Zema dividirá palanque com Lula e diz que petista será 'bem recebido' em Minas

Política
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), vai dividir palanque com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um evento em Belo Horizonte na manhã nesta quinta-feira, 8. Segundo Zema, que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista será "bem recebido" por ele e pelos servidores da administração estadual.

No início deste mês de fevereiro, o petista foca em viagens nos três principais colégios eleitorais do País e que são governados por aliados do ex-presidente: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na última sexta-feira, 2, Lula fez afagos ao chefe do Executivo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesta terça-feira, 6, o presidente fez acenos ao governador fluminense Cláudio Castro (PL).

As visitas de Lula fazem parte de uma estratégia para as eleições municipais de outubro. O petista busca aumentar a sua popularidade no País e intensificar a sua presença em cidades com mais de 100 mil habitantes .A estratégia teve início no Nordeste, tradicional reduto petista, com visitas em Recife, Salvador e Fortaleza.

O PT pretende lançar candidatos próprios a prefeito em mais de 500 municípios e entre 11 a 14 das 26 capitais do País. Além das viagens do presidente e a sua presença para impulsionar a candidatura de aliados, os petistas apostam na fatia de R$ 603 milhões do fundo eleitoral turbinado de R$ 4,9 bilhões, sancionado por Lula no último dia 23.

Segundo o Palácio do Planalto, Lula e Zema estarão juntos em um evento em Belo Horizonte pela manhã que anunciará recursos para a BR-381, mais conhecida como "rodovia da morte", que liga a capital mineira ao município de Caeté.

Além disso, está prevista uma reunião particular entre os mandatários para discutir a crise financeira que hà uma década atinge Minas. O valor do débito gira em torno de R$ 160 bilhões.

Em uma entrevista para a CNN Brasil nesta quarta-feira, 7, Zema criticou a postura do Planalto nas tratativas sobre a quitação da dívida e afirmou que o governo federal mais parece um "banco" do que um ente federativo por cobrar juros que, segundo ele, inviabilizam o pagamento.

"A União tem procedido como um banco e não como um ente federativo. A dívida precisa ser corrigida, mas cobrar taxa de juros realmente é inviabilizar o pagamento e Minas Gerais, e outros Estados, tem sido e muito prejudicados, ficando sem capacidade de dar uma saúde adequada e de melhorar as suas estradas devido a esse pagamento muito elevado", afirmou.

Lula será bem recebido, afirma Zema

À CNN, o governador mineiro afirmou que Lula será "bem recebido" no Estado e "respeitado" por ele e por sua equipe do Palácio Tiradentes. "Nós temos posicionamentos que muitas vezes podem ser contrários ao do presidente e ao governo federal, e isso faz parte da democracia", disse.

¨Ele é presidente e eu sou governador. Eu tenho contato com todos os prefeitos de Minas. Nós temos prefeitos de todos os partidos. Você não pode discriminar ninguém, nem abaixo, nem acima, devido a alguma questão partidária. Ele vai em Minas e eu não vou recebê-lo?¨, afirmou o governador à CNN.

Na entrevista, Zema também defendeu uma parceria com Lula para discutir melhorias para as estradas federais e no pagamento de vítimas do desastre ambiental de Mariana, que ocorreu em novembro de 2015.

Lula aposta em afagos a governadores bolsonaristas

Desde que assumiu a Presidência no ano passado, Lula aposta no pragmatismo ao posar para fotos e fazer afagos a adversários políticos. Quando esteve em São Paulo na última sexta, Lula convidou Tarcísio para um evento que anunciou investimentos para o túnel Santos-Guarujá.

Durante o evento, um um homem gritou: "Volta para o PT, Tarcísio", arrancando gargalhadas do governador. Em outro momento, o petista disse que iria se "preparar" para derrotar o mandatário paulista em uma futura corrida presidencial.

Nesta terça-feira, 6, os afagos foram para Cláudio Castro, que participou de uma cerimônia de entrega de residências do Minha Casa, Minha Vida em Magé, na Baixada Fluminense. O governador foi vaiado e o público gritou 'Fora, Bolsonaro', mas Lula ignorou as reações. Em retribuição, o aliado do ex-presidente afirmou que as "eleições acabaram". "Temos que trabalhar juntos independentemente da coloração partidária e das bandeiras ideológicas", disse.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).