Eleições 2024: pré-candidatos do PT fazem sessão de fotos com Janja e ministros petistas

Política
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Pré-candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) que vão disputar as eleições municipais de outubro foram convidados pela sigla para três dias de sessões de fotos com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Os petistas que vão concorrer em cidades com mais de 100 mil habitantes ou aquelas que tenham TV estão na lista de convidados para as sessões, que ocorrem entre esta segunda-feira, 8, e quarta, 10, em um estúdio fotográfico em Brasília.

O convite foi feito pelo secretário nacional de comunicação da sigla, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP). Além da primeira-dama, o chamado também traz os nomes dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Anielle Franco (Igualdade Racial), Camilo Santana (Educação), Cida Gonçalves (Mulheres), Esther Dweck (Gestão), Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macedo (Secretaria-Geral), Nísia Trindade (Saúde), Paulo Pimenta (Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Rui Costa (Casa Civil), além da presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), para serem fotografados com os pré-candidatos.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o partido orientou os políticos sobre características dos trajes e até de cortes de cabelo para a sessão.

A estratégia para disputar o eleitorado feminino e colar a imagem de Janja aos candidatos já foi utilizada antes. Na última campanha presidencial, ela foi escalada para rivalizar com o potencial de alavancar votos da então primeira-dama Michelle Bolsonaro, do outro lado da polarização. Procurada pelo Estadão, a assessoria de Janja não confirmou a presença da primeira-dama nas sessões de fotos.

A socióloga apareceu pela primeira vez em rede nacional de rádio e televisão em setembro de 2022, em discurso diretamente voltado ao eleitorado feminino. "Sabemos das dificuldades que nós mulheres enfrentamos atualmente. São milhões de mulheres endividadas para poder levar alimentos para suas famílias", afirmou na época.

Do outro lado, há mais de um ano Michelle preside o PL Mulher e já visitou todas as capitais brasileiras em eventos em que fala com o público feminino. A cúpula do partido atribui a ela a disparada no número de filiações na legenda, que teve em seis meses quase 30 mil novas filiadas - 8% da participação feminina total.

Pré-candidatos das cidades de Florianópolis (SC), Vanderlei "Lela", e de Goiânia (GO), deputada Adriana Accorsi, confirmaram presença nas sessões. A deputada federal Maria do Rosário (PT), que concorre com o apoio de Lula em Porto Alegre (RS), disse que o voo dela ainda não foi confirmado, em decorrência da situação que o Estado gaúcho enfrenta pelas enchentes dos últimos meses, mas que considera "muito importante" estar presente e que quer ir.

Segundo levantamento do Estadão nas capitais brasileiras, nomes apadrinhados pelo presidente Lula estão à frente em três delas, enquanto pré-candidatos que recebem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo comando das capitais lideram as intenções de voto em quatro. Somadas, as cidades onde os postulantes apoiados pelo petista são favoritos possuem sete milhões de eleitores. As que os apadrinhados de Bolsonaro estão na frente totalizam 4,9 milhões.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.