Marçal repete 10 vezes pergunta sobre violência doméstica a Nunes: 'Não caio no seu golpe'

Política
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O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, repetiu dez vezes a mesma pergunta ao adversário Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição: "Por que sua mulher registrou um boletim de ocorrência contra você por violência doméstica?". O questionamento foi feito pelo ex-coach durante o debate promovido pelo jornal Folha de S.Paulo e o portal UOL nesta segunda-feira, 30.

Nunes acusou o adversário de fazer jogo sujo e negou qualquer tipo de agressão física contra a esposa Regina Carnovale Nunes. Marçal se refere a um caso de 2011, para o qual, apesar da existência do B.O., não houve abertura de inquérito policial. Para o avanço da apuração, era preciso que Regina fizesse uma representação contra o marido, o que não foi feito.

"Não vou tocar nesse assunto se você explicar ele em definitivo", disse Marçal ao trazer o assunto já na parte final do debate. Nunes negou qualquer ato de violência contra Regina, destacou que está casado com ela há 27 anos e chamou Marçal de "baixo", acusando-o de aplicar golpes em idosos e na África. "Respeita minha famÍlia", disse. Para Regina, o prefeito pediu desculpas por falar sobre o tema durante o debate: "Vamos superar isso".

"Você falar que ama sua esposa, eu não duvido. Por que ela registrou (o boletim)? Estava embriagada? Ludibriada? Alienada? Ninguém entendeu isso até hoje", insistiu Marçal. Nunes respondeu: "Eu não vou cair no seu golpe. Isso é tática de quem deu golpe a vida inteira. Não vou cair".

Em suas considerações finais, Marçal convocou seus apoiadores nas redes sociais para publicarem usando a hashtag #RespondeRicado. "Um cara que agride mulher e não assume por que (o B.O.) foi registrado não merece seu voto".

Questionado sobre o tema após o debate, Nunes respondeu: "Você (repórter) também caiu no golpe do Marçal. Ele tem altíssima rejeição e usa artifícios para atacar pessoas. O que tem de real: sou casado há 27 anos, amo minha esposa. Um desentendimento aconteceu 14 anos atrás sem nenhum tipo de agressão física. Nunca houve, nunca levantei um dedo contra ela".

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Ministros do governo de Israel aprovaram planos para intensificar as operações militares na Faixa de Gaza, disse uma autoridade israelense nesta segunda-feira, 5, sob condição de anonimato.

De acordo com a fonte, os planos envolvem a reivindicação de mais áreas no enclave palestino, onde metade do território já está sob controle israelense.

A aprovação ocorreu um dia depois de o país anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva para as operações em Gaza, que teriam como objetivo aumentar a pressão sobre o Hamas pela negociação de um cessar-fogo. Fonte: Associated Press.

O presidente Donald Trump disse que está instruindo o seu governo a reabrir e expandir Alcatraz, a notória antiga prisão em uma ilha da Califórnia. A prisão foi fechada em 1963. A Ilha de Alcatraz atualmente é operada como um ponto turístico.

"Estou instruindo o Departamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e a Segurança Interna, a reabrir uma Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída, para abrigar os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos", escreveu Trump em mensagem no site Truth Social na noite deste domingo.

Ainda segundo ele, a reabertura de Alcatraz servirá como um "símbolo de Lei, Ordem e Justiça". A ordem foi emitida em um momento em que Trump vem entrando em conflito com os tribunais ao tentar enviar membros de gangues acusados para uma prisão notória em El Salvador, sem o devido processo legal. Trump também falou sobre o desejo de enviar cidadãos americanos para lá e para outras prisões estrangeiras.

O nacionalista de extrema direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo, 4, no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos. A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.

Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.

Bem atrás, em segundo lugar, ficou o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,67%, e em terceiro, o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,62% - uma diferença que deve aumentar à medida que os últimos votos das cidades maiores forem apurados.

Onze candidatos disputaram a presidência e um segundo turno será realizado em 18 de maio entre os dois candidatos mais votados. Até o fechamento das urnas, cerca de 9,57 milhões de pessoas - ou 53,2% dos eleitores elegíveis - haviam votado, de acordo com o Escritório Central Eleitoral, com 973.000 votos depositados em seções eleitorais instaladas em outros países.

Eleição foi anulada em 2024

A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.

Georgescu, que compareceu ao lado de Simion em uma seção eleitoral em Bucareste, chamou a nova votação de "uma fraude orquestrada por aqueles que fizeram da mentira a única política de Estado", mas disse que estava lá para "reconhecer o poder da democracia, o poder do voto que assusta o sistema, que aterroriza o sistema".