Amália Barros é sepultada na presença da família e amigos parlamentares

Política
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Foi sepultada às 11h desta segunda-feira, 13, a deputada federal Amália Barros (PL) em Mogi Mirim/SP, cidade natal da parlamentar. Estiveram presentes na cerimônia, entre outros políticos, Michelle Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Abilio Brunini (PL-MT).

Michele Bolsonaro e Amália eram amigas e, juntas, comandavam o PL Mulher com os cargos de presidente e a vice-presidente, respectivamente. A relação de ambas ficou conhecida após Michelle pedir que Amália retirasse a prótese ocular durante um evento do PL Mulher em João Pessoa/PB em julho de 2023. Nos últimos dias, ex-primeira-dama vinha compartilhando o desejo que Amália melhorasse e pedindo orações por ela. Em um evento do partido em Aracaju/SE que Michelle participou após a deputada ter passado pela cirurgia do pâncreas, ela pediu que intercedessem por sua amiga.

"A nossa deputada Amália Barros, nossa vice-presidente, foi fazer uma cirurgia no pâncreas e está em estado grave. E a dor dela é a nossa dor. E está sendo muito difícil estar aqui hoje", relata Michelle.

Em sua rede social X (antigo Twitter), Abilio Brunini também pediu que seus seguidores intercedessem por Amália. O vídeo foi feito no sábado, um dia antes da morte da deputada.

Após a anúncio oficial do óbito de Amália no domingo, 12, Arthur Lira, Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira compartilharam suas homenagens. Lira relata em sua conta do X que a deputada trabalhou incansavelmente pela classificação da visão monocular como deficiência sensorial.

O caso trata-se de uma da Lei 14.126/21, proposta por Amália que, ao classificar "visão monocular como deficiência sensorial, estende os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência. Uma conquista ímpar para o segmento", diz Lira. Ainda em 2021, Amália fundou o Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular. Inicialmente homônimo ao seu nome, a fundação fornece assistência social aos monoculares e próteses.

Eduardo Bolsonaro prestou uma homenagem à parlamentar na rede social X "Que tristeza, nunca pensei nessa possibilidade. Talvez por ser tão jovem, meiga e educada você nunca pense que isso possa se passar assim. Ainda com 39 anos deixa como legado lei com seu nome em prol dos deficientes, bem como instituto para cuidá-los. Certamente não será esquecida. Que Deus conforte seu marido Thiago Boava, familiares e amigos neste momento tão difícil".

Nikolas Ferreira, por sua vez disse ainda "não parecer verdade". "Fico sentindo que chegarei na câmara, você me cumprimentará com um sorriso, como sempre faz, e isso não passará de um sonho ruim. Mas infelizmente não é…Que falta você fará para todos, Amália…Que o Senhor console a vida de sua família. Foi-se uma guerreira".

Quem foi Amália Barros

Nascida 22 de março de 1985 em Mogi Mirim, cidade do interior paulista, Amália Barros se formou em jornalismo e trabalhou no Grupo Bandeirantes como produtora. Aos 20 anos teve toxoplasmose e perdeu um olho devido à infecção. Após o ocorrido, começou a lutar pela causa das pessoas monoculares, deu início à vida política ativamente em 2022 e foi eleita deputada federal pelo Mato Grosso do Sul, com 70.294 votos.

Amália estava internada desde o dia 1º de maio para a retirada de um nódulo no pâncreas, que descobriu depois de iniciar um tratamento para engravidar. Houve complicações na cirurgia, o que agravou o quadro de saúde e levou a parlamentar a passar por diversos procedimentos médicos. Na madrugada de domingo, 12, ela não resistiu e faleceu aos 39 anos.

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O ministro federal da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar, afirmou nesta quarta-feira (horário local), 7, que o país retaliou os recentes ataques da Índia e que três jatos e um drone indiano foram abatidos.

"A Índia realizou ataques covardes contra civis inocentes e mesquitas no Paquistão, desafiando a honra e o orgulho dessa nação. Agora, estejam preparados. Esta nação responsabilizará o inimigo por cada gota de sangue de seus mártires. As Forças Armadas estão dando uma resposta esmagadora, exatamente de acordo com os sentimentos do povo. A nação inteira está unida em orações e solidariedade aos nossos bravos oficiais e soldados", escreveu Tarar na rede X.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, condenou os ataques aéreos da Índia e disse o país "tem todo o direito de dar uma resposta firme" ao "ato de guerra imposto pela Índia".

*Com informações da Associated Press

A Índia anunciou nesta terça-feira, 6, o lançamento de mísseis contra nove alvos no Paquistão e na região da Caxemira após dias de tensões entre os dois países. As autoridades paquistanesas informaram que duas pessoas ficaram feridas e uma criança morreu.

