Doria e Alckmin se encontram em SP em reaproximação após rompimento e farpas públicas

Política
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O ex-governador de São Paulo, João Doria se encontrou no último domingo, 3, com o vice-presidente da República e presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), após longo afastamento. A revelação do encontro foi feita pelo empresário em suas redes sociais. Segundo Doria, por meio de sua assessoria, a conversa girou em torno de economia e o futuro do Brasil. "Chegou dirigindo seu carro particular. Tivemos uma excelente conversa sobre o Brasil e suas boas perspectivas. Alckmin tem grandeza, capacidade e bom sentimento", diz a legenda da postagem.

A vice-presidência informou que o encontro não foi registrado na agenda oficial por se tratar de um compromisso pessoal de Alckmin, que ocupa interinamente a presidência da República até terça-feira, 5. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em uma viagem internacional pelo Catar, Emirados Árabes e Alemanha, além de participar da 28º Conferência das Nações Unidas sobre Mudança de Clima (COP28), em Dubai.

A relação entre os dois ex-tucanos viveu altos e baixos. Doria venceu as eleições à Prefeitura de São Paulo em 2016 apadrinhado por Alckmin, que era governador na ocasião. Porém no ano seguinte, a relação já começou a azedar, pois João Doria começou a viajar pelo país na tentativa de se cacifar para a ser o presidenciável das eleições de 2018, posto que Geraldo Alckmin ocupou naquele pleito.

Outro fator que gerou mal estar na relação entre os dois políticos, foi a aproximação de Doria com Jair Bolsonaro já no primeiro turno. A atitude levou Geraldo Alckmin a afirmar que "traidor eu não sou", em reunião com lideranças do PSDB, em referência ao antigo aliado.

Em 2021, houve outra rusga na relação. Geraldo Alckmin cogitava se candidatar ao governo do Estado no ano seguinte, mas Doria, que era presidente da sigla, lançou o seu vice Rodrigo Garcia (PSDB), que não se reelegeu.

Ainda em 20o21, após 33 anos, após Doria ser escolhido em convenção como candidato da legenda à Presidência da República, Geraldo Alckmin deixou o PSDB e foi para o PSB, em uma manobra para concorrer como vice-presidente na chapa de Lula ao Palácio do Planalto. Doria criticou essa aproximação. Depois, também deixaria o PSDB, em outubro daquele ano, após ver frustrado o seu plano de concorrer à Presidência do Brasil.

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Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.