Vereador de cidade gaúcha é preso com arma irregular em operação contra desvio de doações

Política
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Três vereadores de Palmares do Sul, município gaúcho a cerca de 90 quilômetros da capital Porto Alegre, foram alvos de busca e apreensão em uma operação conjunta do Ministério Público estadual (MP-RS) e da Polícia Civil que investiga o desvio de doações para as vítimas das enchentes no Estado. Um deles, o vereador Filipe Lang (PT), pré-candidato a prefeitura, foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Após pagar fiança, o vereador foi liberado.

A segunda fase da operação cumpriu 11 mandados neste sábado, 8. Além de Lang, seu colega vereador e pré-candidato a vice na chapa, Polon Backes de Oliveira (União Brasil), é investigado. Segundo o MP-RS, os donativos não teriam passado oficialmente pela Prefeitura. Segundo a polícia, foram apreendidos, além da arma, smartphones, munições, documentos e "uma grande quantidade de donativos".

"Tudo indica que foi uma doação para um pré-candidato no próximo pleito. E já temos provas de que parte destes donativos foi encaminhada para famílias não flageladas, conforme planilhas apreendidas", disse em nota o promotor Mauro Rockenbach, responsável pelo caso. Os dois vereadores e um secretário municipal são suspeitos dos crimes de apropriação indébita, peculato e associação criminosa.

Alvos da primeira fase da operação, deflagrada na última terça-feira, dia 4, outro vereador, Manoel Antunes Neto (PL), a esposa dele e o secretário municipal de Administração, Rodrigo Machado Martins, também estão sendo investigados.

Lang usou as redes sociais na manhã desta segunda-feira, 10, para se defender, dizendo que a arma encontrada é de 1945 e foi uma herança do avô. Ele afirma que nada, além da arma, foi encontrado em sua residência e se diz inocente das acusações de desvio. "Se a Justiça do homem não for feita, com certeza a Justiça de Deus será feita. Quero dizer aos meus adversários políticos, que uma eleição não precisa ser uma guerra", afirmou em vídeo.

Polon Backes afirmou ao Estadão que foram apreendidos R$ 15 mil reais na residência dele, o celular de sua mãe, de sua esposa e o dele próprio. O vereador, que disse ser voluntário em um centro de distribuição, afirmou que as doações eram regulares, mas que não passavam pela prefeitura porque, segundo ele, havia denúncias de que estavam servindo para "fazerem política". "Estávamos distribuindo essas cestas básicas de forma regular, inclusive levaram o notebook que temos os registros. No notebook vão ver que em 12, 15 dias, atendemos mais de 600 famílias", disse.

Os outros investigados foram procurados, mas até a publicação deste texto não se pronunciaram. O espaço segue aberto.

Ao Estadão, o presidente da Câmara Municipal de Palmares do Sul, Sérgio Gil (PDT), afirmou que os vereadores estão buscando junto ao MP as cópias dos inquéritos para apurarem o caso internamente, no Conselho de Ética da Casa.

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A votação em Cingapura, realizada neste sábado, para a eleição geral é vista como o primeiro teste importante de apoio ao primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado.

A tendência é de que o Partido de Ação Popular, de Wong, estenda seus 66 anos de domínio na cidade-Estado. No entanto, a eleição está sendo observada atentamente para ver se a oposição consegue obter mais avanços, conforme as pessoas expressam insatisfação com o rigoroso controle governamental e o alto custo de vida.

Wong, um economista treinado nos Estados Unidos, que também é ministro das Finanças, apelou por um mandato contundente para guiar Cingapura dependente do comércio em meio à turbulência econômica após os aumentos tarifários feitos pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O governo reduziu a previsão comercial e alertou para uma possível recessão à frente.

Oficiais da administração Trump estão explorando maneiras de desafiar o status de isenção fiscal de organizações sem fins lucrativos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, em uma movimentação que alguns funcionários do Serviço Interno da Receita (IRS, em inglês) temem que possa danificar a abordagem apolítica da agência.

Em reuniões que duraram horas e continuaram durante um fim de semana recente, advogados do IRS exploraram se poderiam alterar as regras que governam como grupos sem fins lucrativos podem ser negados o status de isenção fiscal, disseram as pessoas.

As reuniões começaram a acontecer logo depois que a administração Trump nomeou um novo advogado interino de topo na agência, Andrew De Mello, que Trump havia nomeado para um posto diferente em seu primeiro mandato. De Mello discutiu privadamente as regras de organizações sem fins lucrativos com oficiais da agência, incluindo aqueles da divisão de isenção fiscal, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Outro oficial sênior do IRS, Gary Shapley, disse separadamente em pelo menos uma reunião que está dando prioridade à investigação do status de isenção fiscal de um grupo selecionado de organizações sem fins lucrativos, segundo pessoas familiarizadas com suas declarações. Shapley fez os comentários como o vice-chefe da unidade de investigações criminais. Shapley, que também é conselheiro do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, não nomeou quaisquer grupos específicos, disseram as pessoas.

Oficiais da administração Trump fora do IRS também tiveram conversas contínuas sobre como potencialmente mirar no status de isenção fiscal e dotações de organizações sem fins lucrativos por meses, disse um oficial da administração.

Um oficial da Casa Branca na sexta-feira, 2, disse que a administração atual não está envolvida em decisões sobre o status de isenção fiscal de qualquer instituição, incluindo a de Harvard. É crime para o presidente, o vice-presidente ou certos outros oficiais de topo solicitar uma auditoria ou investigação específica do IRS.

(Com Dow Jones Newswires)

O presidente dos Estados Unidos e o perfil oficial da Casa Branca no X (antigo Twitter) publicaram na sexta-feira, 2, nas redes sociais, uma imagem em que Donald Trump aparece vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada.

A imagem foi divulgada na plataforma TruthSocial, de propriedade do presidente, e mostra Trump em trajes papais, incluindo uma mitra e um cordão dourado com uma cruz, sentado em uma cadeira de estrutura dourada e com o dedo indicador direito apontando para o céu.

O perfil oficial da Casa Branca também publicou a imagem, sem texto.

Na última terça-feira, Trump afirmou, em tom de brincadeira, que gostaria de ser o próximo papa. "Eu seria minha escolha número 1", disse Trump a repórteres.

Apesar da piada, ele disse que não tem uma preferência. "Temos um cardeal de um lugar chamado Nova York que é muito bom. Vamos ver o que acontece", afirmou.

O cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, não está entre os principais cotados, mas outro americano aparece na lista: o cardeal Joseph Tobin, arcebispo de Newark, em Nova Jersey. Nunca houve um papa dos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos e a primeira-dama, Melania, participaram, em Roma, do funeral do papa Francisco.

A postagem ocorre poucos dias após a morte do Papa Francisco e às vésperas do início do Conclave no Vaticano, onde 133 cardeais se reunirão na Capela Sistina a partir de quarta-feira, 7, para eleger o novo pontífice.