Lula vai a Montevidéu para tentar salvar Mercosul de acordo entre Uruguai e China

Política
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Para encerrar a primeira viagem internacional do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca nesta quarta-feira (25) em Montevidéu após dois dias de agendas em Buenos Aires (Argentina). Na capital do Uruguai, Lula vai se encontrar com o presidente Lacalle Pou de olho nas negociações por um acordo entre a nação vizinha e a China, algo visto com maus olhos por defensores do Mercosul, como o presidente.

Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores diz que o fortalecimento do Mercosul é uma das prioridades do governo brasileiro. "A visita evidenciará a centralidade atribuída pelo Brasil ao relacionamento com o Uruguai e a importância que confere ao sócio dentro do projeto de fortalecimento do Mercosul", afirma o Itamaraty. Na terça-feira, ainda em Buenos Aires, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que não conhece os termos do acordo em negociação entre Uruguai e China.

O dia de Lula em Montevidéu começa com o encontro com o presidente Lacalle Pou, às 12h, na sede do Executivo local, seguido de pronunciamento à imprensa. Às 15h, recebe a medalha oficial "Más Verde". "Um reconhecimento aos esforços feitos pelo presidente Lula em defesa do Meio Ambiente, tanto em seus mandatos anteriores, quanto em suas declarações e ações recentes", justifica o Palácio do Planalto.

No final da tarde, o petista se encontra com o ex-presidente uruguaio José Mujica, seu amigo pessoal, e volta para Brasília em seguida.

Acompanham Lula na viagem presidencial a primeira-dama Janja da Silva e os ministros Haddad, Mauro Vieira (Relações Exteriores), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência). O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, também integra a comitiva.

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A presidente da Comissão Europeia, braço administrativo da União Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que o bloco protegerá cientistas estrangeiros que se mudarem para a região, em meio ao esforço europeu para alcançar Estados Unidos e China em tecnologias inovadoras como a inteligência artificial. "Acredito que a ciência é a chave para o nosso futuro aqui na Europa. Sem ela, simplesmente não poderemos enfrentar os desafios globais de hoje, da saúde às novas tecnologias, do clima aos oceanos", disse em uma conferência em Paris nesta segunda-feira, 5.

Von der Leyen usou seu discurso para promover uma série de políticas que a Comissão pretende adotar para atrair pesquisadores ao continente.

Entre as medidas estão a proposta de uma Lei da Área Europeia de Pesquisa, para reforçar a livre circulação de conhecimento e dados no bloco, um pacote de 500 milhões de euros de apoio a pesquisadores, novas bolsas e incentivos direcionados a cientistas que atuam em tecnologias de fronteira, como a IA. "Queremos que a Europa lidere em tecnologias prioritárias - de IA à computação quântica, do espaço a semicondutores e microeletrônica, da saúde digital à genômica e biotecnologia", afirmou.

No mesmo evento, o presidente francês, Emmanuel Macron, também fez um apelo para que cientistas venham ao país.

O plano europeu surge enquanto universidades nos EUA enfrentam cortes propostos pelo presidente Donald Trump no financiamento federal à pesquisa. Uma proposta orçamentária americana datada de 2 de maio prevê cortes de bilhões de dólares em programas voltados ao ensino superior.

"O papel da ciência no mundo de hoje está sendo questionado. O investimento em pesquisa fundamental, livre e aberta está sendo questionado. Que gigantesco erro de cálculo", disse Von der Leyen em Paris. Fonte: Dow Jones Newswires.

Dez pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas após dois barcos com turistas naufragarem na China, informou a imprensa estatal nesta segunda-feira, 5. O acidente aconteceu na tarde de domingo, 4, depois que uma tempestade súbita de chuva e granizo atingiu as partes altas do rio Wu, um afluente do Yangtzé, o maior curso d'água da China, e afetou as condições de navegação cobrindo a superfície do rio com uma névoa densa.

Ao todo, 84 pessoas caíram na água; quatro ficaram ilesas e os feridos foram hospitalizados. Os barcos tinham capacidade máxima de cerca de 40 pessoas cada e não estavam superlotados, segundo o relato de testemunhas.

O incidente foi na cidade de Qianxi, no sudoeste da província de Guizhou. As montanhas e os rios dessa região são grandes atrações turísticas, e foram o destino de muitos chineses durante o feriado nacional de cinco dias, que termina nesta segunda.

Além dos dois barcos turísticos, outras duas embarcações foram afetadas; eles não transportavam passageiros, e os sete tripulantes conseguiram se salvar.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "esforços totais" nas operações de busca e resgate dos feridos, segundo a agência estatal Xinhua.

Xi também destacou a importância de "reforçar as medidas de segurança em locais turísticos" e outros lugares com grandes aglomerações de pessoas. (Com agências internacionais).

Ministros do governo de Israel aprovaram planos para intensificar as operações militares na Faixa de Gaza, disse uma autoridade israelense nesta segunda-feira, 5, sob condição de anonimato.

De acordo com a fonte, os planos envolvem a reivindicação de mais áreas no enclave palestino, onde metade do território já está sob controle israelense.

A aprovação ocorreu um dia depois de o país anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva para as operações em Gaza, que teriam como objetivo aumentar a pressão sobre o Hamas pela negociação de um cessar-fogo. Fonte: Associated Press.