Postos de gasolina no Pará financiaram armas de condenado por atentado à bomba em Brasília

Política
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Dois postos de combustíveis do Pará financiaram a compra das armas de George Washington de Oliveira Sousa, responsável por uma tentativa de atentado à bomba perto do Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro de 2022, véspera do Natal passado. Ele foi preso e condenado a nove anos e quatro meses em regime fechado por causa do episódio.

De acordo com a GloboNews, o dinheiro que George Washington usou para comprar as armas que a Polícia Civil apreendeu com ele eram de dois estabelecimentos: Super Posto Pioneiro, em Tucumã, e Posto Cavalo de Aço, em Xinguara. As duas cidades ficam na região leste do Estado do Pará e são separadas por uma distância de 157 quilômetros.

Os dois postos têm as mesmas proprietárias - Francisca Alice de Sousa Reis e Michelle Tatianne Ribeiro de Sousa - e são administrados por George Washington, que tem uma procuração para movimentar contas bancárias e gerir os negócios dos estabelecimentos.

Foram apreendidos oito armamentos com ele: duas pistolas, dois revólveres, duas espingardas, uma carabina e um rifle. Parte do dinheiro usado na compra das armas foi transferido dos postos de gasolina direto para os estabelecimentos que as venderam. Outra parte foi para a conta bancária pessoal de George Washington, que depois entregou o dinheiro para as lojas de armas. As movimentações ultrapassaram o valor de R$ 70 mil.

Relembre o caso do atentado à bomba em Brasília

Na manhã do dia 24 de dezembro de 2022, a Polícia Civil do Distrito Federal, com equipes do Corpo de Bombeiros e das Polícias Civil e Federal, desarmou uma bomba deixada na Estrada Parque Aeroporto, que leva ao Aeroporto Internacional de Brasília. O explosivo estava no canteiro central.

George Washington foi identificado e preso no dia seguinte. Ele estava acampado na frente do Quartel-General do Exército em Brasília e confessou a montagem do explosivo. Ele disse para a polícia que o gesto era um protesto contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O intuito da explosão era "gerar comoção" e criar o clima favorável à intervenção das Forças Armadas.

Além dele, Alan Diego dos Santos Rodrigues também foi condenado por participar do crime, com pena de cinco anos. A Justiça concluiu que foi ele quem colocou o explosivo no caminhão que o deixou no canteiro central da pista de rolamento.

Outro condenado pelo episódio foi o blogueiro Wellington Macedo de Souza, a seis anos de prisão. Ele foi o responsável por dirigir até o local. Ele estava foragido e foi preso no Paraguai em setembro.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que encerrou seus trabalhos nesta quarta-feira, 16, interrogou George Washington, que permaneceu em silêncio diante de todas as perguntas.

Apesar do atentado à bomba anteceder os ataques às sedes dos Três Poderes, os episódios compõem a mesma onda de manifestações antidemocráticas que cresceram por causa da derrota de Bolsonaro nas urnas. No começo de dezembro, semanas antes desses acontecimentos, manifestantes incendiaram oito veículos e apedrejaram uma caminhonete em Brasília.

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Dez pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas após dois barcos com turistas naufragarem na China, informou a imprensa estatal nesta segunda-feira, 5. O acidente aconteceu na tarde de domingo, 4, depois que uma tempestade súbita de chuva e granizo atingiu as partes altas do rio Wu, um afluente do Yangtzé, o maior curso d'água da China, e afetou as condições de navegação cobrindo a superfície do rio com uma névoa densa.

Ao todo, 84 pessoas caíram na água; quatro ficaram ilesas e os feridos foram hospitalizados. Os barcos tinham capacidade máxima de cerca de 40 pessoas cada e não estavam superlotados, segundo o relato de testemunhas.

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Além dos dois barcos turísticos, outras duas embarcações foram afetadas; eles não transportavam passageiros, e os sete tripulantes conseguiram se salvar.

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Ministros do governo de Israel aprovaram planos para intensificar as operações militares na Faixa de Gaza, disse uma autoridade israelense nesta segunda-feira, 5, sob condição de anonimato.

De acordo com a fonte, os planos envolvem a reivindicação de mais áreas no enclave palestino, onde metade do território já está sob controle israelense.

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