Zema sofre pressão e desiste de ir a evento do 8/1 após confirmar presença de última hora

Política
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não compareceu ao evento que marca um ano dos atos golpistas do 8 de Janeiro. Na manhã desta segunda-feira, 8, ele havia confirmado presença na cerimônia "Democracia Inabalada" promovida pelo governo Lula (PT), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.

O mineiro seria o único entre os principais governadores de oposição a comparecer. Porém, lideranças do Novo pressionaram Zema a mudar de ideia. A avaliação é que presença do governador mineiro repercutiria negativamente entre eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e na direita. A informação da desistência foi confirmada pelo Estadão tanto no partido quanto no governo.

"Zema não vai à festa da Ditadura Indisfarçável de Lula e Moraes", escreveu o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), do mesmo partido do governador, no X (antigo Twitter). A reportagem pediu um posicionamento oficial do governo de Minas Gerais, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O compromisso ainda constava na agenda oficial de Zema às 16h03m.

Apesar de ter cancelado o compromisso, Zema se reúne ainda nesta segunda-feira com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, para discutir a proposta de renegociação da dívida de Minas Gerais com a União. Sem articulação política com Lula, o governador viu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assumir as rédeas da negociação e receber acenos do presidente da República.

Pela manhã, praticamente ao mesmo tempo em que confirmou que estaria no evento ao lado de Lula, Pacheco e do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, Zema publicou uma mensagem nas redes sociais em que ironizou a data. "Hoje é 08/01, sabe o que significa?", escreveu o governador no X, acrescentando que o prazo para as matrículas em cursos técnicos oferecidos pelo governo estadual estava próximo do fim. "Qualificação + emprego: a política social que funciona e não aprisiona", concluiu.

Governadores da oposição também não comparecerão ao evento. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que chegou a ser afastado das suas funções após os ataques de 8 de janeiro pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, afirmou estar de férias. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro, está na Europa.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), não confirmaram presença. Já o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), enviou um ofício a Lula agradecendo pelo convite e afirmando que não poderia participar por conta de "compromissos previamente agendados".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).