Aziz: todos os representantes da Saúde que passaram pela CPI omitiram informações

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), reforçou, durante entrevista a rádio CBN, que não chancelaria o pedido de prisão do ex-secretário da Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, durante os trabalhos da comissão. Na defesa de sua posição, Aziz afirmou que até agora todos os representantes da Saúde que passaram pela CPI omitiram informações e se colocaram muito mais como "vítimas" da política do governo federal do que de suas próprias ações.

Para Aziz, se o colegiado tomasse esse viés mais "autoritário", como classificou, dando voz de prisão a todas as contradições e omissões apresentadas ao grupo, isso poderia colocar em risco a credibilidade do da CPI, reafirmando que essas contradições e omissões, quando necessário, serão enviadas ao Ministério Público Federal (MPF). "Muitas pessoas acham que a gente pode resolver esse problema se enforcar três ou quatro pessoas em praça pública ou apedrejar, não, nós não vamos resolver isso assim, nós vamos resolver buscando a verdade", afirmou.

O presidente do colegiado também voltou a ratificar sua insatisfação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder um habeas corpus ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para que ele tenha o direito de ficar em silêncio na CPI. Para Aziz, o general é uma "peça chave" para a conclusão das investigações do grupo, sendo o ministro que passou mais tempo à frente da pasta da Saúde durante a pandemia. "Uma série de coisas que foi na atuação dele, infelizmente a gente não vai ter como saber", avaliou.

Aziz também comentou sobre os depoimentos do ex-ministro das relações exteriores Ernesto Araújo, que acontece nesta terça-feira (18), e da secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, doutora Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina", agendada para quinta-feira (20).

Sobre Araújo, Aziz adiantou que ele será questionado sobre quais foram os esforços do ministério na aquisição de vacinas e os esforços realizados nas negociações com a China para liberação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) necessário para produção dos imunizantes contra covid-19.

Sobre a doutora Mayra, Aziz foi mais enfático. Segundo ele, a médica, que defendeu abertamente o uso de fármacos sem a eficácia comprovada para o tratamento da covid, defendia isso dentro do Ministério da Saúde. "Não foi à toa que numa sala do Palácio do Planalto tinha lá um decreto colocando na bula da cloroquina que o medicamento teria que ser usada para o covid, então não foi de graça isso, não caiu do céu, alguém redigiu aquilo, e eu tenho certeza absoluta que foi redigida por um especialista, não foi redigida por um general", declarou o senador.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).