Nunes, Boulos ou Marçal? Quem está à frente nas pesquisas após cadeirada em debate?

Política
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As três pesquisas realizadas após as agressões verbais entre dois dos candidatos à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB), que resultaram em uma cadeirada do apresentador de TV no ex-coach e adversário político, não foram significativamente alteradas pelo episódio, em comparação com os resultados que já eram indicados nos últimos levantamentos.

Oscilando dentro das margens de erro, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e Marçal continuam ocupando as três primeiras posições da lista de intenções de voto.

A nova leva de pesquisas confirmou uma tendência de movimento que começou a ser vista já nos resultados da semana passada, quando Nunes se recuperou e abriu vantagem na primeira posição, empatado tecnicamente ora com Boulos, ora com Marçal.

Nos novos resultados, o atual prefeito se manteve numericamente à frente, mas em empate com Boulos nos três levantamentos. Abaixo dos dois vem Marçal, o alvo da cadeirada, que inclusive viu sua rejeição oscilar três pontos para cima no levantamento do Datafolha - o que o coloca como o candidato com o maior índice de eleitores que "não votariam de jeito nenhum" nele no primeiro turno. Em seis semanas, o ex-coach cresceu 17 pontos no ranking de rejeição.

20/9 - Paraná Pesquisas

O novo levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira, 20, sobre as intenções de voto do paulistano para a Prefeitura de São Paulo aponta o atual prefeito liderando numericamente a disputa, com 26,8%, seguido por Boulos, com 23,7%, e por Marçal, com 21%. Como a margem de erro é de 2,6 pontos porcentuais, para mais ou para menos, Nunes e Boulos estão empatados tecnicamente, e o ex-coach aparece também em empate técnico com o deputado federal. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) tem 8,3% das menções, e Datena, 7%.

Nos dois levantamentos anteriores, em 13 e 6 de setembro, havia um empate técnico entre os três candidatos, que apenas oscilavam dentro da margem de erro de uma pesquisa para outra. No início do mês, Nunes marcava 23,8%, e uma semana depois 25,1%; Boulos foi de 23,9% para 24,7%, enquanto Marçal oscilou para baixo, de 21,3% para 21%.

Marçal também lidera em rejeição no levantamento da Paraná, ultrapassando Boulos numericamente e chegando a 37,9% - crescimento de 5,6 pontos porcentuais em comparação à pesquisa anterior. Boulos oscilou de 34,3% para 34,8% de rejeição. Datena aparece logo em seguida, com 22,6% dos eleitores dizendo que jamais votariam no apresentador - antes eram 20,7%.

Indecisos são 4,8%; branco, nulo e "não vai votar" perfazem 6,2%.

19/9 - Datafolha

Na pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 19, houve apenas oscilação, comparando os resultados de agora com os da pesquisa anterior, do dia 12 de setembro. Nunes, que tinha 27%, manteve a mesma porcentagem de intenção de votos, enquanto Boulos, que tinha 25%, passou para 26%, sendo o único dos principais candidatos a oscilar - no caso dele, positivamente, mas apenas um ponto porcentual. Com isso, os dois seguem em empate técnico dentro da margem de erro do levantamento, de três pontos.

Marçal aparece em terceiro, assim como na última pesquisa, com 19%. Na sequência aparecem Tabata, com 8%; Datena, com 6%; e Marina Helena, com 3% das intenções de voto. Nenhum deles teve variação de uma semana para outra. Indecisos são 6%; brancos e nulos, 7%.

18/9 - Quaest

Mais uma vez, a pesquisa da Quaest indicou um empate triplo entre os três primeiros colocados na disputa pela Prefeitura paulistana. O atual prefeito aparece com 24%, enquanto o deputado federal teve 23% e o ex-coach, 20% das intenções de voto no cenário estimulado. A margem de erro do levantamento é de até três pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Nas colocações seguintes aparecem Datena, com 10%, Tabata, com 7%; e Marina Helena, com 2%. Os demais candidatos não pontuaram. São 7% os que votam branco ou nulo, e 7% estão indecisos.

Na pesquisa anterior do instituto, divulgada na quarta-feira, 11, Nunes também apareceu com 24% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Marçal, com 23%, e com o deputado federal, com 21%. Na nova pesquisa, o ex-coach oscilou três pontos para baixo, e o psolista dois pontos para cima, ambos dentro da margem de erro. Datena, que tinha 8% no levantamento anterior, oscilou dois pontos para cima depois da cadeirada.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.