Tabata reage a Salles após ex-ministro de Bolsonaro chamar Serra de 'tio Paulo'

Política
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A deputada federal e pré-candidata a prefeita de São Paulo, Tabata Amaral (PSB), gravou um vídeo para criticar o também deputado federal Ricardo Salles (PL) por relacionar o ex-governador de São Paulo José Serra ao caso que ficou conhecido como "tio Paulo", em referência ao episódio em que uma sobrinha levou o tio morto para tentar pegar empréstimo em um banco no Rio de Janeiro.

"Vi o post extremamente desrespeitoso que o Ricardo Salles fez sobre mim e o (ex-) ministro José Serra. Não vale tudo por like. Nessa minha jornada como pré-candidata, eu fiz questão de ter humildade de sentar para conversar com todos os últimos ex-prefeitos que tivemos em São Paulo. Falei com (João) Doria, com o (Gilberto) Kassab, com o (Fernando) Haddad, com Marta (Suplicy), com (Luiza) Erundina e falei com Serra também. E a conversa que tive com ele foi uma das mais lúcidas e inspiradoras que tive nos últimos meses", disse Tabata em trecho do vídeo publicado em suas redes sociais.

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Em um momento que ainda não sabe se o PSDB caminhará com ela na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a parlamentar aproveitou para elogiar a gestão tucana de Serra à frente do Poder Executivo municipal. Ele foi prefeito entre 2005 e 2006. "José Serra, como prefeito de São Paulo, nos trouxe a Virada Cultural, nos trouxe a integração do bilhete único e, como ministro da Saúde, um dos maiores que já tivemos, trouxe os genéricos para o Brasil. Diante desse legado todo, eu pergunto: o que fez Ricardo Salles pelo nosso País?", criticou Tabata.

No último dia 1º, a parlamentar apresentou um grupo de apoiadores para elaborar o plano de governo para disputa da Prefeitura de São Paulo. O grupo é formado por aliados do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), técnicos que atuaram em gestões do PSDB na capital e no Estado e integrantes e ex-integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A França está enviando reforços de segurança para o seu território ultramarino da Nova Caledônia, um ponto de apoio crucial para Paris no Indo-Pacífico, depois de dias de tumultos violentos que levaram à morte de pelo menos cinco pessoas e levantaram questões difíceis sobre o futuro do arquipélago e a situação da França na região.

As autoridades francesas anunciaram na quinta-feira, 16, que mil policiais estavam a caminho do território, enquanto o exército era destacado para proteger os portos e o aeroporto principal. Cerca de 1.700 policiais já estão presentes na Nova Caledônia, onde manifestantes incendiaram edifícios, saquearam lojas e montaram barricadas nas estradas, acrescentaram.

Tudo começou no início desta semana com um projeto de lei proposto por Paris que estenderia os direitos de voto nas eleições locais a todos os cidadãos que residem na Nova Caledônia há 10 anos, algo que os oponentes dizem que correria o risco de diluir a influência dos indígenas Kanak, que constituem cerca de 40% da população do território de quase 300.000 habitantes. Cerca de um quarto são descendentes de europeus e as ilhas estão sob controle francês desde que foram anexadas em 1853.

A iniciativa para alargar a votação seguiu-se a vários anos de negociações fracassadas entre Paris e grupos anti e pró-independência. De acordo com a lei atual, apenas as pessoas que vivem na Nova Caledônia desde pelo menos 1998 e os seus filhos com 18 anos ou mais podem votar nas eleições locais. Os neocaledônios - incluindo aqueles que atualmente não são elegíveis para votar nas eleições locais - são automaticamente cidadãos franceses e têm direito a votar nas eleições nacionais, tal como se vivessem na França continental.

"Tudo o que resta para a França ter alguma influência internacional são os confetes do seu antigo império", disse Laurent Chalard, geógrafo e membro do Centro Europeu para Assuntos Internacionais.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou o envio de mais tropas para Rafah, no sul da Faixa de Gaza, o mais recente alvo da operação militar contra o Hamas. A decisão é um sinal de que os israelenses pretendem seguir com a invasão da cidade, onde mais de 1 milhão de palestinos se refugiaram - 600 mil já fugiram da área, segundo a ONU.

"Centenas de alvos foram atingidos e nossas forças estão realizando manobras na área", disse Gallant, que não deu prazos para o envio e para o início da invasão total - até o momento, as ações foram localizadas, segundo o governo de Israel.

O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, vem desafiando a pressão internacional para suspender a operação em Rafah. Ele garante que a invasão é necessária para desmantelar os últimos batalhões do Hamas em Gaza.

Mas, enquanto o Exército israelense não recebe a ordem de atacar, o Hamas parece ter se reagrupado e ressurgido em áreas no centro e no norte de Gaza, obrigando Israel e travar novamente combates violentos contra militantes em partes do enclave que já haviam sido dominadas. Nesta quinta-feira, cinco soldados morreram em Jabaliya.

O renascimento do Hamas vem deixando a cúpula do Exército irritada com a falta de um plano de segurança para Gaza no pós-guerra. No fim de semana, o chefe do Estado-Maior, o general Herzi Halevi, criticou o premiê pela falta de um plano. Na quarta-feira, Gallant cobrou publicamente uma estratégia de Netanyahu. "Desde outubro eu venho levantando esse tema no gabinete de guerra", disse o ministro. "Mas, até agora, não obtive nenhuma resposta."

Outro membro do gabinete de guerra, Benny Gantz - que cada vez mais se consolida como o maior opositor de Netanyahu - concordou com o ministro da Defesa. "Gallant fala a verdade. É responsabilidade do líder fazer a coisa certa para o país a qualquer custo", disse.

O primeiro-ministro respondeu que enquanto o Hamas não for completamente destruído, nenhum outro grupo poderá controlar a Faixa de Gaza, incluindo a Autoridade Palestina. "Não pretendo substituir o Hamastão por um Fatahstão", afirmou o premiê, em referência ao Fatah, facção rival do Hamas, que constitui a Autoridade Palestina que exerce algum poder na Cisjordânia.

Acusação de genocídio

A África do Sul acusou Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, de provocar "uma nova e horrenda fase do genocídio" em Gaza. A diplomacia sul-africana pediu ao tribunal que ordenasse a interrupção da ofensiva em Rafah.

Foi o quarto pedido protocolado pela África do Sul, que pede uma decisão provisória da CIJ para evitar o ataque. Entre as alegações apresentadas pelos sul-africanos estão o registro de valas comuns, de tortura e a retenção deliberada de ajuda humanitária.

O chanceler israelense, Israel Katz, acusou a África do Sul de apresentar à CIJ "alegações falsas" que "dependem de fontes não confiáveis do Hamas". "Israel age de acordo com a lei internacional e suas obrigações humanitárias, e implementa medidas para minimizar os danos a civis", afirmou. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A Rússia alertou nesta sexta-feira, 17, que os Estados Unidos e aliados ocidentais estão "brincando com fogo" ao apoiar ataques da Ucrânia no país. "Não deixaremos essas invasões em nosso território sem resposta", afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo, em nota.

O comunicado refere-se ao ataque massivo da Ucrânia na região da Crimeia, entre os dias 16 e 17 de maio.

Segundo o ministério, mais de 100 veículos aéreos não tripulados (drones) foram interceptados em diferentes regiões da Rússia, 51 deles apenas na Crimeia, e outros seis barcos não tripulados foram eliminados no Mar Negro.

A nota classifica os ataques como "bárbaros" e aponta que as armas de origem ocidental com alcance de longa distância "dão passe livre para o seu uso contra a Rússia e, portanto, contribuem para maior escalada do conflito".