Caso Covaxin: Deputado que acusa Bolsonaro é cercado por polêmicas

Política
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O deputado que promete complicar a vida do presidente Jair Bolsonaro ao depor nesta sexta-feira, 25, à CPI da Covid é conhecido por não ter papas na língua e envolver-se em polêmicas com frequência. Antes aliado do governo, Luís Miranda (DEM-DF) procurou senadores, no início da semana, se oferecendo para dar seu testemunho, ao lado do irmão Luís Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, sobre o que chamou de "esquema de corrupção pesado" na compra da vacina indiana Covaxin.

Aos 41 anos, Miranda, o deputado, sempre foi apoiador de primeira hora de Bolsonaro e diz ter cobrado dele uma solução para o caso, que, nas suas palavras, envolvia antecipação de pagamento da vacina para uma empresa que não era a contratada, doses a menos e com prazo de validade curto, além de superfaturamento.

"Houve muita pressão no Ministério da Saúde para que fosse emitida a licença de importação da Covaxin", disse Miranda. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, nesta quinta-feira, 24, Bolsonaro admitiu ter conversado com Miranda em março, no Palácio da Alvorada. "Ele não falou nada de corrupção em andamento. Passados quatro, cinco meses depois que ele conversou comigo - conversou sim, não vou negar isso aí -, não aconteceu nada", afirmou o presidente. "Que corrupção é essa, se não recebemos nenhuma dose? Quem buscou armar isso daí vai se dar mal."

Miranda tem rebatido declarações assim com o argumento de que a Covaxin só não chegou porque ele e o irmão impediram, denunciando as "irregularidades" no negócio. Luís Ricardo, o irmão, é servidor concursado do Ministério da Saúde, desde 2011, e, há cinco anos, chefia a área de importação do Departamento de Logística da pasta.

"Precisamos ter muita cautela neste momento. Uma denúncia dessas (contra o presidente) precisa ter alguns indícios que mostrem que ele está falando a verdade", observou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). "Vamos perguntar por que foi feito (o contrato), como foi feito, se ele sabia que o prazo de validade da vacina ia vencer (em maio) e quem é que pediu para agilizar."

Ao contrário de outras vacinas, adquiridas diretamente pelo governo com os fabricantes, a Covaxin teve a compra intermediada pela Precisa Medicamentos. Alvo do Ministério Público Federal sob acusação de fraude na venda de testes para covid-19, a empresa está na mira da CPI, que quebrou os sigilos de um de seus sócios, Francisco Emerson Maximiano.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, adiantou que a comissão tentará esclarecer o papel do coronel Élcio Franco no negócio. Em março, época em que o contrato para a compra da Covaxin já havia sido assinado, Élcio era secretário-executivo do Ministério da Saúde e o principal responsável pela aquisição de vacinas.

"Na conversa com a gente, ele (Miranda) disse que o Pazuello (Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde) caiu porque não teve como resistir a esse esquema. Por isso, foi substituído", afirmou Renan.

A Jato

Esta não é a primeira vez que Miranda vira peça-chave de acontecimentos controversos ou, no mínimo, que chamam a atenção. Ele morava em Miami, nos Estados Unidos, quando resolveu se candidatar à eleição de 2018. Com 25 dias de campanha, ficou em sexto lugar entre os oito eleitos pelo Distrito Federal e conseguiu, pela primeira vez, uma cadeira na Câmara.

O sucesso na disputa foi impulsionado pela carreira de youtuber, plataforma onde acumula 650 mil seguidores. Desde 2014, quando se mudou para Miami, Miranda fazia comparações entre a vida nos EUA e no Brasil. O deputado tem um histórico de acusações de golpes financeiros, mas diz ser vítima de "armação" daqueles que querem ressuscitar casos já resolvidos para prejudicá-lo. Na live desta quinta-feira, Bolsonaro afirmou que Miranda é dono de um "prontuário bastante extenso".

Em novembro de 2019, a Justiça do Distrito Federal transformou Miranda em réu por estelionato. De acordo com a acusação, ele apresentou um cheque falso para pagar um aluguel. O episódio ocorreu, em 2010, em Taguatinga, na região administrativa de Brasília. Em dezembro de 2020, a Justiça decidiu arquivar o processo após o proprietário do imóvel, que se dizia vítima, desistir da acusação.

"Vi até alguns comentários pegando print daquilo que eu já venci, daquilo que eu ganhei, já transitado em julgado. Provei que aquilo foi uma armação contra mim", afirmou Miranda em vídeo divulgado nas redes sociais nesta quarta-feira, 23.

O deputado também foi acusado de aplicar golpes milionários no Brasil e nos EUA. De acordo com uma reportagem do Fantástico, programa da TV Globo, 25 pessoas teriam sido enganadas por Miranda. Segundo depoimentos das pessoas que se diziam vítimas, Miranda oferecia investimentos com promessas de lucros muito acima do normal. Todos reclamam de prejuízos.

