Weintraub quer se candidatar a prefeito de SP e mira ataques em Tarcísio: 'meu inimigo'

Política
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O campo conservador pode ficar congestionado na disputa pela Prefeitura de São Paulo na eleição de 2024. Ex-ministro da Educação no governo Bolsonaro, Abraham Weintraub (PMB-SP) deseja se candidatar ao cargo. "Se o partido me der o número, eu vou", afirmou.

Weintraub reconhece que sua eventual candidatura vai brigar por votos com a do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que também foi ministro de Jair Bolsonaro (PL), mas não vê problemas neste cenário. A diferença entre os dois é que Weintraub rompeu com o ex-presidente, enquanto Salles tem recebido acenos de Bolsonaro e dos filhos. A bronca do ex-ministro da Educação é com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que caminha para apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB).

"O Tarcísio é meu inimigo. Ele é da patota do Temer, do Kassab e de tudo que é errado no país. Ele é Centrão na veia", declarou Weintraub. "O Bolsonaro me enganou. O Lula nunca me enganou e o Tarcísio também não. Eu sempre soube quem eles eram".

O Estadão entrou em contato com o governador, que não quis comentar. Tarcísio ainda não declarou oficialmente seu apoio a Nunes, mas o prefeito disse na quarta-feira, 15, que o chefe do Executivo paulista já declarou, em conversas privadas, que o apoiará. Ambos demonstraram alinhamento durante a inauguração de um templo evangélico na zona Leste de São Paulo.

O governador foi criticado por Bolsonaro, seu principal aliado e cabo eleitoral, por ter feito gestos à esquerda e ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à rádio Gaúcha, o ex-presidente disse que "não está tudo certo' na relação e que Tarcísio é "um baita gestor", mas que politicamente escorrega.

Já Weintraub rompeu com o bolsonarismo no início do ano passado, já fora do Ministério da Educação, após criticar a aliança do ex-presidente com o Centrão. Em abril de 2022, ele renunciou ao cargo de diretor executivo do Banco Mundial, para o qual foi indicado por Bolsonaro, para disputar a eleição para deputado federal. Ele teve 4.057 votos e não conseguiu se eleger.

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Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.