Boulos sela aliança com PMB, partido pelo qual Weintraub queria sair candidato em SP

Política
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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, firmou uma aliança com o Partido da Mulher Brasileira (PMB), ampliando para seis o número de partidos que vão apoiar sua candidatura nas eleições municipais de outubro. O acordo foi anunciado nesta quinta-feira, 23, em um hotel no bairro de Cerqueira César, na região central da capital paulista.

Conhecido por sua orientação conservadora, o PMB é o partido do ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub. O ex-ministro havia anunciado sua pré-candidatura à Prefeitura pelo PMB, mas não obteve o apoio da direção do partido. Em 2022, ele concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMB, mas não foi eleito. No último mês, Weintraub disse ao Estadão que tentaria convencer o partido a lançar seu nome à Prefeitura, mas se não conseguisse, poderia ir à Justiça para lançar uma candidatura avulsa, o que não é permitido pela legislação eleitoral.

O anúncio da aliança contou com a participação da presidente nacional do PMB, Suêd Haidar, e de dirigentes dos demais partidos que vão formar a coligação liderada pelo PSOL. Além do PMB, a coligação inclui o PT, PDT, PV, PC do B e Rede.

Durante o evento, Suêd Haidar evitou classificar ideologicamente o PMB, afirmando que o partido atua em prol do "bem dos brasileiros". "Se o partido é de centro-direita ou de centro-esquerda, isso não importa", disse Haidar, acrescentando que a sigla também não é feminista, embora lute pela ampliação do espaço da mulher na política.

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As forças armadas dos Estados Unidos lançaram uma série de ataques direcionados a locais com radares operados pelos rebeldes Houthi do Iêmen. O ataque ocorre após o desaparecimento de um marinheiro mercante depois que o navio em que ele estava pegou fogo no mais recente ataque Houthi no corredor do Mar Vermelho, disseram autoridades neste sábado.

De acordo com o Comando Central das Forças Armadas (CENTCOM), um marinheiro do navio de carga a granel Tutor, de bandeira liberiana e propriedade grega, permanecia desaparecido após um ataque na quarta-feira pelos Houthi. Eles usaram um barco drone carregado com bomba para atingir o navio. O marinheiro desaparecido é filipino, de acordo com a Agência de Notícias do Estado das Filipinas

Os ataques ocorrem em meio ao combate mais intenso desde a Segunda Guerra Mundial da Marinha dos Estados Unidos para tentar conter a campanha Houthi - ataques que os rebeldes dizem ter como objetivo parar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

Desde novembro do ano passado, os Houthi lançaram mais de 50 ataques a navios mercantes, matando três tripulantes, segundo dados do governo dos Estados Unidos. Uma campanha de ataques aéreos liderada pelos Estados Unidos tem como alvo o grupo rebelde desde janeiro, com uma série de ataques em 30 de maio matando pelo menos 16 pessoas e ferindo outras 42, segundo os Houthi.

Líderes mundiais se reuniram em um resort suíço neste sábado, 15, para discutir a paz na Ucrânia. No entanto, a Rússia não compareceu ao encontro, o que frustrou as expectativas de um avanço real para a paz.

Apesar da ausência da Rússia na cúpula, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky previu no início que as conversas levariam à "história sendo feita". "Conseguimos trazer de volta ao mundo a ideia de que esforços conjuntos podem parar a guerra e estabelecer uma paz justa", disse ele em uma coletiva de imprensa ao lado da presidente suíça Viola Amherd.

Zelensky ainda disse que a cúpula poderia lançar as bases para um eventual fim do conflito. "Na primeira cúpula de paz, devemos determinar como alcançar uma paz justa, para que no segundo, possamos já estabelecer um fim real para a guerra", afirmou.

Embora a Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, não tenha comparecido ao encontro, o presidente do país, Vladimir Putin, deu na sexta-feira o raro passo de expor seus termos para o fim da guerra. Mas suas propostas não incluíam novas exigências, e Kiev as considerou "manipuladoras" e "absurdas".

A conferência contou com a presença de presidentes ou primeiros-ministros de países como Reino Unido, Equador e Quênia, da vice-presidente dos EUA Kamala Harris e de vários ministros das Relações Exteriores, incluindo da Turquia e da Arábia Saudita. Enquanto isso, alguns países em desenvolvimento importantes, como Índia, África do Sul e Brasil, que estavam apenas observando o evento, enviaram oficiais de nível inferior.

A China, que apoia a Rússia, juntou-se a dezenas de países que não participaram do evento. Pequim afirmou que qualquer processo de paz exigiria a participação da Rússia e da Ucrânia e apresentou suas próprias ideias para a paz.

A vice-presidente Kamala Harris prometeu total apoio dos Estados Unidos à Ucrânia e aos esforços globais para alcançar "uma paz justa e duradoura" diante da invasão da Rússia. Ela representou o governo norte-americano na cúpula pela paz na Ucrânia, realizada neste sábado, 15, na Suíça.

Harris anunciou um auxílio americano de US$ 1,5 bilhão através do Departamento de Estado e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Isso inclui dinheiro para assistência energética, reparo de infraestrutura energética danificada, ajuda a refugiados e fortalecimento da segurança civil.

"A agressão da Rússia é mais do que um ataque à vida e à liberdade do povo da Ucrânia", disse Harris a líderes de 100 nações e organizações globais participantes da cúpula. "Não é apenas um ataque à segurança alimentar global e aos suprimentos de energia. A agressão da Rússia também é um ataque às regras e normas internacionais e aos princípios incorporados na Carta da ONU", acrescentou.

A vice-presidente reiterou ainda que os Estados Unidos estão comprometidos em continuar a impor custos à Rússia.