Debate do 'Estadão': Datena ataca Nunes na economia, e prefeito diz cuidar da periferia

Política
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O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Luiz Datena, fez um duro ataque à administração do atual prefeito e candidato a reeleição, Ricardo Nunes (MDB), na área econômica, em debate promovido pelo Estadão nesta quarta-feira, 14. Segundo Datena, a cidade nunca esteve tão pobre. Nunes respondeu que a cidade tem problemas, mas também tem avanços.

"É uma prefeitura rica com um povo pobre. Se a economia tivesse andado tão bem nas suas mãos a gente não teria três mil garotos morando nas ruas", disse Datena. "A gente não teria tanta gente desassistida na periferia da cidade se o senhor tivesse feito seu trabalho com sua equipe", declarou o candidato do PSDB ao prefeito.

"São Paulo está mais desigual do que nunca, está mais pobre do que nunca, está mais abandonada do que nunca. Os dados que o senhor apresenta podem ser muito legais no papel e para sua equipe, mas na prática o senhor torna a cidade de São Paulo cada vez mais injusta com uma política econômica completamente furada, que tem privilégio para gente rica e que massacra o cidadão de baixa renda. Parece que o senhor quer exterminar o cidadão de baixa renda e privilegiar o rico", declarou Datena.

"Eu fico triste e preocupado quando as pessoas, para querer chegar em um objetivo, só falam mal da cidade", respondeu Ricardo Nunes.

"É uma cidade grande, 12 milhões de habitantes, tem seus problemas. Mas tem seus avanços. Estamos fazendo o maior programa habitacional da história da cidade de São Paulo, o maior programa de recapeamento da cidade de São Paulo, não existe uma criança com falta de vaga de creche na cidade de São Paulo, a grande ampliação dos equipamentos de saúde", declarou o prefeito.

"Estamos cuidando e colocando a periferia no mapa da cidade. Tem prefeito que ganha eleição e vai para a periferia. Eu não vou, eu volto, porque é de lá que eu vim", disse Nunes.

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O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.

O departamento eleitoral de Cingapura anunciou neste sábado (3) que o Partido Ação Popular (PAP), do primeiro-ministro Lawrence Wong, ganhou as eleições gerais ao conquistar 82 cadeiras parlamentares. O resultado oficial, após término da contagem de votos, veio em linha com o que a contagem de uma amostra dos votos indicava mais cedo.

O PAP já tinha cinco assentos no Parlamento. Com a contagem de votos deste sábado, o partido passa a deter 87 cadeiras, de um total de 97. O Partido dos Trabalhadores, da oposição, manteve seus 10 assentos.

Assim, o governo do PAP - ininterrupto há 66 anos - foi prorrogado, dando um grande impulso a Wong, que assumiu como primeiro-ministro há um ano.

"Estamos gratos novamente pela sua forte confiança. Honraremos a confiança que nos deram trabalhando ainda mais por todos vocês", disse Wong em um discurso antes de o resultado oficial ser divulgado. (Fonte: Associated Press)