversar em vez de 'só saber matar'

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista a jornalistas no México ser "inexplicável" o Conselho de Segurança da ONU não ser capaz de fazer Israel conversar sobre o conflito no Oriente Médio. Na situação atual, de acordo com o petista, o governo israelense "só sabe matar".

Israel ataca sistematicamente a Faixa de Gaza há cerca de um ano, desde que o grupo extremista Hamas fez uma série de atentados contra o país. Agora, os israelenses começaram a fazer ataques contra o Líbano sob o argumento de destruir o Hezbollah. Já há vítimas brasileiras.

"O que eu lamento é o comportamento do governo de Israel. Sinceramente, é inexplicável que o conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel sente numa mesa para conversar ao em vez de só saber matar", declarou o petista. Lula critica frequentemente as ações militares israelenses.

O presidente da República disse que operações para repatriação de brasileiros, como a que está sendo organizada para tirar pessoas do Líbano, serão realizadas "em todos os lugares que for preciso". O governo brasileiro fez ação semelhante no ano passado em Gaza e Israel, quando as hostilidades ganharam força.

Lula falou a jornalistas antes da posse de Claudia Sheinbaum como presidente do México. Eles tiveram uma reunião na segunda-feira, 30. O petista classificou a mexicana como politicamente preparada. Também disse que o México começou um movimento de abertura comercial com o Brasil que fez o fluxo comercial entre os países passar de US$ 14 bilhões. "Há possibilidade de crescimento", disse o brasileiro.

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O presidente da China, Xi Jinping, chegou a Moscou nesta quarta, 7, em visita oficial à Rússia. "Estou ansioso para falar sobre os laços e a cooperação com Vladimir Putin", afirmou Xi, destacando a importância do encontro para aprofundar as relações bilaterais. A visita ocorre em evento de celebração do "80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica", segundo comunicado do governo chinês.

Em discurso, o presidente chinês destacou a robustez da relação sino-russa. "China e Rússia têm explorado com sucesso uma maneira correta de conviver como grandes vizinhos", disse Xi, ressaltando que a parceria tem sido fundamental para a "estabilidade estratégica global" e para o fortalecimento de um mundo multipolar.

O líder chinês ainda reiterou o compromisso de ambos os países em defender os princípios da Segunda Guerra Mundial e a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), se opondo ao "hegemonismo e à política de força" e defendendo um sistema de governança global mais justo.

O presidente americano, Donald Trump, planeja anunciar durante sua viagem à Arábia Saudita na próxima semana que os Estados Unidos agora se referirão ao Golfo Pérsico como Golfo Árabe ou Golfo da Arábia, de acordo com duas autoridades americanas. A Casa Branca e o Conselho de Segurança Nacional não responderam imediatamente às mensagens solicitando comentários.

Países árabes pressionaram por uma mudança no nome geográfico do corpo de água na costa sul do Irã, enquanto o Irã mantém seus laços históricos com o golfo. Nesta quarta-feira, 7, o ministro iraniano das Relações Exteriores afirmou que os nomes das hidrovias do Oriente Médio "não implicam propriedade de nenhuma nação em particular, mas refletem um respeito mútuo pela herança coletiva da humanidade".

O Golfo Pérsico é amplamente conhecido por esse nome desde o século XVI, embora o uso de "Golfo da Arábia" e "Golfo Árabe" seja predominante em muitos países do Oriente Médio. O governo do Irã - anteriormente Pérsia - ameaçou processar o Google em 2012 devido à decisão da empresa de não rotular o corpo de água em seus mapas.

Hoje, no Google Maps dos EUA, o corpo d'água aparece como Golfo Pérsico (Golfo Árabe). O Apple Maps indica apenas Golfo Pérsico. Fonte: Associated Press.

A Embaixada da Índia em Pequim reagiu duramente a uma publicação do Global Times no X que afirmava que o Paquistão havia abatido três caças indianos em retaliação a ataques aéreos. Em uma série de posts, a missão diplomática classificou a informação como "desinformação" e criticou veículos de mídia que reproduzem "afirmações infundadas" sem verificação.

"Recomendamos que verifiquem seus fatos e examinem suas fontes antes de divulgar esse tipo de desinformação", escreveu a embaixada, dirigindo-se diretamente ao Global Times. A publicação cita fontes militares paquistanesas alegando que a Força Aérea do Paquistão (PAF) teria derrubado três caças indianos.

A embaixada destacou que "vários perfis pró-Paquistão estão espalhando alegações sem fundamento no contexto da Operação Sindoor, tentando enganar o público". Além disso, acusou veículos de imprensa de negligência: "Quando meios de comunicação compartilham tais informações sem verificar fontes, isso reflete uma grave falha de responsabilidade e ética jornalística".

A missão indiana citou um "fact-check" do governo que expôs a circulação de imagens antigas de acidentes aéreos sendo reapresentadas como recentes. "Uma é de um incidente anterior envolvendo um caça MIG-29 da Força Aérea Indiana (IAF) que caiu no Rajastão em setembro de 2024, e a outra é de um MiG-21 da IAF na Punjab em 2021", explicou.