Ex-mulher de Pazuello pede para ser ouvida na CPI

Política
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Andrea Barbosa, ex-mulher do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, procurou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid para ser ouvida. O pedido foi feito ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente do colegiado, que levou ao conhecimento dos demais senadores. A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão. A CPI, no entanto, está dividida quanto a intenção de chamá-la para prestar depoimento.

Segundo o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, Andrea elenca no e-mail apenas questões pessoais da relação dela com Pazuello, o que, em sua avaliação, não deveria ser abordado pela comissão. "Ela mandou isso 30 dias atrás. Eu li e o Alessandro (Vieira, senador suplente da CPI) leu. Nós não vimos nada que pudesse contribuir para a CPI", afirmou ao Estadão.

Apesar de ser contrário ao depoimento, Aziz reconheceu que outros senadores da comissão podem organizar uma conversa com a ex-mulher de Pazuello para avaliar se há necessidade de um depoimento formal. "Eu não irei conversar com ela. Se ela quiser conversar com a CPI, faz uma reunião com membros do governo, da oposição e todo mundo junto", disse o senador do Amazonas.

Já o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), quer ouvir o que Andrea tem a dizer. "Não sei o que ela vai falar. É um e-mail curto, vamos ouvi-la pessoalmente, ela quer vir aqui (na CPI). Vamos conversar com ela", afirmou ao Estadão.

De acordo com o emedebista, os senadores ainda vão se organizar para marcar uma reunião. "Ela procurou para conversar antes da convocação. É natural fazer isso, as pessoas procuram."

Nas redes sociais, Andrea é crítica ao presidente Jair Bolsonaro. Em uma post de 2018, o trata como "Bozo". Em outra postagem, de março deste ano, ela afirma que a filha do casal, de 13 anos, estava recebendo ameaça de morte por causa da atuação do pai à frente do ministério, mas que Pazuello nada fez.

Procurado pelo Estadão, o ex-ministro não se manifestou.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.