Lula diz que não viajará até fim de novembro após cirurgia, mas que trabalhará 'normalmente'

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta terça-feira, 26, que ficará em Brasília até o fim de novembro, quando viajará para participar da COP 28, nos Emirados Árabes, após a cirurgia que fará no quadril nesta sexta-feira, 29. Apesar disso, Lula afirmou que trabalhará "normalmente" na capital federal, mas que não será visto utilizando andador.

"Só vou viajar agora dia 28 ou 29 de novembro, para os Emirados Árabes", declarou Lula durante transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, a Conversa com o Presidente, nesta terça-feira. "Até lá, vou ficar aqui em Brasília, não vou poder pegar avião, mas vou trabalhar normalmente", disse.

O chefe do Executivo contou que Ricardo Stuckert, fotógrafo da Presidência da República, disse que não quer fotografá-lo de andador. "Então, significa que vocês não vão me ver de andador, muleta, vocês vão me ver sempre bonito, como se eu não tivesse sequer operado, mas vou ter que ter um pouco de cuidado", ponderou.

Lula disse estar otimista com o procedimento, mas reforçou que o que o preocupa é a anestesia. "Tenho certeza que vou voltar bem", comentou.

O presidente contou ainda que está sentindo dor na "cabeça do fêmur", como costuma dizer, desde agosto de 2022, durante a campanha eleitoral. Ele disse que queria operar logo após a vitória nas eleições, mas pensou que poderiam surgir especulações em relação à sua saúde física: "Se eu operar agora", pensou na época, "vão dizer: 'Lula está velho, ganhou as eleições e já está internado'".

A cirurgia pela qual o presidente passará na sexta-feira para eliminar as dores que sente no quadril será com anestesia geral e demandará que o ele despache do Palácio da Alvorada por pelo menos três semanas.

O procedimento é uma artroplastia total de quadril, no lado direito, pelo qual será instalada uma prótese no lugar das partes lesionadas.

Em outra categoria

A Justiça da Bolívia restituiu na sexta-feira (2) a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por um caso de tráfico envolvendo uma menor, que tinha sido anulada por uma juíza no início da semana. O líder indígena acusa o governo de Luis Arce de orquestrar uma perseguição judicial contra ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.