Pacheco sobre reunião com Fux: Diálogo é fundamental para termos um minuto de paz

Política
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), confirmou que irá se reunir amanhã (18) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, para discutir "o papel de cada Poder em uma crise que se apresenta". O encontro está previsto para acontecer nesta quarta-feira, 18, no Supremo Tribunal Federal, às 13h.

Na tarde desta terça, 17, Pacheco voltou a defender que o diálogo entre os chefes de Poderes e instituições é fundamental para a democracia e para que haja "um minuto de paz no Brasil". Segundo o senador, tanto Congresso, Supremo quanto a Presidência da República têm parcelas de contribuição a desempenhar para a pacificação da sociedade brasileira. Para Pacheco, o esgarçamento das instituições é prejudicial para a retomada econômica do País. "O diálogo com os poderes sempre foi muito bom de minha parte e com o ministro Fux, inclusive. Temos um contato sempre muito frequente", completou.

Sobre os pedidos de impeachment - anunciados no sábado (14) pelo presidente Jair Bolsonaro contra os ministros da Suprema Corte Luís Barroso e Alexandre de Moraes, mas ainda não protocolados -, Pacheco disse que a Casa irá aguardar a apresentação para se pronunciar. Segundo o presidente do Senado, já há pedidos de impeachment de ministros do STF protocolados no Senado, entretanto, a Presidência da Casa entendeu que não há ambiente político ou justa causa para encaminhamento dos pedidos.

"Vamos aguardar os desdobramentos. Naturalmente que toda a iniciativa do presidente da República deve ser considerada, mas é melhor aguardar que os acontecimentos surjam para que haja o posicionamento formal", afirmou. "Considero que a livre manifestação do pensamento e o direito de petição pertence a todos os brasileiros e a todas as instituições", completou.

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O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

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"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.