Lula planta pé de oliveira em Embaixada e pergunta quando nascem as uvas

Política
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Enquanto plantava uma oliveira na Embaixada da Palestina em Brasília na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perguntou para o embaixador palestino Ibrahim Alzeben quanto tempo demoraria para poder nascer uvas. A árvore, porém, dá azeitonas. Veja o vídeo clicando aqui.

Durante a cerimônia, o embaixador disse que Lula estava "plantando esperança para o povo palestino". Após terminar o plantio, Lula perguntou a Alzeben quanto tempo demoraria para dar uma uva, se corrigindo logo depois. "Vou voltar aqui... quanto tempo demora para dar uma uva... azeitona". Alzeben respondeu que levaria oito anos até que a planta desse frutos.

O encontro na Embaixada da Palestina ocorreu no último dia 9, mas a gafe de Lula viralizou nas redes sociais apenas nesta sexta-feira, 16, através de perfis de oposição ao petista.

Além de Lula e o embaixador palestino, o evento também contou com a participação da primeira-dama, Janja da Silva, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Além deles, estavam Celso Amorim, que é o principal conselheiro do presidente em questões internacionais, e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Ricardo Lewandowski (Justiça) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social).

A oliveira é uma árvore com um forte valor simbólico para as três grandes religiões monoteístas. Os islâmicos a consideram a "árvore da vida". Para os cristãos, ela está relacionada com os sentimentos de esperança e reconciliação. Os judeus, por sua vez, associam a planta com o Monte das Oliveiras, local sagrado frequentado por profetas.

Desde que assumiu o seu terceiro mandato no Planalto, Lula cometeu outras gafes durante cerimônias. Em maio do ano passado, ele afirmou que o regime do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, é alvo de "narrativas" e que o conceito de democracia é "relativo".

Em julho do ano passado, ele agradeceu à África "por tudo o que foi produzido pelos 350 anos de escravidão" ao lado do presidente de Cabo Verde.

Em setembro, quando realizou uma cirurgia o quadril, o presidente foi criticado por ter relacionado beleza a não uso de equipamentos como muleta e andador durante uma transmissão do Conversa com o Presidente, antiga live semanal produzida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Lula disse que gesto foi 'em nome da paz' na Palestina

De acordo com Lula, o gesto foi "em nome da paz e da esperança para o povo palestino". A Faixa de Gaza, que faz parte da Palestina, é palco de uma guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas desde outubro do ano passado.

Desde o início do conflito, o petista critica Israel pela intensidade dos ataques feitos pelo Exército do país. A guerra foi desencadeada após o grupo extremista realizar um ataque terrorista que deixou 1,2 mil israelenses mortos.

Durante uma entrevista cedida para um veículo de comunicação egípcio nesta quinta-feira, 15, Lula disse que Israel mata mulheres e crianças a "pretexto de derrotar o Hamas". O presidente também disse que a resposta israelense ao ataque terrorista de outubro "não tem nenhuma explicação".

"O Brasil foi um país que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque de Israel e ao sequestro de centenas de pessoas. Nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista. Mas não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças, coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento", disse Lula.

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Há 62 anos, Audrey Backeberg desapareceu de uma pequena cidade no centro-sul de Wisconsin, nos Estados Unidos, após supostamente pegar carona com a babá da família e embarcar em um ônibus para Indianápolis. Ninguém jamais soube para onde ela foi ou o que havia acontecido com ela.

Tudo isso mudou na semana passada, quando Audrey foi encontrada viva e em segurança em outro Estado, graças ao olhar atento de um novo detetive que assumiu o caso em fevereiro.

O detetive Isaac Hanson descobriu um registro de prisão fora do Estado que correspondia a Audrey Backeberg, o que desencadeou uma série de investigações que levaram à sua localização.

Acontece que Audrey escolheu sair da cidade de Reedsburg por vontade própria - provavelmente devido a um marido abusivo, segundo Hanson.

"Ela está feliz, segura e protegida; e basicamente viveu discretamente durante todo esse tempo", disse ele.

Hanson foi designado para o caso no final de fevereiro e, após encontrar o registro de prisão, ele e outros oficiais se reuniram com a família de Backeberg para ver se tinham alguma ligação com aquela região. Eles também investigaram a conta da irmã de Backeberg no Ancestry.com, acessando registros de censo, obituários e certidões de casamento daquela área.

Em cerca de dois meses, encontraram um endereço onde vivia uma mulher que, segundo Hanson, apresentava muitas semelhanças com Backeberg, incluindo data de nascimento e número da previdência social. Hanson conseguiu que um policial da região fosse até o endereço. Dez minutos depois, Backeberg, agora com mais de 80 anos, ligou para ele.

"Aconteceu tão rápido", contou. "Eu esperava que o policial me ligasse de volta dizendo: 'Ninguém atendeu à porta'. E achei que fosse o policial me ligando, mas na verdade era ela. E para ser sincero, foi uma conversa bem casual. Eu percebi que ela obviamente tinha seus motivos para ter ido embora."

A maior parte das informações obtidas nessa ligação não foi compartilhada por Hanson, que explicou que ainda é importante para Backeberg manter sua privacidade.

"Acho que ela ficou muito emocionada, claro, com tudo aquilo - ver um policial batendo à porta, relembrar tudo o que aconteceu e reviver 62 anos em 45 minutos", disse ele.

'Ela é quem decide'

Hanson descreveu o fato de encontrá-la viva após mais de seis décadas como algo praticamente inédito. E embora não saiba se ela irá retomar contato com a família, afirmou estar satisfeito por ela ter agora essa possibilidade.

"Há familiares morando aqui, então ela tem meu número caso queira entrar em contato ou precise de algo, como o telefone de parentes daqui", disse ele. "No fim das contas, ela é quem decide", finalizou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 6, que "está ansioso" para se encontrar com o novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, mas criticou duramente a relação econômica entre os dois países. "Não consigo entender uma simples VERDADE - Por que os EUA estão subsidiando o Canadá em US$ 200 bilhões por ano, além de dar a eles PROTEÇÃO MILITAR GRATUITA e muitas outras coisas?", questionou em publicação na Truth Social.

Trump ainda listou uma série de produtos canadenses que, em sua visão, os EUA não precisariam importar: "Não precisamos de seus carros, não precisamos de sua energia, não precisamos de sua madeira, não precisamos de NADA do que eles têm, exceto de sua amizade, que espero que sempre mantenhamos". Em contrapartida, afirmou que o Canadá "precisa de TUDO de nós".

A publicação foi feita na iminência de um encontro entre o republicano e Carney na Casa Branca. A reunião, segundo Trump, deve ser marcada por essa discussão: "O primeiro-ministro chegará em breve, e essa será, muito provavelmente, minha única pergunta de consequência".

O líder conservador do partido CDU da Alemanha, Friedrich Merz, conseguiu ser eleito o 10º chanceler da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial na segunda rodada de votação realizada no Parlamento alemão nesta terça-feira, 6. Merz perdeu na primeira votação e havia dúvidas sobre a capacidade do líder alemão vencer a nova votação ainda hoje, depois da derrota histórica desta manhã.

Merz recebeu 325 votos no segundo turno. Ele precisava de uma maioria de 316 dos 630 votos em votação secreta, mas recebeu apenas 310 votos no primeiro turno - bem abaixo das 328 cadeiras de sua coalizão.

Segundo a Presidente do Bundestag, Julia Klöckner, a cerimônia de nomeação do conservador deve ocorrer ainda nesta tarde, por volta das 17h (horário local).

*Com informações da Associated Press.