Nunes cita Racionais e diz que 'quebrada venceu' em busca de votos na periferia em SP

Política
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Em uma tentativa de conseguir se aproximar do eleitorado da periferia, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), citou neste sábado, 3, o grupo de rap "Racionais MC", repetiu frases usadas que se tornaram bordões desse público e ainda lembrou de sua origem no bairro Parque Santo Antônio, bairro localizado no extremo sul da capital paulista.

O prefeito discursou durante a convenção do MDB que oficializou sua candidatura à reeleição. Ele disputará o voto periférico com Guilherme Boulos (PSOL), cuja vice, Marta Suplicy (PT), é lembrada pela criação dos Centros Educacionais Unificados (CEU) e pelo Bilhete Único.

A música citada por Nunes é "A Vida é Desafio", que narra as dificuldades da população pobre conseguir melhorar suas condições de vida e realizar seus sonhos.

"Sempre fui sonhador e é isso que me mantém vivo", disse o prefeito, reproduzindo o primeiro verso da canção. "Um cara que vem lá de onde eu vim traz essa frase importante", continuou. A música é de autoria de Edi Rock, um dos integrantes do Racionais.

"A quebrada venceu. Não foi fácil para nenhum de nós chegar aqui. Só quem é, é que sabe. Nós chegamos para ficar", acrescentou Nunes.

O prefeito disse que a convenção foi o momento mais importante da sua carreira política. Em seguida, afirmou que é uma pessoa comum e lembrou de sua infância, quando, segundo ele, estudou em escola pública.

Também levou ao palco pessoas beneficiadas por programas sociais de sua gestão, como a construção de moradias populares e a ampliação das vagas nas creches infantis.

A convenção do MDB que oficializou a candidatura de Nunes ocorreu no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), do ex-presidente Michel Temer (MDB) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Em discurso, Nunes afirmou que será candidato à reeleição para defender o "legado democrático" do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB) contra "aqueles que invadem propriedade e apoiam ditaduras" como na Venezuela, em uma referência a Boulos, seu principal adversário no pleito.

Com posição de destaque no palanque da convenção, Bolsonaro defendeu Nunes como seu nome para a capital paulista e disse que o prefeito paulistano já provou suas qualidades durante o mandato. "A todos vocês de São Paulo, o momento não é para pedir, pedir vai ser daqui a alguns dias, mas confiem na gente, façam as comparações, vejam o que tem para frente para escolher, não há menor dúvida que o Ricardo Nunes é nome adequado e justo para São Paulo. Vocês com toda certeza terão uma administração aperfeiçoada e obviamente melhorada com ele à frente da Prefeitura."

Ricardo Nunes governa São Paulo desde 2021, quando assumiu o cargo após a morte de Covas. Aos 56 anos, ele foi eleito vereador em 2012 e 2016 e disputará a primeira eleição como cabeça de chapa para o Executivo paulistano.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.