Câmara de SP tem 'guerra ideológica'

Política
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O projeto de lei em discussão na Câmara Municipal de São Paulo que sugeria a abstinência sexual como método contraceptivo entre adolescentes foi a primeira batalha de uma "guerra ideológica" que passou a ser travada no Legislativo paulistano neste ano.

Há, ainda, pelo menos mais três propostas em discussão que prometem travar votações e levar manifestações para a porta da Câmara Municipal, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.

Entre os projetos polêmicos em debate na Casa estão o que permite que pais eduquem seus filhos em casa, o que inclui discussões sobre violência de gênero nas escolas e o que proíbe o uso da palavra "todxs", de forma a excluir os gêneros masculino e feminino nas palavras, na rede estudantil.

Para a presidência da Câmara Municipal, esses projetos controversos têm potencial de travar a pauta de votações e atrapalhar a tramitação de outras propostas - como a nova lei das antenas de celular e discussões urbanísticas. Por isso, nesta semana, houve um dia a mais de votações (ontem) só para tratar das pautas da "guerra ideológica" - como não houve acordo, nenhuma proposta foi votada. Além do programa sobre gravidez, havia um projeto que determinava a criação de aulas sobre a Lei Maria da Penha nas escolas. As votações devem ser retomadas na semana que vem.

Extremos. Desde a eleição passada, que compôs uma Câmara com mais vereadores nos extremos do espectro ideológico e menos nomes de centro, já havia expectativa de que "pautas de costumes" ganhassem espaço. Mas essas discussões ficaram represadas até a posse do prefeito Ricardo Nunes (MDB), há um mês.

Para a oposição, o prefeito tem identificação com a agenda conservadora, o que está estimulando os vereadores a investir nessa agenda. "O Bruno Covas represava essas coisas", disse a vereadora Juliana Cardoso (PT). Nunes foi procurado, por meio da Prefeitura, mas não comentou.

A ala conservadora não concorda. Rinaldi Digilio (PSL), autor do PL sobre gravidez, disse que seu projeto é "técnico" e não há relação entre essas propostas e a entrada de Nunes na Prefeitura. "A esquerda tem os projetos polêmicos deles. Têm o aborto humanizado, que fala dos diretos das mães. E os diretos das crianças?"

"Nós temos nossas propostas", rebateu a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL). "Temos os projetos da Agenda Marielle (conjunto de pautas antirracistas e feministas em homenagem a Marielle Franco), temos o auxílio-aluguel para vítimas de violência doméstica", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira, 5, ter mantido uma "boa e produtiva" conversa por telefone com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Em publicação na Truth Social, Trump citou discussões sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, a situação na Síria, Gaza e outros temas.

"Acabei de ter uma conversa telefônica muito boa e produtiva com Erdogan sobre muitos assuntos, incluindo a guerra com a Rússia/Ucrânia, tudo sobre a Síria, Gaza e mais", escreveu Trump.

O presidente revelou ainda que Erdogan o convidou para visitar a Turquia em uma data futura e que o líder turco também irá a Washington.

Trump destacou seu relacionamento próximo com Erdogan durante seu primeiro mandato.

O republicano também expressou otimismo em relação a uma possível mediação para encerrar o conflito na Ucrânia. "Estou ansioso para trabalhar com o presidente Erdogan para acabar com a guerra ridícula, mas mortal, entre a Rússia e a Ucrânia - AGORA!", escreveu.

A presidente da Comissão Europeia, braço administrativo da União Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que o bloco protegerá cientistas estrangeiros que se mudarem para a região, em meio ao esforço europeu para alcançar Estados Unidos e China em tecnologias inovadoras como a inteligência artificial. "Acredito que a ciência é a chave para o nosso futuro aqui na Europa. Sem ela, simplesmente não poderemos enfrentar os desafios globais de hoje, da saúde às novas tecnologias, do clima aos oceanos", disse em uma conferência em Paris nesta segunda-feira, 5.

Von der Leyen usou seu discurso para promover uma série de políticas que a Comissão pretende adotar para atrair pesquisadores ao continente.

Entre as medidas estão a proposta de uma Lei da Área Europeia de Pesquisa, para reforçar a livre circulação de conhecimento e dados no bloco, um pacote de 500 milhões de euros de apoio a pesquisadores, novas bolsas e incentivos direcionados a cientistas que atuam em tecnologias de fronteira, como a IA. "Queremos que a Europa lidere em tecnologias prioritárias - de IA à computação quântica, do espaço a semicondutores e microeletrônica, da saúde digital à genômica e biotecnologia", afirmou.

No mesmo evento, o presidente francês, Emmanuel Macron, também fez um apelo para que cientistas venham ao país.

O plano europeu surge enquanto universidades nos EUA enfrentam cortes propostos pelo presidente Donald Trump no financiamento federal à pesquisa. Uma proposta orçamentária americana datada de 2 de maio prevê cortes de bilhões de dólares em programas voltados ao ensino superior.

"O papel da ciência no mundo de hoje está sendo questionado. O investimento em pesquisa fundamental, livre e aberta está sendo questionado. Que gigantesco erro de cálculo", disse Von der Leyen em Paris. Fonte: Dow Jones Newswires.

Dez pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas após dois barcos com turistas naufragarem na China, informou a imprensa estatal nesta segunda-feira, 5. O acidente aconteceu na tarde de domingo, 4, depois que uma tempestade súbita de chuva e granizo atingiu as partes altas do rio Wu, um afluente do Yangtzé, o maior curso d'água da China, e afetou as condições de navegação cobrindo a superfície do rio com uma névoa densa.

Ao todo, 84 pessoas caíram na água; quatro ficaram ilesas e os feridos foram hospitalizados. Os barcos tinham capacidade máxima de cerca de 40 pessoas cada e não estavam superlotados, segundo o relato de testemunhas.

O incidente foi na cidade de Qianxi, no sudoeste da província de Guizhou. As montanhas e os rios dessa região são grandes atrações turísticas, e foram o destino de muitos chineses durante o feriado nacional de cinco dias, que termina nesta segunda.

Além dos dois barcos turísticos, outras duas embarcações foram afetadas; eles não transportavam passageiros, e os sete tripulantes conseguiram se salvar.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "esforços totais" nas operações de busca e resgate dos feridos, segundo a agência estatal Xinhua.

Xi também destacou a importância de "reforçar as medidas de segurança em locais turísticos" e outros lugares com grandes aglomerações de pessoas. (Com agências internacionais).