"Quebraram minhas empresas, aí o boato virou fato. Aí, sim, um monte de pessoas que tinham negócio comigo ficou com medo", afirmou Miranda. Por determinação da Justiça do Distrito Federal, o parlamentar chegou a ficar com o passaporte retido por três meses, em 2019. A decisão ocorreu quando a Fitcorpus, clínica de estética da qual ele era sócio, foi processada por uma cliente, em 2010, após ela sofrer queimaduras em uma depilação a lazer. A clínica funcionava sem o registro do Conselho Regional de Medicina do DF.

Outra irregularidade foi registrada na campanha de 2018, quando Miranda prometeu sortear dois celulares para quem mais interagisse durante transmissão ao vivo no Facebook. O sorteio foi realizado durante a campanha. O fato levou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a acusá-lo de compra de votos e abuso de poder econômico. Mais tarde, o próprio TRE decidiu absolver o deputado por considerar que não houve provas robustas de compras de votos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou o mesmo critério. "Eu sei o que eu passei, inclusive com a imprensa reverberando fake news com possíveis crimes, golpes, um monte de palhaçada", resumiu o político.

Nas fileiras do DEM, Miranda foi um dos que incentivaram o partido a trair o então presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) nas eleições para o comando da Casa, em fevereiro deste ano. Fez isso depois que o deputado decidiu lançar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), rifando o correligionário Elmar Nascimento (DEM-BA).

Ele tentou trocar uma máquina de depilar por um Porsche

Antes, em julho de 2019, o juiz Julio Roberto dos Reis, da 25ª Vara Cível de Brasília, determinou a restrição de venda e circulação, além de busca e apreensão, de um Porsche Cayenne vendido a Miranda. A decisão foi tomada no âmbito de uma ação de cobrança apresentada contra o parlamentar pela vendedora do carro. À época, ela alegou que o deputado não havia pago o veículo. O magistrado viu indícios de que a mulher tinha sido vítima de 'inadimplemento ou mesmo fraude'.

Em fevereiro deste ano, porém, a Justiça desistiu de aplicar multa ao deputado e apreender o carro. De acordo com o juiz, a mulher não poderia ter entrado com a ação porque não foi ela que vendeu o automóvel, mas, sim, o marido, a quem caberia mover o processo. Mesmo assim, a condenação do deputado por má fé foi mantida, poiso magistrado considerou que Miranda não demonstrou ter efetuado o pagamento do Porsche Cayenne.

"A improcedência do pedido da autora não atenua ou afasta a conduta desleal do demandado durante o curso processual, máxime em razão da ausência de comprovação de que efetuou o pagamento a quem detinha a real posse/propriedade do veículo, pagando por sua conta e risco a terceiros que não detinham documentos idôneos sobre o veículo em foco", escreveu o juiz na sentença.

Na petição inicial, a mulher contou ter vendido o veículo ao parlamentar, por meio de procuração pública em nome do comprador. Miranda teria se comprometido a pagar em três dias o preço combinado pelo carro, de R$ 130 mil, mas não fez o depósito. A autora argumentou que tentou, por diversas vezes, resolver a situação com ele, sem obter sucesso.

Em 23 de outubro de 2019, o juíz intimou o deputado, por meio de sua advogada, para que fosse informada a localização do Porsche. O despacho deu 24 horas para que Miranda apresentasse a informação, sob pena de multa diária de R$ 200.

Ele apresentou, então, um requerimento alegando "necessidade de ciência pessoal" da liminar. Afirmou, ainda, que tinha vendido o carro, não podendo entregá-lo. Nessa linha, solicitou a troca do bem por um equipamento de depilação.

Apesar da condenação por má fé, Miranda afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, não responder a nada na Justiça. "Eu, que não respondo a nenhum processo criminal, não tenho nenhuma condenação, graças a Deus. E porque acredito no combate à corrupção - combate esse que, neste momento, estamos fazendo de novo -, iremos até o fim", insistiu.

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou nesta segunda-feira, 5, a redução de 20% no número oficiais de quatro estrelas - o mais alto escalão das Forças Armadas. O corte, anunciado em memorando, dá continuidade a uma série de demissões que marcaram seus primeiros meses como chefe do Pentágono.

De acordo com o documento, Hegseth também mandou reduzir em 20% o número de generais da Guarda Nacional e em 10% o de generais e oficiais de alta patente de outras forças.

Hegseth afirma que os cortes tem como objetivo "otimizar e racionalizar a liderança por meio da redução do excesso de cargos de generais e oficiais de alta patente". E explica que será realizado em duas fases: primeiro, os oficiais de quatro estrelas e os generais da Guarda Nacional. Depois, os 10% das outras forças.

