FUP: pelo menos 4 refinarias da Petrobras estão na mira de atos antidemocráticos

Política
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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) mapeou a evolução das manifestações políticas nas unidades da Petrobras por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Pelas redes sociais, o grupo convocou novos atos contra o atual governo em refinarias da empresa, com foco na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, na segunda-feira, 9.

A manifestação acontece um dia depois de atos de depredação em Brasília, praticados por bolsonaristas, que não aceitam o resultado das eleições presidenciais. Em poucas horas, milhares de extremistas destruíram prédios públicos, feriram pessoas e animais, e roubaram armas. "Hoje não teve a presença de manifestantes na Reduc. Mas cabe destacar diversas mensagens circulando nas redes sociais convidando a presença de manifestantes na Reduc e em distribuidoras de combustíveis em Caxias. A polícia militar está no local", informou a FUP.

O objetivo da convocação antidemocrática é bloquear o acesso de caminhões-tanque nas bases das empresas distribuidoras de combustíveis, sob o argumento de que sem combustível o Brasil vai parar.

Segundo a FUP, um batalhão de choque está a caminho da Reduc e passará a noite em vigília para evitar a aproximação dos bolsonaristas. Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, já haviam informado que a segurança do entorno da refinaria seria reforçada.

De acordo com relatório da FUP, no início da manhã deste domingo a Polícia Militar precisou negociar com manifestantes que acamparam próximo à Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, em São Paulo. A FUP informou que eram aproximadamente 50 manifestantes em barracas. Segundo a federação dos petroleiros, a Polícia Militar continua no local e está monitorando o movimento.

Já na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, no Rio Grande do Sul, cerca de 100 manifestantes estão concentrados na portaria da unidade. A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal estão no local, segundo a FUP. Outra unidade sob ameaça de protesto é a Regap, em Betim, Minas Gerais, que teve convocação também para esta segunda-feira, 9, e já conta com algumas pessoas acampadas e a presença da polícia militar.

A FUP listou como medidas preventivas para evitar casos como ocorreu em Brasília o reforço no relacionamento com os órgãos de segurança pública e de inteligência; reforço e dobra das equipes de vigilância; monitoramento dos ambientes externos; e elevação do nível de segurança das unidades.

A Petrobras não detalhou as medidas que está tomando para se prevenir de possíveis ataques, e se limitou a declarar que mantém o procedimento padrão. "As refinarias estão operando normalmente. A Petrobras está tomando todas as medidas preventivas de proteção necessárias, conforme procedimento padrão". informou em nota ao ser questionada.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.