Queiroga: Mayra Pinheiro não trata no ministério de temas como tratamento precoce

Política
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, em depoimento na CPI da Covid, que a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação no Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, não trata de temas relacionados ao tratamento da covid-19 em sua gestão na pasta. Ele respondeu ainda aos senadores que não considerou exonerar Mayra e que, se entender que ela não está fazendo um trabalho adequado na secretaria, pode desligá-la "sem problemas".

Mayra é conhecida como "capitã cloroquina" por defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para tratar pacientes com covid-19. Na gestão de Eduardo Pazuello, a secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação foi responsável pela elaboração do aplicativo TrateCov. A plataforma recomendava o uso de antibióticos, cloroquina, ivermectina e outros fármacos para náusea e diarreia ou para sintomas de uma ressaca, como fadiga e dor de cabeça, inclusive para bebês. Queiroga voltou a dizer que não há "evidência comprovada" sobre a eficácia desses medicamentos para pacientes com covid-19.

'Medo de demissão'

O vice-líder do PCdoB, deputado federal Orlando Silva (SP), avaliou que o ministro Marcelo Queiroga "praticamente admite", em depoimento à CPI nesta terça, de que não se contrapõe ao presidente Jair Bolsonaro "por medo de ser demitido". Para o deputado, Queiroga "não consegue sustentar aquilo que, obviamente, não concorda".

Antes de iniciar seu depoimento à comissão, Queiroga reforçou que tem a confiança do presidente para a condução do combate contra a pandemia da covid-19 no Brasil. Segundo ele, como o País vive sob o modelo presidencialista, "o presidente é o chefe da Nação. Eu mesmo posso ser demitido pelo presidente a qualquer momento. Essa é a regra do jogo [do presidencialismo]", declarou o ministro.

Em publicação no Twitter, Silva afirmou que "é constrangedora a fala de Queiroga sobre a Copa América", a ser realizada no Brasil. "Ele não consegue sustentar aquilo que, obviamente, não concorda. Tanto que está visivelmente irritadiço", relatou o deputado. Mais cedo, Queiroga afirmou que não é função do ministro da Saúde dar aval à realização de eventos esportivos no País.

Silva também aponta que Queiroga "está mentindo descaradamente" sobre a negativa de nomeação da médica Luana Araújo como escolha sua para proteger o presidente Jair Bolsonaro. "Queiroga resolveu 'matar o peito' a demissão da Dr. Luana e cai em flagrante contradição. Ele já havia dito que 'vivemos em regime presidencialista', deixando claro que houve VETO de Bolsonaro."

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que irá declarar dois feriados nacionais em comemoração às vitórias da Primeira e Segunda Guerra Mundial, nas datas de 11 de novembro e 8 de maio, respectivamente. Contudo, o republicano acrescentou que os mercados devem funcionar normalmente esses dias "porque já temos feriados demais nos Estados Unidos".

"Vencemos duas guerras mundiais, mas nunca levamos o crédito por isso - todo mundo leva! Em todo o mundo, os Aliados estão comemorando a vitória que obtivemos na Segunda Guerra Mundial. O único país que não está comemorando são os Estados Unidos da América, e a vitória só foi alcançada graças a nós", escreveu ele na Truth Social.

Ruanda confirmou nesta segunda-feira, 5, que tinha discussões "em andamento" com os Estados Unidos em relação a um possível acordo para receber imigrantes deportados.

No domingo, 4, o ministro das Relações Exteriores de Ruanda, Olivier Nduhungirehe, disse à mídia estatal que as conversas estavam no "estágio inicial". Quando perguntado pela The Associated Press hoje, ele confirmou as negociações.

Nduhungirehe não revelou os detalhes do possível acordo, mas relatos anteriores da mídia local sugerem que os EUA provavelmente financiariam um programa para que os migrantes se integrassem à sociedade por meio de iniciativas de assistência ao trabalho.

O Departamento de Estado dos EUA não quis comentar sobre o assunto, mas declarou que o envolvimento com governos estrangeiros é uma parte importante da política de Washington para impedir a migração ilegal.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, defendeu nesta segunda-feira, 5, seu bom relacionamento com o presidente americano, Donald Trump, e descartou um debate na mídia sobre suas declarações recorrentes.

Como tem sido sua estratégia desde que o republicano chegou ao poder em janeiro, Sheinbaum reagiu com moderação aos comentários provocativos de Trump no domingo, 4, quando ele disse que ela "teme os poderosos cartéis mexicanos".

"Eu não gostaria que a comunicação entre o presidente Trump e a minha pessoa, entre os Estados Unidos e o México, fosse feita através da mídia", enfatizou Sheinbaum em sua conferência matinal.

Ela destacou a comunicação "boa" e "fluida" que mantém com o presidente dos EUA, o que lhe permitiu chegar a uma série de acordos e evitar as tarifas que Washington impôs a vários países.

A líder mexicana também negou que ele tenha feito qualquer ameaça quando, em uma conversa telefônica anterior, ofereceu enviar tropas ao México para apoiar na luta contra organizações criminosas e reiterou que "podemos colaborar em muitas outras coisas dentro da estrutura de nossa soberania e territorialidade".

No domingo, Trump confirmou que havia proposto o envio de tropas americanas a Sheinbaum e criticou-a por ter rejeitado sua oferta.