"Com essas medidas, manteremos nossa posição como a força de combate mais letal do mundo, alcançando a paz por meio da força e garantindo maior eficiência, inovação e prontidão para enfrentar qualquer desafio que esteja por vir", afirmou o chefe do Pentágono.

Atualmente, há cerca de 800 oficiais-generais nas Forças Armadas. No nível mais alto, de quatro estrelas, existem 44.

Desde o início do governo, Pete Hegseth fez uma série de demissões no alto escalão da Defesa - muitos eram mulheres e negros. A lista inclui o general Charles Brown, chefe do Estado-Maior Conjunto; a almirante Lisa Franchetti, primeira mulher a comandar a Marinha; e a vice-almirante Shoshana Chatfield, representante das Forças Armadas dos EUA no comitê militar da Otan.

Ele fez do combate ao que chama de uma agenda woke no Pentágono uma das marcas de sua gestão. Na semana passada, disse ter "orgulhosamente" cancelado um programa que incentivava mais mulheres a atuarem na área de segurança nacional.

Os democratas, por outro lado, tem expressado preocupação com a possível politização das forças armadas.

O secretário da Defesa também enfrenta críticas e pedidos de demissão após ter divulgado planos militares para o ataque ao Iêmen em grupos no aplicativo de mensagens Signal. O primeiro incluiu por engano o editor da revista The Atlantic. O segundo tinha a mulher, o irmão e o advogado pessoal de Hegseth.

O presidente Donald Trump, no entanto, tem reafirmado o seu apoio a Pete Hegseth e nega demitir o chefe do Pentágono. (Com agências internacionais).

Em mais um esforço de sua agenda de deportação em massa, o governo de Donald Trump vai oferecer um auxílio em dinheiro e pagar a viagem de volta para os imigrantes ilegais que deixarem os EUA voluntariamente.

A política, que oferece US$ 1 mil (R$ 5,6 mil) e uma passagem aérea de volta, faz parte da iniciativa do governo para persuadir imigrantes a se deportarem para ajudar o presidente a cumprir suas ambiciosas promessas de imigração.

Autoridades disseram que um imigrante de Honduras já aceitou a oferta e voou de Chicago para seu país de origem. Nas últimas semanas, o governo tem aconselhado cada vez mais imigrantes a deixarem o país antes de serem alvos das autoridades. Também adotou políticas para tornar a vida desconfortável para aqueles sem status legal, como impedir o acesso a serviços financeiros.

O dinheiro oferecido aos imigrantes que partem por conta própria será pago após a confirmação da viagem de volta por meio de um aplicativo lançado pelo governo, chamado CBP Home. Autoridades afirmam que o programa economizará recursos, evitando os gastos de prender, deter e transportar pessoas para fora do país em aviões fretados.

Promessa

"Se você está aqui ilegalmente, a deportação voluntária é a melhor, mais segura e mais econômica maneira de deixar os EUA e evitar ser preso", disse Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, em comunicado.

O governo Trump anunciou na semana passada que havia deportado cerca de 140 mil imigrantes desde janeiro. Os números, até o momento, estão muito longe da promessa central de campanha : remover milhões de pessoas que estão ilegalmente nos EUA.

As deportações podem ser custosas e demoradas, visto que as autoridades americanas frequentemente precisam deter migrantes por um longo período, coordenar documentos de viagem e preparar voos fretados para diversos países.

Os retornos voluntários também não exigem negociações extensas entre governos para que um país aceite de volta seus cidadãos, o que pode ser um grande benefício. Há vários países que não aceitam de volta seus próprios cidadãos.

Mais barato

O custo médio para prender, deter e remover um imigrante é de US$ 17.121 (cerca de R$ 96,7 mil), segundo o Departamento de Segurança Interna dos EUA. A agência afirma que a "autodeportação" reduziria os encargos de uma deportação em cerca de 70%.

O governo retrata a deportação voluntária como uma forma de os migrantes preservarem sua capacidade de retornar aos EUA algum dia. No entanto, Aaron Reichlen-Melnick, membro do Conselho Americano de Imigração, que defende os imigrantes, disse que há muitos aspectos com os quais os estrangeiros devem ser cautelosos. Ele explicou que deixar o país sem defender o caso na Justiça significa desistir de pedidos de auxílio e até o de asilo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O gabinete de segurança de Israel aprovou nesta segunda-feira, 5, um plano para expandir as operações militares em Gaza, incluindo a conquista do território palestino e o deslocamento da população do norte para o sul dele. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que "chegou a hora de lançar as ações finais" contra o Hamas.

