PSDB rejeita pedido de expulsão de Datena por cadeirada em Pablo Marçal

Política
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O PSDB comunicou a seus filiados nesta segunda-feira, 23, que recusou, por unanimidade, o pedido de expulsão do apresentador de TV José Luiz Datena, candidato à Prefeitura de São Paulo, do partido. Após o episódio da cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura, em 15 de setembro, 41 filiados solicitaram ao partido a expulsão do jornalista.

Segundo os signatários do documento, a agressão configurava uma infração às normas da sigla. "Somente com uma ação firme e clara contra esse tipo de comportamento poderemos preservar o legado de responsabilidade social, bom senso e equilíbrio que o PSDB sempre defendeu", diz um trecho da petição.

A recusa do pedido pela Executiva municipal da legenda é de quinta-feira, 19, e foi oficializada nesta segunda. Segundo Guilherme Ruiz Neto, advogado do PSDB paulista, "se firmou o entendimento de que Datena agiu em legítima defesa para repelir a injusta agressão perpetrada por Pablo Marçal".

Durante o programa da TV Cultura, o candidato do PRTB provocou Datena com insinuações de que o tucano cometeu abuso sexual. O processo ao qual o empresário e influenciador se referia está extinto na Justiça, não havendo condenação pelo caso. Nesta segunda-feira, durante sabatina realizada pelo SP1, da TV Globo, o candidato do PSDB disse que não se arrepende de ter dado uma cadeirada no adversário, mas prometeu não repetir o ato de violência contra o ex-coach.

Apesar do respaldo de dirigentes tucanos, o apoio a Datena não é unânime entre filiados da sigla. A decisão de ter ou não um candidato próprio ou de apoiar a candidatura à reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), dividiu o partido ao longo do primeiro semestre e levou a uma debandada de todos os vereadores do partido na Câmara Municipal de São Paulo.

Desde o anúncio da pré-candidatura de Datena, em junho, a insatisfação desta ala do partido se intensificou. O grupo resistente em ter o apresentador como candidato a prefeito era liderado por Fernando Alfredo, ex-presidente municipal do PSDB.

Em uma tentativa de obstruir a indicação de Datena, Alfredo chegou a se lançar como pré-candidato à Prefeitura. O movimento não foi bem sucedido e o ex-presidente do diretório paulistano foi expulso da sigla.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.