Kassio pede vista e julgamento sobre decretos de armas de Bolsonaro é suspenso

Política
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O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, decidiu pedir vista - mais tempo para análise - de ações que pedem a suspensão de decretos do presidente Jair Bolsonaro que ampliaram o acesso a armas e munições no País, suspendendo julgamento dos processos que havia sido retomado nesta sexta-feira, 17, no Plenário virtual da corte. A discussão do caso não tem data para ser retomada.

A corte máxima havia reiniciado a discussão sobre mais de dez ações contra decretos editados pelo chefe do Executivo para flexibilizar a compra, posse e porte de armas após o ministro Alexandre de Moraes devolver os autos e pautar o caso para o Plenário virtual. Quando a discussão foi iniciada, em abril, o magistrado pediu mais tempo para analisar o caso.

Em voto apresentado no âmbito dos processos nesta sexta-feira, 17, Alexandre acompanhou os relatores das ações - o ministro Edson Fachin e a ministra Rosa Weber. "O volume de alterações promovidas pelo Poder Executivo, a ensejar uma verdadeira redefinição da política pública de controle de armas de fogo, dependeria de discussão e aprovação pelo Congresso Nacional. Fica demonstrada, portanto, a extrapolação do poder regulamentar do Presidente da República, conforme sustentando pelos Requerentes e reconhecido pelos votos já proferidos pelo Ministro Edson Fachin e pela Ministra Rosa Weber, nos casos de suas respectivas relatorias", ponderou o ministro.

Fachin é relator de ações que questionam não só decreto que flexibilizou a posse, a compra e o porte de armas, mas também a resolução que zerou os impostos para importação de revólveres e ainda de decisão do governo federal de aumentar a quantidade máxima de munição que pode ser adquirida por instituições e pessoas autorizadas a portar armas.

Já a vice-presidente do Supremo é relatora de ações que questionam seis decretos do presidente Jair Bolsonaro que acabaram alterando pontos do Estatuto do Desarmamento. Em abril, a ministra suspendeu trechos de quatro decretos editados por pelo chefe do Executivo para flexibilizar a compra, o registro e o porte de armas. Na sessão virtual nesta sexta-feira, 17, os ministros iam decidir, entre outros pontos, sobre o referendo de tal decisão.

Por hora, restou na pauta da sessão virtual iniciada nesta sexta-feira, 17, com previsão de término no dia 24, o julgamento que pode confirmar a decisão liminar dada por Alexandre de Moraes nesta quinta, 16, suspendendo a portaria editada pelo Comando Logístico do Exército para revogar o chamado Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados. A medida havia descartado regras anteriores que permitiam um controle mais rígido sobre a circulação de armas e munições.

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A força aérea de Israel bombardeou uma área próxima ao palácio presidencial da Síria na madrugada desta sexta-feira, 2, poucas horas após alertar o governo local para que não avançassem sobre vilarejos habitados por membros da minoria religiosa drusa, que vive no sul do país - sob pena de sofrer represálias.

O ataque ocorreu após dois dias de confrontos entre milicianos pró-governo sírio e combatentes da minoria drusa, nos arredores da capital, Damasco. Os confrontos já deixaram mais de cem mortos, além de dezenas de feridos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O exército israelense afirmou em comunicado que caças bombardearam uma área nos arredores do Palácio do presidente Hussein al-Sharaa. Não foram fornecidos mais detalhes.

Veículos de mídia sírios pró-governo informaram que o bombardeio atingiu uma área próxima ao Palácio do Povo, localizado em uma colina com vista para a cidade.

Os drusos são uma minoria que surgiu no século X como um desdobramento do ismailismo, um ramo do islamismo xiita.

Mais da metade dos cerca de 1 milhão de drusos no mundo vive na Síria. A maioria dos demais está no Líbano e em Israel, incluindo nas Colinas de Golã - território capturado por Israel da Síria durante a Guerra do Oriente Médio de 1967 e anexado em 1981.

Na Síria, os drusos vivem principalmente na província meridional de Sweida e em alguns subúrbios de Damasco. (Com agências internacionais).

Um terremoto de magnitude 7,4 atingiu a Argentina e o Chile nesta sexta-feira, 2, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos. As autoridades chilenas citaram a possibilidade de tsunami e emitiram um alerta de deslocamento para a população na região costeira do Estreito de Magalhães, extremo sul do país. Também foi solicitado que as pessoas deixassem todas as áreas de praia no território antártico chileno.

O Serviço Geológico dos EUA afirmou que o epicentro do terremoto foi sob o oceano, 219 quilômetros ao sul da cidade argentina de Ushuaia.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, usou sua conta no X, antigo Twitter, para dizer que "todos os recursos estão disponíveis" para responder a possíveis emergências. "Neste momento, nosso dever é nos prevenirmos e ouvir as autoridades", disse o presidente.

O terremoto ocorreu às 8h58, horário local (9h58 de Brasília), e as cidades mais próximas são Ushuaia, na Argentina, a 219 quilômetros do epicentro, e, no lado do Chile, a cidade portuária de Punta Arenas, a cerca de 440 quilômetros de distância.

O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile informou que enviou pessoal à área para avaliar os danos, embora até o momento não tenha havido relatos de vítimas ou danos materiais, disse Miguel Ortiz, vice-diretor de gestão da agência na região, em uma entrevista coletiva. "Pedimos à população de Magalhães que permaneça em áreas seguras", pois "são esperados tremores secundários", disse ele. (Com informações da Associated Press).

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".