Precisa e Bharat reforçam que negociação foi mais favorável que em outros países

Política
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Sob suspeita de irregularidades no fornecimento de vacinas ao governo brasileiro, as farmacêuticas Bharat Biotech, na Índia, e Precisa Medicamentos, no Brasil, informaram que as condições para fornecimento de vacinas Covaxin contra a covid-19 ao País foram mais favoráveis que a outras nações. Em nota, a Bharat Biotech afirmou que o preço das doses para exportação varia entre US$ 15 a US$ 20, faixa na qual o Brasil estaria no extremo inferior, a US$ 15 cada dose.

O comunicado também destaca que até o dia 29 de junho a Bharat Biotech não havia recebido nenhum pagamento adiantado do governo brasileiro, apesar de a condição ter sido imposta em outros contratos internacionais. Segundo a empresa, ela recebeu pagamentos adiantados "de vários outros países". Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o valor acordado pelo governo brasileiro pelas vacinas foi 10 vezes maior que o anunciado pela farmacêutica seis meses antes.

A farmacêutica indiana também destaca que a Precisa medicamentos, empresa responsável por intermediar o processo de compra, "é parceira da Bharat Biotech no Brasil". Segundo a Bharat, modelo semelhante de parcerias é adotado nos outros países onde não há escritórios próprios ou representações da farmacêutica. O Estadão/Broadcast mostrou que a Precisa Medicamentos esperava receber pelo menos R$ 800 milhões dessa parceria com a venda do imunizante indiano a clínicas privadas.

Nesta terça, 29, o Ministério da Saúde anunciou que suspenderia temporariamente o contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. Um dia antes, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu de senadores notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação.

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Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.