Paes e Castro lamentam a morte de Jorge Picciani

Política
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O governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), e o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), lamentaram a morte do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Jorge Picciani. "Sempre tive com ele uma ótima relação", disse o prefeito, que foi correligionário de Picciani no MDB até 2018. "Especialmente, (quero) abraçar a família dele, os filhos dele, a mulher dele. É uma pena que a gente tenha a morte de uma pessoa ainda muito jovem. Teve um processo muito difícil."

O atual presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), ofereceu o Salão Getúlio Vargas para a realização do velório de Picciani, que deve acontecer na noite desta sexta. Será decretado luto de três dias. "A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro lamenta profundamente a morte do ex-deputado e ex-presidente da Casa", disse, em nota.

Jorge Picciani morreu nesta sexta-feira aos 66 anos. Ele estava internado no hospital Vila Nova Star, da Rede D'Or, em São Paulo, onde fazia tratamento de um câncer. O cacique emedebista anunciou ter a doença em 2017, mesmo ano em que foi preso e começou a perder capital político.

Picciani foi um dos principais líderes do MDB no Rio e tinha como reduto bairros da zona norte que fazem fronteira com a Baixada Fluminense. Somando os dois períodos em que comandou a Alerj, passou cerca dez anos como presidente da Casa.

Problemas com a Justiça

Em novembro de 2017, Picciani e outros caciques da Alerj, como o ex-presidente Paulo Melo (MDB), foram presos no âmbito da operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato no Rio. A investigação mirava o pagamento de propina a deputados no esquema que ficou conhecido como "caixinha da Fetranspor", referindo-se à federação que une as empresas de transporte no Estado.

Os problemas com a Justiça estão relacionados com o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), hoje preso e condenado a mais de 300 anos de detenção, que tinha Picciani como um homem forte na Alerj. Outra operação, a Furna da Onça, atingiu o deputado em novembro de 2018. Ela era uma espécie de continuação da Cadeia Velha e também mirava o pagamento de propina a deputados em troca da aprovação de projetos de interesse do governo emedebista.

Em 2019, Picciani foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa a 21 anos de prisão em regime fechado. Também foi condenado ao pagamento de multa de R$ 11 milhões. Atualmente, cumpria prisão domiciliar.

Antes de ser preso, o cacique do MDB desfrutava de enorme importância no jogo político local, sendo um cabo eleitoral importante até para candidatos a presidente. Em 2014, por exemplo, foi o coordenador de Aécio Neves (PSDB) no Rio, mesmo com o MDB compondo a chapa de Dilma Rousseff (PT). O movimento pró-tucano ficou conhecido como "Aezão".

Picciani foi eleito deputado estadual pelo Rio pela primeira vez em 1990 e, desde então, voltou mais cinco vezes. A exceção foi 2010, quando tentou uma vaga no Senado - e não conseguiu. Foi presidente da Alerj de 2003 a 2010 e de 2015 a 2017.

Antes de entrar no MDB, o jovem pecuarista era do PDT do ex-governador Leonel Brizola, ao qual estava filiado na primeira vitória eleitoral. Chegou a presidir a Secretaria de Esportes e a Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj).

Filhos

O ex-deputado deixa cinco filhos. Dois deles estão na política. Ex-ministro e deputado federal, Leonardo Picciani comanda hoje o MDB do Rio, enfraquecido após os escândalos de corrupção. Rafael, por sua vez, foi deputado estadual. Já Felipe presidia uma empresa do ramo agropecuário que pertencia à família e também foi preso pela Cadeia Velha. Segundo a investigação, a compra de gado era uma forma de lavagem de dinheiro.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.