PSD Se descola de candidatos do centro e mira maiores colégios

Política
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Dez anos após deixar o DEM para fundar o PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab aposta em lançar candidaturas nos três maiores colégios eleitorais do País e fala em um nome próprio na disputa presidencial para manter o partido entre os cinco maiores do Brasil.

Ausente dos movimentos que ensaiaram formar uma frente ampla de centro para tentar quebrar a polarização entre o PT e o presidente Jair Bolsonaro, o dirigente mantém uma distância regulamentar do Palácio do Planalto e o selo de "independente" da agremiação no Congresso enquanto conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre 2022.

O partido teve um crescimento considerável nas eleições municipais do ano passado, saltando de 538 para 634 prefeitos eleitos, mantendo-se como o 3.º do País com mais municípios. Com 35 deputados federais, o PSD tem a quarta maior bancada da Câmara e um ministro (Fábio Faria, das Comunicações), mas tenta se desvencilhar do Centrão, o consórcio de partidos que dá sustentação ao presidente da República. "O PSD não tem problemas de convivência com partidos do centro, mas desde o início não integra esse bloco", disse.

Desde o final do ano passado Kassab passou a se dedicar às articulações do PSD para 2022. A prioridade do partido, afirma, vai ser crescer "com qualidade". "Nossa meta é continuar entre os cinco principais partidos do Brasil depois das eleições", disse. Sua prioridade até agora é avançar em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Tendo como ativo o tempo de TV e um Fundo Eleitoral consistente, Kassab atraiu o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e seu grupo político. Assim como Kassab, o chefe do executivo carioca também mantém uma porta aberta com Lula e dialoga com a frente de esquerda que se forma em torno do deputado Marcelo Freixo (PSB), mas planeja lançar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como candidato a governador da "terceira via" fluminense.

Em Minas, o cenário está consolidado, segundo Kassab, com a candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ao governo. "Se ele não quiser, será o senador Carlos Viana", afirmou. O partido ainda tem o senador e ex-governador Antonio Anastasia.

Em São Paulo, o partido pode receber o ex-governador Geraldo Alckmin, que ficou isolado no PSDB e passou a conversar com outras legendas sobre uma eventual candidatura. Se decidir deixar mesmo o PSDB, Alckmin assumiria o controle do PSD-SP com "porteira fechada" assim como Paes no Rio.

No plano nacional, Kassab afirma que o seu partido terá uma candidatura presidencial. "A gente entende que é fundamental ter uma candidatura própria para o partido ter uma cara", disse. "Defendemos alguém com o perfil da Luiza Trajano ou do Rodrigo Pacheco (presidente do Senado)".

Os números credenciam Kassab a falar em candidatura própria: 650 prefeitos eleitos, 5671 vereadores e mais votos no cômputo geral que o PSDB e DEM.

Quando questionado sobre os nomes da sigla que estão neste momento colocados como presidenciáveis do PSD, Gilberto Kassab apresenta uma lista extensa: o senador Antonio Anastasia (MG), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, o governador do Paraná, Ratinho Jr, o deputado federal Fábio Traud (MS) é o senador Otto Alencar (BA).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).