Castro: Não vejo motivos para STF declarar inconstitucionalidade (da RP-9)

Política
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O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do projeto de resolução do orçamento secreto, aprovado pelo Congresso no início da tarde desta sexta-feira, 16, voltou a dizer que não vê "motivos para o Supremo Tribunal federal declarar a inconstitucionalidade" das emendas de relator destacado que ela segue "todos os princípios da administração pública": legalidade, equidade, moralidade e transparência.

"Não sou fã da emenda de relator, ao contrário, sou crítico. Mas entre não ser de qualidade e ser um orçamento secreto, há grande distância", disse após a sessão do Congresso em que o projeto que vai alterar o Regimento do Congresso foi aprovado com amplo apoio dos parlamentares.

Castro disse que as emendas de relator foram "estigmatizadas, como a CPMF" e criticou os colegas que se opuseram ao seu relatório, dizendo que a tentativa é de "aprimorar" o instituto das emendas de relator. "Quem votou contra, votou para manter o que está aí".

'Pacheco: CMO fará alocação devida'

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que, se o Supremo Tribunal Federal declarar a inconstitucionalidade do orçamento secreto, caberá à Comissão Mista do Orçamento definir como os recursos da RP-9 serão realocados. A Corte está julgando a ação que questiona a legalidade das emendas de relator e deve encerrar a análise na segunda, 19. Até o momento, há maioria para acabar com o mecanismo.

Segundo Pacheco, o projeto de resolução aprovado pelo Congresso que determina uma divisão proporcional das emendas de relator "foi o melhor formato encontrado" para solucionar os questionamentos que vinham sendo levantados sobre o esquema. O senador defendeu o texto e disse que ele é "integralmente bom" e "aprimora para melhor" a RP9.

O projeto vai alterar o Regimento Comum do Congresso e prevê que 80% das emendas de relator sejam destinadas proporcionalmente para as bancadas, 7,5% para as Mesas Diretoras de cada Casa, e 5% para a Comissão Mista de Orçamento. Também destaca que "pelo menos 50% das indicações realizadas pelo relator-geral deverão ser executadas em ações e serviços públicos de saúde, educação e de assistência social".

Contudo, a proposta não resolve a falta de transparência da RP9, uma das principais críticas às emendas de relator, e mantém com os líderes partidários o poder de distribuição da verba.

Advogado, Pacheco destacou que "a decisão final sempre cabe ao Supremo", mas destacou esperar "que haja melhor ambiente possível". Como o Broadcast tem mostrado, os parlamentares esperam, a partir da aprovação da proposta, sensibilizar a Corte, como uma sinalização de diálogo. O presidente do Senado, que também comanda o Congresso, ressaltou, inclusive que, a depender da decisão do Supremo, ha "disposição" dos parlamentares em fazer "os aprimoramentos necessários".

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que irá declarar dois feriados nacionais em comemoração às vitórias da Primeira e Segunda Guerra Mundial, nas datas de 11 de novembro e 8 de maio, respectivamente. Contudo, o republicano acrescentou que os mercados devem funcionar normalmente esses dias "porque já temos feriados demais nos Estados Unidos".

"Vencemos duas guerras mundiais, mas nunca levamos o crédito por isso - todo mundo leva! Em todo o mundo, os Aliados estão comemorando a vitória que obtivemos na Segunda Guerra Mundial. O único país que não está comemorando são os Estados Unidos da América, e a vitória só foi alcançada graças a nós", escreveu ele na Truth Social.

Ruanda confirmou nesta segunda-feira, 5, que tinha discussões "em andamento" com os Estados Unidos em relação a um possível acordo para receber imigrantes deportados.

No domingo, 4, o ministro das Relações Exteriores de Ruanda, Olivier Nduhungirehe, disse à mídia estatal que as conversas estavam no "estágio inicial". Quando perguntado pela The Associated Press hoje, ele confirmou as negociações.

Nduhungirehe não revelou os detalhes do possível acordo, mas relatos anteriores da mídia local sugerem que os EUA provavelmente financiariam um programa para que os migrantes se integrassem à sociedade por meio de iniciativas de assistência ao trabalho.

O Departamento de Estado dos EUA não quis comentar sobre o assunto, mas declarou que o envolvimento com governos estrangeiros é uma parte importante da política de Washington para impedir a migração ilegal.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, defendeu nesta segunda-feira, 5, seu bom relacionamento com o presidente americano, Donald Trump, e descartou um debate na mídia sobre suas declarações recorrentes.

Como tem sido sua estratégia desde que o republicano chegou ao poder em janeiro, Sheinbaum reagiu com moderação aos comentários provocativos de Trump no domingo, 4, quando ele disse que ela "teme os poderosos cartéis mexicanos".

"Eu não gostaria que a comunicação entre o presidente Trump e a minha pessoa, entre os Estados Unidos e o México, fosse feita através da mídia", enfatizou Sheinbaum em sua conferência matinal.

Ela destacou a comunicação "boa" e "fluida" que mantém com o presidente dos EUA, o que lhe permitiu chegar a uma série de acordos e evitar as tarifas que Washington impôs a vários países.

A líder mexicana também negou que ele tenha feito qualquer ameaça quando, em uma conversa telefônica anterior, ofereceu enviar tropas ao México para apoiar na luta contra organizações criminosas e reiterou que "podemos colaborar em muitas outras coisas dentro da estrutura de nossa soberania e territorialidade".

No domingo, Trump confirmou que havia proposto o envio de tropas americanas a Sheinbaum e criticou-a por ter rejeitado sua oferta.