Lula diz que deve tomar ainda hoje decisão sobre permanência de Silvio Almeida no governo

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que deve tomar, ainda nesta sexta-feira, 6, uma decisão sobre a permanência do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, no governo, a partir de conversas com ministros que devem ocorrer nesta tarde.

A declaração ocorreu em entrevista à rádio Difusora Goiânia, na manhã desta sexta-feira, após a organização não-governamental Me Too Brasil ter informado, em nota, na quinta-feira, 5, que recebeu denúncias de que Almeida teria cometido assédios sexuais.

"É isso o que vou decidir hoje à tarde", afirmou. "Vou tomar uma decisão, porque é o seguinte: o governo precisa de tranquilidade."

Lula continuou: "o país está indo bem, as coisas estão funcionando bem, a economia está crescendo, o emprego está crescendo, o salário está crescendo, o nosso comércio exterior está crescendo. Só de mercados novos para os produtos brasileiros, foram abertos 183 novos mercados em apenas 19 meses. Eu não vou permitir que um erro pessoal de alguém, um equívoco de alguém, vá prejudicar o governo".

Na sequência, Lula disse querer "paz e tranquilidade" e afirmou que "assédio não pode coexistir com a democracia, com os direitos humanos e, sobretudo, com o respeito ao subordinado".

Não houve apresentação de provas sobre os relatos de assédio. Em nota e em vídeo em redes sociais, o ministro afirmou que as denúncias são falsas e que está sendo vítima de perseguição.

De acordo com o governo federal, a Comissão de Ética da Presidência da República vai apurar as denúncias. O Palácio do Planalto declarou que Almeida foi chamado para dar explicações sobre o caso.

O Planalto não fez referência à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Segundo o site Metrópoles, a ministra também teria sido vítima de assédio. Ela não se manifestou.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que na quarta-feira impôs sanções ao petróleo do Irã e que, países que recebem a commodity iraniana, não podem fazer negócios com os americanos, em discurso no evento do Dia da Oração, na Casa Branca, nesta quinta-feira.

O republicano também aproveitou a oportunidade para dizer que está trabalhando para libertar os reféns do Hamas. "As coisas estão esquentando", acrescentou.

Uma das associações empresariais mais importantes do Canadá pediu ao primeiro-ministro do país, Mark Carney, que cogite adiar um prometido corte de impostos para a classe média, argumentando que isso enviaria um forte sinal sobre disciplina fiscal. O Conselho Empresarial do Canadá, que representa CEOs de grande empresas, afirma apoiar as promessas de Carney sobre gastos direcionados a determinadas áreas para melhorar o histórico ruim de produtividade do país e impulsionar o crescimento.

No entanto, dado o recente histórico de déficits fiscais maiores do país, de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), o conselho afirma que Carney deve adiar medidas que "não são essenciais para a resposta econômica imediata do Canadá". A entidade diz que os cortes de impostos propostos devem ser adiados até que o quadro fiscal permita.

Economistas alertaram que os déficits devem aumentar em relação ao PIB com as promessas fiscais do Partido Liberal, do primeiro-ministro, e a possibilidade de uma forte recessão em vista. Fonte: Dow Jones Newswires.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.