Santana diz não ter presenciado nenhum pedido de propina em restaurante

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quinta-feira, o empresário José Ricardo Santana contradisse o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, e afirmou não ter presenciado pedido de propina durante jantar em Brasília. "Eu não presenciei nenhum pedido de vantagem indevida", disse Santana.

De acordo com o depoente, pessoas que participaram do jantar no dia 25 de janeiro, em Brasília - onde supostamente teria havido um pedido de propina -, conversaram apenas sobre "amenidades". Ele também afirmou que o policial militar Luiz Paulo Domingheti, que se apresentava como representante da Davati, e o coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, permaneceram apenas 20 minutos no local.

O jantar contou com a presença do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, que segundo Dominghetti, foi responsável por um pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina da AstraZeneca. Durante seu depoimento à CPI, Dias negou pedido de propina. Blanco, que também prestou depoimento ao colegiado, alegou que, enquanto ele esteve presente no jantar, "não houve pedido".

Com as dificuldades de obter respostas do depoente tanto sobre suas relações quanto sua atuação no Ministério da Saúde, o comando do colegiado aprovou um requerimento para que a Saúde informe todos os dias e horas das entradas de Santana no ministério.

Em outra categoria

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".