Datafolha: reprovação a Bolsonaro atinge recorde de 53%

Política
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A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro subiu de 51% a 53% entre julho e setembro, segundo pesquisa Datafolha publicada nesta quinta-feira, 16. Embora esteja dentro da margem de erro de dois pontos porcentuais, o número, em tendência de alta desde dezembro do ano passado, de acordo com o instituto, representa o maior porcentual absoluto de avaliação negativa do presidente desde o início do mandato.

No mesmo intervalo, a avaliação positiva de Bolsonaro caiu de 24% a 22% em termos absolutos, também o pior índice desde a posse. Já a avaliação regular se manteve em 24%.

O Datafolha ouviu de forma presencial 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios do País, entre os dias 13 e 15 de setembro - ou seja, após a "declaração à nação" publicada pelo chefe do Planalto para tentar amenizar a crise entre os poderes, ampliada após as ameaças feitas por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos atos de 7 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

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O presidente da China, Xi Jinping, chegou a Moscou nesta quarta, 7, em visita oficial à Rússia. "Estou ansioso para falar sobre os laços e a cooperação com Vladimir Putin", afirmou Xi, destacando a importância do encontro para aprofundar as relações bilaterais. A visita ocorre em evento de celebração do "80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica", segundo comunicado do governo chinês.

Em discurso, o presidente chinês destacou a robustez da relação sino-russa. "China e Rússia têm explorado com sucesso uma maneira correta de conviver como grandes vizinhos", disse Xi, ressaltando que a parceria tem sido fundamental para a "estabilidade estratégica global" e para o fortalecimento de um mundo multipolar.

O líder chinês ainda reiterou o compromisso de ambos os países em defender os princípios da Segunda Guerra Mundial e a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), se opondo ao "hegemonismo e à política de força" e defendendo um sistema de governança global mais justo.

O presidente americano, Donald Trump, planeja anunciar durante sua viagem à Arábia Saudita na próxima semana que os Estados Unidos agora se referirão ao Golfo Pérsico como Golfo Árabe ou Golfo da Arábia, de acordo com duas autoridades americanas. A Casa Branca e o Conselho de Segurança Nacional não responderam imediatamente às mensagens solicitando comentários.

Países árabes pressionaram por uma mudança no nome geográfico do corpo de água na costa sul do Irã, enquanto o Irã mantém seus laços históricos com o golfo. Nesta quarta-feira, 7, o ministro iraniano das Relações Exteriores afirmou que os nomes das hidrovias do Oriente Médio "não implicam propriedade de nenhuma nação em particular, mas refletem um respeito mútuo pela herança coletiva da humanidade".

O Golfo Pérsico é amplamente conhecido por esse nome desde o século XVI, embora o uso de "Golfo da Arábia" e "Golfo Árabe" seja predominante em muitos países do Oriente Médio. O governo do Irã - anteriormente Pérsia - ameaçou processar o Google em 2012 devido à decisão da empresa de não rotular o corpo de água em seus mapas.

Hoje, no Google Maps dos EUA, o corpo d'água aparece como Golfo Pérsico (Golfo Árabe). O Apple Maps indica apenas Golfo Pérsico. Fonte: Associated Press.

A Embaixada da Índia em Pequim reagiu duramente a uma publicação do Global Times no X que afirmava que o Paquistão havia abatido três caças indianos em retaliação a ataques aéreos. Em uma série de posts, a missão diplomática classificou a informação como "desinformação" e criticou veículos de mídia que reproduzem "afirmações infundadas" sem verificação.

"Recomendamos que verifiquem seus fatos e examinem suas fontes antes de divulgar esse tipo de desinformação", escreveu a embaixada, dirigindo-se diretamente ao Global Times. A publicação cita fontes militares paquistanesas alegando que a Força Aérea do Paquistão (PAF) teria derrubado três caças indianos.

A embaixada destacou que "vários perfis pró-Paquistão estão espalhando alegações sem fundamento no contexto da Operação Sindoor, tentando enganar o público". Além disso, acusou veículos de imprensa de negligência: "Quando meios de comunicação compartilham tais informações sem verificar fontes, isso reflete uma grave falha de responsabilidade e ética jornalística".

A missão indiana citou um "fact-check" do governo que expôs a circulação de imagens antigas de acidentes aéreos sendo reapresentadas como recentes. "Uma é de um incidente anterior envolvendo um caça MIG-29 da Força Aérea Indiana (IAF) que caiu no Rajastão em setembro de 2024, e a outra é de um MiG-21 da IAF na Punjab em 2021", explicou.