No domingo, 4, as forças armadas de Israel já haviam convocado dezenas de milhares de reservistas para ampliar a ofensiva. "A operação será intensificada para derrotar o Hamas e nos ajudar a resgatar os reféns. Não vamos desistir desse esforço, e não vamos abandonar ninguém", afirmou Netanyahu.

O plano de reocupação de Gaza foi aprovado por unanimidade no gabinete de segurança, uma estrutura que inclui Netanyahu e vários ministros. Uma fonte do governo israelense ouvida pela France-Presse confirmou que o plano inclui a ocupação do território palestino.

O plano prevê a ocupação contínua da Faixa de Gaza - até então os soldados de Israel realizavam operações militares e retornavam. Netanyahu não deu prazo para desocupar o território, o que deixa a porta aberta para uma ocupação permanente, um desejo da extrema direita israelense que sustenta a coalizão do primeiro-ministro.

Retomada

Israel vem intensificando os bombardeios aéreos e ampliando as operações terrestres na Faixa de Gaza desde que retomou a ofensiva, em 18 de março, após uma trégua que levou à troca de reféns israelenses por presos palestinos.

O governo aponta a campanha militar como o caminho para forçar o Hamas a libertar os reféns remanescentes, embora quase todos os resgatados com vida já tenham sido recuperados por meio de acordos políticos que provocaram divisão no gabinete.

Em comunicado, o Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, organização que defende o retorno dos israelenses presos no cativeiro, afirmou que o anúncio do plano significa o "sacrifício" dos reféns". "O governo reconheceu que escolhe o território em vez dos reféns, ao contrário do desejado por mais de 70% da população", diz o texto.

Comemoração

A extrema direita israelense comemorou a decisão. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, líder do partido Sionismo Religioso, afirmou que os israelenses deveriam aceitar a palavra "ocupação" de Gaza como algo positivo. "Finalmente vamos ocupar a Faixa de Gaza. Deixaremos de ter medo da palavra 'ocupação'", disse Smotrich ao Canal 12.

David Mencer, porta-voz do governo, descreveu o plano como um esforço para aumentar a pressão sobre o Hamas, libertar os reféns e destruir toda a infraestrutura do grupo. Ele afirmou que a campanha exige a manutenção do território por tempo indeterminado. A intenção, de acordo com ele, não é uma ocupação permanente, um cenário que provocaria protestos internacionais, nem a realocação forçada de palestinos para fora do território, o que poderia ser enquadrado como limpeza étnica.

Autoridades israelenses disseram que a ofensiva começaria lentamente, esperando algum resultado da viagem do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Oriente Médio, na semana que vem. Mas, se um acordo não for alcançado, segundo membros do governo de Israel, a operação será intensificada.

Migração

Netanyahu continua apoiando a ideia de retirar a população palestina de Gaza, segundo fontes do governo de Israel, o mesmo plano anunciado por Trump no começou do ano - de transformar o território em uma "Riviera" no Oriente Médio e enviar os civis para países vizinhos, como Egito e Jordânia. Acusado de planejar uma limpeza étnica, o governo tem adotado o termo "migração voluntária".

O gabinete de segurança também determinou que haja distribuição de ajuda humanitária em Gaza, onde os relatos sobre fome generalizada ganham força desde o início do bloqueio israelense, em 2 de março. Apesar da previsão, o governo de Israel afirma que "há comida suficiente" no território, contrariando informações de organizações humanitárias e agências da ONU.

A retenção de ajuda humanitária também poderia ser enquadrada como punição coletiva, o que seria um crime de guerra previsto nas convenções de Genebra. Em caso de ocupação formal do território, o governo israelense poderia ser responsabilizado mais facilmente, por isso a relutância em adotar o termo "ocupação".

O general Eyal Zamir, chefe do Exército, vem resistindo à pressão para assumir a distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Ontem, Trump disse que Israel e os EUA estão prontos para distribuir comida e remédio no território palestino, mas que o Hamas tem tornado a tarefa impossível.

Alertas

Nenhum carregamento de ajuda humanitária entra em Gaza há mais de 60 dias. Mesmo insumos considerados essenciais, como água, comida, medicamentos e combustível foram vetados, sob argumento de que o Hamas desvia os carregamentos e os usa em benefício próprio.

À medida que o fornecimento de água, alimentos e medicamentos diminui, doenças evitáveis aumentam. Grupos de ajuda humanitária alertam que Gaza está "à beira do colapso total". Nos últimos dias, jornalistas e autoridades de saúde palestinas publicaram fotos e vídeos de crianças doentes e esqueléticas.

A ONU afirma que 91% da população já enfrenta "insegurança alimentar", com a maioria permanecendo em níveis de "emergência" ou "catastróficos". Israel garante que o relatório contém "falhas factuais e metodológicas", algumas delas graves. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.