Pesquisa Atlas: Boulos tem 28,5%; Nunes, 21,8%; Marçal, 16,3%; Tabata, 12% e Datena, 9,5% em SP

Política
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Pesquisa AtlasIntel para a Prefeitura de São Paulo divulgada nesta quarta-feira, 21, mostra que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) lidera as intenções de voto para o Executivo da capital paulista. Boulos tem 28,5% de menções na pesquisa e está 6,7 pontos porcentuais à frente do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem 21,8%. Eles são seguidos pelo empresário e influenciador Pablo Marçal, do PRTB, com 16,3%.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) tem 12% e o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), 9,5%. Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais, Tabata e Datena estão empatados tecnicamente. Na sequência, aparece a economista Marina Helena (Novo), com 4,3% de menções.

Altino (PSTU) tem 0,3% e Ricardo Senese (UP), 0,2%. João Pimenta, do PCO, não pontuou. Bebeto Haddad (DC), cuja candidatura foi confirmada no mesmo dia do registro da pesquisa, não foi incluído como opção de voto na pesquisa. Votos brancos ou nulos foram 6,2%. Não souberam responder 0,9% dos entrevistados.

Esta é a primeira pesquisa AtlasIntel divulgada após o registro das candidaturas e depois do início da campanha e da realização dos primeiros debates entre os principais candidatos a prefeito de São Paulo. O levantamento escutou 1.803 paulistanos de 16 anos ou mais entre os 15 e 20 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a identificação SP-02504/2024.

Considerando apenas os votos válidos, ou seja, excluindo os votos brancos e nulos, Boulos tem 30,7%, Nunes, 23,5%, Marçal, 17,6%, Tabata, 13%, Datena, 10%, Marina Helena, 4,7%, Altino, 0,3%, Senese, 0,2% e Pimenta, 0%.

Levando em conta a série temporal, Pablo Marçal foi o único a crescer desde o último levantamento da AtlasIntel, divulgado em 8 de agosto. Na ocasião, o ex-coach registrou 11,4% de intenções de voto, crescendo 4,9 pontos porcentuais desde então. No mesmo período, Guilherme Boulos, que tinha 32,7%, caiu 4,2 pontos porcentuais, e Ricardo Nunes, com 24,9%, recuou 3,1 pontos.

Tabata Amaral oscilou positivamente, ou seja, cresceu, mas dentro da margem de erro, indo de 11,2% a 12%. O mesmo ocorre com Datena, que oscilou de 9,4% a 9,5% desde o início do mês.

Simulações de segundo turno

A pesquisa também realizou seis simulações de segundo turno entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Se a disputa fosse entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o prefeito teria 4,1 pontos porcentuais de vantagem em relação ao candidato do PSOL: neste cenário, o emedebista tem 40,9% e o deputado federal, 36,8%. Votariam branco ou nulo 18% dos entrevistados, e 4,4% não souberam responder.

Se o segundo turno fosse entre Ricardo Nunes e Datena, o atual mandatário venceria o jornalista por 40,8% dos votos a 28,7%. É a maior vantagem entre as simulações de segundo turno realizadas pela pesquisa. São 27,2% os que votariam nulo ou branco, e 3,3% não souberam responder.

Entre Nunes e Tabata Amaral, há um empate técnico, apesar de vantagem numérica para a candidata do PSB: a deputada federal tem 38,8% e o prefeito, 38,5%. Entre os dois, 20,6% votariam branco ou nulo, e 2% não souberam responder.

Em um segundo turno entre Guilherme Boulos e Pablo Marçal, o candidato do PSOL figura com 38,4% de intenções de voto e o ex-coach, com 35,4%. Apesar da vantagem numérica, há um empate técnico, dentro da margem de erro do levantamento. Neste cenário, 24,2% votariam branco ou nulo e 2% não souberam responder.

Boulos também está empatado tecnicamente em um eventual segundo turno contra Tabata Amaral: o candidato do PSOL tem 29,8% e a pessebista, 29,1%. São 38,3% os votos brancos ou nulos, e 2,7 não soube responder.

A maior vantagem numérica para Guilherme Boulos em uma simulação de segundo turno é contra José Luiz Datena: o deputado federal do PSOL tem 35,6% de preferência e o jornalista, 27,5%. São 34,4% os votos brancos e nulos e 2,5 não soube responder.

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O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou ter tido uma "conversa muito construtiva" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após um encontro na Casa Branca nesta terça-feira, 6. Segundo Carney, o diálogo marcou o "começo do fim de um processo de redefinição da relação Canadá-EUA". O dirigente seguiu categórico ao rejeitar qualquer possibilidade de anexação do país ao vizinho.