O ataque escala as tensões entre os países vizinhos, que possuem armas nucleares.

As autoridades indianas informaram que os ataques foram direcionados contra "infraestruturas terroristas", em resposta ao ataque no território da Caxemira controlado pela Índia, que deixou 26 turistas hindus mortos no mês passado. O Paquistão prometeu retaliar.

A Índia culpa o Paquistão por apoiar grupos separatistas da Caxemira, uma região que é ocupada por Índia, Paquistão e China. Islamabad nega apoiar esses grupos.

Segundo o Ministério da Defesa da Índia, o ataque não teve nenhuma instalação militar do Paquistão como alvo. "Nossas ações foram focadas, comedidas e de natureza não escalonada", diz um comunicado. "A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução."

Os mísseis atingiram locais na Caxemira paquistanesa e na província de Punjab, no leste do país, de acordo com três autoridades de segurança paquistanesas. Um deles atingiu uma mesquita na cidade de Bahawalpur, em Punjab, e matou uma criança, além de deixar dois feridos.

Entenda as tensões atuais

No dia 22 de abril, um grupo armado atacou turistas na cidade de Pahalgam, na parte indiana da região, matando 25 indianos e 1 nepalês. O Paquistão negou envolvimento com o ataque, reivindicado por um grupo terrorista islâmico pouco conhecido chamado Frente de Resistência - que tinha hindus como alvo. A Índia acusa Islamabad de armar e abrigar o grupo. O Ministério da Defesa do Paquistão sugeriu que o ataque foi uma "operação de false flag".

No dia seguinte ao atentado, Nova Délhi expulsou diplomatas, suspendeu vistos e fechou fronteiras terrestres com o Paquistão. Islamabad respondeu suspendendo acordos bilaterais, fechando fronteira e espaço aéreo a companhias indianas, e impondo sanções comerciais.

Desde 24 de abril há registros de trocas diárias de tiros na Caxemira e ambos os exércitos estão em alerta máximo. Apesar dos arsenais nucleares, a tendência é que nenhum lado acione armas atômicas a menos que esteja encurralado. Mas mesmo confrontos convencionais poderiam ser devastadores.

Nos últimos dias, a Índia também suspendeu o Tratado das Águas do Indo, assinado em 1960, que garante o acesso do Paquistão ao rio Indo, responsável por 90% de sua irrigação. Em resposta, Islamabad afirmou que se a Índia reduzir a quantidade de água que lhe é atribuída, isso seria considerado um ato de guerra. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou ter tido uma "conversa muito construtiva" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após um encontro na Casa Branca nesta terça-feira, 6. Segundo Carney, o diálogo marcou o "começo do fim de um processo de redefinição da relação Canadá-EUA". O dirigente seguiu categórico ao rejeitar qualquer possibilidade de anexação do país ao vizinho.

"Canadá não está e nunca estará à venda", reiterou em entrevista coletiva, repetindo declaração anterior, em resposta a comentários de Trump sobre o país, eventualmente, se tornar o "51º estado americano". O premiê disse ter sido "muito claro" com o americano quanto à sua posição: "Fui muito claro com Trump que negociações serão feitas como dois países soberanos", afirmou. "É preciso separar o desejo da realidade. Pedi que ele parasse de falar sobre o Canadá se tornar o 51º estado dos EUA. É neste ponto que começa uma discussão séria", completou.

Ao comentar as tensões comerciais entre os dois países, Carney avaliou que "estabelecemos uma boa base hoje" para o avanço das conversas, mas reconheceu que "não tivemos decisões sobre tarifas". Ele ressaltou a complexidade do tema: "A discussão tarifária com os EUA é muito complexa. Estamos abordando uma grande quantidade de questões, por isso o progresso não será necessariamente evidente durante as negociações, mesmo que estejamos progredindo".

Ainda assim, o primeiro-ministro demonstrou otimismo. "Queremos seguir adiante com negociações comerciais com os americanos" e "veremos quanto tempo vai levar até os EUA tirarem as tarifas sobre o Canadá". Carney adiantou que ele e Trump concordaram em manter novas rodadas de diálogo nas próximas semanas, inclusive durante o encontro do G7.

Ao fim da reunião, o premiê destacou que "a postura de Trump e o quão concretas foram as discussões me fazem me sentir melhor". Apesar disso, reconheceu que "ainda temos muito trabalho pela frente e estamos totalmente empenhados". Por fim, assegurou ao republicano que "nossas medidas contra a entrada de fentanil nos EUA estão funcionando".