Marina Silva é convocada para debater ações do governo que prejudicariam agro

Política
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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi convocada por deputados federais para debater ações do governo que, segundo eles, estariam prejudicando o setor agrícola do País. A audiência pública foi marcada para terça-feira, dia 21.

O requerimento foi apresentado pelos deputados Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Vitor (PL-MG), ambos da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Como justificativa, os parlamentares citaram a matéria do Estadão sobre uma medida administrativa entre o Ministério do Meio Ambiente e o governo do Amazonas para combater as queimadas na região.

Segundo os deputados, a medida proposta de suspender o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em propriedades onde tenham sido identificados focos de incêndio sem a autorização para praticá-los, tem o "objetivo declarado" de combater incêndios florestais na região, mas precisa de esclarecimentos quanto à "verdadeira intenção" do Ministério, bem como aos impactos considerados na elaboração da proposta.

Entre as medidas que a ministra está sendo convidada a explicar aos deputados está o novo regimento interno do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Nele, foi determinado a redução da estrutura para cinco câmaras técnicas, cuja atribuição é examinar, deliberar e relatar ao Plenário as matérias relacionadas à sua área de atuação, e é mencionada a necessidade de "compatibilidade das propostas de resoluções com os acordos internacionais dos quais o Brasil seja signatário".

Para os deputados, a portaria pode aumentar a burocracia e rigidez nas questões relacionadas ao meio ambiente. "Para a agropecuária, que muitas vezes enfrenta desafios ambientais complexos, como o uso da terra e a gestão dos recursos naturais, isso pode significar dificuldades adicionais, atrasos nos projetos e maior pressão sobre os produtores rurais para cumprir regulamentações mais rigorosas" citam os deputados no requerimento.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".