Ramos diz que se vacinou 'escondido' por 'orientação'

Política
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O ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, afirmou na terça-feira, 27, que tomou "escondido" a vacina contra a covid-19, por "orientação", para "não criar caso". Sem saber que era gravado, Ramos disse, em reunião do Conselho de Saúde Suplementar, que também tenta convencer o presidente Jair Bolsonaro a receber a vacina.

"Tomei escondido, né, porque era a orientação, mas vazou (...) Estou envolvido pessoalmente, tentando convencer o nosso presidente (a tomar a vacina), independentemente de todos os posicionamentos. Nós não podemos perder o presidente para um vírus desse", observou o titular da Casa Civil, que tem 64 anos. "A vida dele, no momento, corre risco", admitiu Ramos. Na reunião, Paulo Guedes, titular da Economia, disse que "o chinês" criou o vírus da covid-19.

Ramos disse não ter "vergonha" de ser imunizado. "Vou ser sincero. Eu, como qualquer ser humano, quero viver. Tenho dois netos maravilhosos, uma mulher linda. Tenho sonhos ainda. Quero viver, porra! Se a ciência, a medicina, está dizendo que é vacina, quem sou eu para me contrapor?" Na reunião, o ministro afirmou que a pandemia é "uma praga", que está "ceifando vidas". Disse que a doença não tem "partido".

Aos 66 anos, Bolsonaro poderia ter sido vacinado desde o dia 3 no Distrito Federal. Afirmou, porém, que já está imunizado e só o fará "depois que o último brasileiro" tiver sido vacinado.

No Twitter, Ramos disse que inventam "crise onde não existe". "Como tomei vacina escondido se saiu na imprensa?", perguntou, embora a frase sobre a "orientação" esteja gravada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".