'Poderes da República têm que funcionar como uma orquestra', diz Lula

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a necessidade de os Poderes da República funcionarem como uma "orquestra". De acordo com ele, é preciso que os presidentes dos Poderes tenham conhecimento dos problemas da população para saberem agir de forma mais rápida.

"Embora sejamos Poderes autônomos, temos que funcionar como uma orquestra. Ou seja, a gente não pode se encontrar apenas em jantares de vez em quando. A gente não pode se encontrar apenas para um fazer um ato solene em Brasília. é importante que a gente se encontre nos momentos de amargura do povo brasileiro", disse Lula em evento do governo federal de anúncio de medidas de assistência da gestão relacionadas ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 15. O evento ocorre em São Leopoldo.

Lula afirmou que, quando convida chefes de outros Poderes a viajar, é para que eles entendam a "necessidade de agilizar votações na Câmara e no Senado". "Estou chamando pra compartilhar elaboração das políticas."

"Não quero os presidentes da Câmara e do Senado estranho ao presidente da República; não quero o presidente da Suprema Corte estranho aos problemas do Poder Executivo; não quero que o Tribunal de Contas seja apenas um algoz para denunciar, quero que ele sinta, veja, para quando tiver que tomar decisão, tome sabendo o que está acontecendo no Brasil", comentou.

No discurso, Lula voltou a criticar disseminadores de fake news em meio à tragédia. Segundo Lula, ao citá-los como "vândalos que não querem argumento", "esse tipo de gente um dia será banido da política".

O chefe do Executivo também comentou que não tinha conhecimento que havia tantas pessoas negras no Rio Grande do Sul. Já em tom de brincadeira, ele falou a um prefeito do evento para "mandar uma carta" ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para liberar recurso para cesta básica aos animais.

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O presidente americano, Donald Trump, planeja anunciar durante sua viagem à Arábia Saudita na próxima semana que os Estados Unidos agora se referirão ao Golfo Pérsico como Golfo Árabe ou Golfo da Arábia, de acordo com duas autoridades americanas. A Casa Branca e o Conselho de Segurança Nacional não responderam imediatamente às mensagens solicitando comentários.

Países árabes pressionaram por uma mudança no nome geográfico do corpo de água na costa sul do Irã, enquanto o Irã mantém seus laços históricos com o golfo. Nesta quarta-feira, 7, o ministro iraniano das Relações Exteriores afirmou que os nomes das hidrovias do Oriente Médio "não implicam propriedade de nenhuma nação em particular, mas refletem um respeito mútuo pela herança coletiva da humanidade".

O Golfo Pérsico é amplamente conhecido por esse nome desde o século XVI, embora o uso de "Golfo da Arábia" e "Golfo Árabe" seja predominante em muitos países do Oriente Médio. O governo do Irã - anteriormente Pérsia - ameaçou processar o Google em 2012 devido à decisão da empresa de não rotular o corpo de água em seus mapas.

Hoje, no Google Maps dos EUA, o corpo d'água aparece como Golfo Pérsico (Golfo Árabe). O Apple Maps indica apenas Golfo Pérsico. Fonte: Associated Press.

A Embaixada da Índia em Pequim reagiu duramente a uma publicação do Global Times no X que afirmava que o Paquistão havia abatido três caças indianos em retaliação a ataques aéreos. Em uma série de posts, a missão diplomática classificou a informação como "desinformação" e criticou veículos de mídia que reproduzem "afirmações infundadas" sem verificação.

"Recomendamos que verifiquem seus fatos e examinem suas fontes antes de divulgar esse tipo de desinformação", escreveu a embaixada, dirigindo-se diretamente ao Global Times. A publicação cita fontes militares paquistanesas alegando que a Força Aérea do Paquistão (PAF) teria derrubado três caças indianos.

A embaixada destacou que "vários perfis pró-Paquistão estão espalhando alegações sem fundamento no contexto da Operação Sindoor, tentando enganar o público". Além disso, acusou veículos de imprensa de negligência: "Quando meios de comunicação compartilham tais informações sem verificar fontes, isso reflete uma grave falha de responsabilidade e ética jornalística".

A missão indiana citou um "fact-check" do governo que expôs a circulação de imagens antigas de acidentes aéreos sendo reapresentadas como recentes. "Uma é de um incidente anterior envolvendo um caça MIG-29 da Força Aérea Indiana (IAF) que caiu no Rajastão em setembro de 2024, e a outra é de um MiG-21 da IAF na Punjab em 2021", explicou.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu união para defender a ordem internacional estabelecida após a Segunda Guerra Mundial e o sistema econômico multilateral, em entrevista para a Russian Gazette, republicada pelo site oficial do governo chinês nesta quarta-feira, 7. Xi lembrou que a China e a Rússia participaram desde o início dessa nova ordem, incluindo na criação da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Quanto mais turbulenta e complexa se torna a situação internacional, mais devemos manter e defender a autoridade da ONU, defender firmemente o sistema internacional baseado em regras e promover o mundo multipolar", afirmou Xi, destacando também a importância da "globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva".

Segundo ele, é importante que líderes globais escolham "diálogo ao invés de confronto, parcerias no lugar de alianças, e busquem cooperação com ganhos mútuos". "Acreditamos firmemente que as pessoas ao redor do mundo escolherão o lado certo da história, o lado da justiça", acrescentou.

O líder chinês defendeu também a amizade com a Rússia, apontando que os países sempre compartilharam apoio mútuo em "interesses centrais" e que juntos possuem uma "influência significativa no mundo". Xi classificou a aliança como uma "força construtiva para manter a estabilidade global estratégica". "Juntos, devemos frustrar todos os esquemas para romper ou minar nossos laços de amizade e confiança, sem nos deixar abalar por questões transitórias ou desafios", disse.

Xi Jinping destacou que a Rússia apoia a política de "One China" e reiterou que a reunificação de Taiwan acontecerá eventualmente, alegando que isso é "inevitável" independente de como a situação da ilha se desdobrar ou de ações de influência externa.