"Canadá não está e nunca estará à venda", reiterou em entrevista coletiva, repetindo declaração anterior, em resposta a comentários de Trump sobre o país, eventualmente, se tornar o "51º estado americano". O premiê disse ter sido "muito claro" com o americano quanto à sua posição: "Fui muito claro com Trump que negociações serão feitas como dois países soberanos", afirmou. "É preciso separar o desejo da realidade. Pedi que ele parasse de falar sobre o Canadá se tornar o 51º estado dos EUA. É neste ponto que começa uma discussão séria", completou.

Ao comentar as tensões comerciais entre os dois países, Carney avaliou que "estabelecemos uma boa base hoje" para o avanço das conversas, mas reconheceu que "não tivemos decisões sobre tarifas". Ele ressaltou a complexidade do tema: "A discussão tarifária com os EUA é muito complexa. Estamos abordando uma grande quantidade de questões, por isso o progresso não será necessariamente evidente durante as negociações, mesmo que estejamos progredindo".

Ainda assim, o primeiro-ministro demonstrou otimismo. "Queremos seguir adiante com negociações comerciais com os americanos" e "veremos quanto tempo vai levar até os EUA tirarem as tarifas sobre o Canadá". Carney adiantou que ele e Trump concordaram em manter novas rodadas de diálogo nas próximas semanas, inclusive durante o encontro do G7.

Ao fim da reunião, o premiê destacou que "a postura de Trump e o quão concretas foram as discussões me fazem me sentir melhor". Apesar disso, reconheceu que "ainda temos muito trabalho pela frente e estamos totalmente empenhados". Por fim, assegurou ao republicano que "nossas medidas contra a entrada de fentanil nos EUA estão funcionando".

A comitiva de autoridades que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem à Rússia contará com a participação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do vice-presidente da Câmara Elmar Nascimento (União-BA). Além disso, também contará com os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, e o assessor-chefe da Assessoria Especial, embaixador Mauro Vieira, de acordo com lista divulgada pelo Palácio do Planalto.

Esta será a terceira viagem feita por Lula da qual Alcolumbre participará. Os dois já estiveram juntos na comitiva que viajou ao Japão, em março, e à Itália para o velório do papa Francisco, em abril.

O início da viagem está previsto para esta terça-feira, 6, à noite, quando Lula partirá de Brasília às 22h rumo a Casablanca. A chegada do chefe do Executivo brasileiro à Rússia é esperada para quarta-feira, 7.

No país, o petista participará da celebração dos 80 anos do "Dia da Vitória", quando os russos celebram a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na segunda guerra mundial. Ainda, terá encontros bilaterais com o presidente Vladimir Putin e com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

Na reunião com Putin, Lula deve fazer uma menção à questão da necessidade de reequilibrar a balança comercial entre Brasil e Rússia. "Nós importamos dois produtos que são fundamentais, fertilizantes são fundamentais até para o nosso setor exportador, e diesel também, mas nós queremos ampliar as nossas exportações para a Rússia", disse o secretário de Ásia e Pacífico, embaixador Eduardo Paes Saboia.

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, alertou nesta terça-feira, 6, para um possível conflito "inevitável" com a Índia, motivado pela disputa por recursos hídricos e por um ataque que matou sete soldados paquistaneses e foi atribuído por autoridades paquistanesas aos indianos. As informações são da imprensa local.

Segundo um canal de TV do país, Asif afirmou que um confronto com a Índia está próximo. "Foi dito no briefing de hoje que a agressão da Índia é esperada", declarou. Ele também teria ameaçado retaliar caso o governo indiano bloqueie o fluxo de água destinado ao Paquistão.

"Se os governantes indianos tentarem bloquear a água do Paquistão, eles vão se afogar nela", disse Asif, segundo a mídia local. O ministro ainda teria afirmado que o país está pronto para destruir qualquer estrutura construída pela Índia no rio Indo.

As declarações vieram poucas horas após um atentado no sudoeste do Paquistão. Uma bomba caseira atingiu um veículo militar no distrito de Kachhi, matando sete soldados. O Exército paquistanês responsabilizou o grupo armado Baloch Liberation Army (BLA), que, segundo o Paquistão, teria ligações com a Índia, que nega. A Al Jazeera observou que não há evidências públicas dessa conexão, e nem o BLA nem o governo indiano comentaram as acusações.

O presidente Asif Ali Zardari e o primeiro-ministro Shehbaz Sharif condenaram o ataque e elogiaram o sacrifício das forças de segurança. A tensão aumentou ainda mais depois que o premiê indiano, Narendra Modi, anunciou que a Índia passará a reter águas antes compartilhadas com o Paquistão. "Antes, a água da Índia também ia para fora. Agora, a água da Índia fluirá para sua parte... e será utilizada pela própria Índia", disse Modi, segundo a Reuters.

O Paquistão já havia advertido que qualquer interferência em seus rios seria vista como um "ato de guerra", conforme reportou a France 24. O tratado de 1960, que garantia ao Paquistão o uso de 80% da água para fins agrícolas, foi suspenso por Nova Délhi após um ataque terrorista na Caxemira indiana, atribuído a militantes ligados ao Paquistão.

*Com informações da Associated Press