Governo de SC exonera assessor após viralizar vídeo de governador e Michelle

Política
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O governo de Santa Catarina exonerou na última quinta-feira, 1º, o servidor Samuel Moro Jacques que atuava na comunicação digital da gestão do governador Jorginho Mello (PL), após um vídeo em que o mandatário aparece com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, sua correligionária, viralizar nas redes sociais.

Procurada pela reportagem, a assessoria do governador disse que não se pronunciará sobre o caso. O ex-membro da equipe de Mello e a ex-primeira-dama também foram procurados, mas não retornaram os contatos até a publicação deste texto.

Na gravação, postada pelo PL de Santa Catarina e compartilhada pela conta do próprio governador, Jorginho aparece com o braço nas costas de Michelle, e vice-versa. Porém, a mão do governador aparece abaixo da cintura da ex-primeira-dama, o que fez com que a gravação repercutisse nas redes sociais e o gesto fosse interpretado como "mão boba" do governador, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A cena foi gravada no último sábado, 27, quando a ex-primeira dama esteve na capital catarinense para a convenção partidária do PSD, partido do atual prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, com o PL.

A exoneração do servidor, que nas redes se apresenta como "especialista em marketing político digital", foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira, 2, com validade a partir do dia anterior. Lotado na Secretaria de Estado da Comunicação, o salário bruto do assessor era de R$ 13.739,47 mensais.

Samuel atuava no governo desde fevereiro deste ano, quando foi nomeado ao cargo de assessor técnico. Em suas redes sociais, pessoal e profissional, Jacques comemorou, em junho, a nomeação ao cargo, com uma foto em que aparece ao lado do governador. "O trabalho é pesado? Sim. Estressa? Muito. Final de semana é folga? Raramente. E apesar de tudo isso, a gratidão e vontade de entregar mais crescem a cada dia", escreveu na publicação.

Antes, ele trabalhou na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) como secretário parlamentar, de onde foi exonerado em fevereiro de 2023.

Esta foi a segunda vez em uma semana que o governador catarinense se envolveu em polêmicas e teve seu nome relacionado ao de Michelle devido a postagens nas redes sociais. Nesta quarta-feira, 31, diretório estadual do PT em Santa Catarina acionou a Justiça Eleitoral pedindo que o Ministério Público Eleitoral investigue o governador por supostamente promover propaganda eleitoral dentro da residência oficial.

A representação movida pelo PT foi motivada por uma foto tirada dentro da residência, em que um banner do PL, comumente utilizado para fundo de fotos em eventos, aparece posicionado em um canto da sala. Posam para a foto o governador, Michelle, e o pré-candidato a vereador Rodrigo Marques, que postou o registro em seu perfil no Instagram, mas apagou a publicação posteriormente. O governo também não quis comentar o caso.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.