Eduardo Braga: Câmara e Senado terão entre 10 a 14 dias para votar MP do setor elétrico

Política
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O senador Eduardo Braga (MDB-AM) informou hoje que pretende apresentar antecipadamente o relatório da medida provisória 1.304, com a reforma do setor elétrico, para que os plenários da Câmara e do Senado tenham entre 10 e 14 dias para apreciar a medida. O texto, relatado pelo senador, perde a validade em 7 de novembro. Ou seja, há apenas um mês para o todo o trâmite.

Em conversa com jornalistas no Planalto, Braga disse que terá reunião amanhã com o deputado Fernando Coelho Filho (União-PE), presidente da comissão mista da MP, e com os presidentes das casas, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Pela previsão divulgada, na próxima semana, haverá audiências públicas e, na semana seguinte, o relatório poderá ser apresentado na comissão. Ele evitou comentar sobre o que entra no texto ou possíveis trechos retirados, além de reforçar que as audiências públicas serão relevantes para o bom encaminhamento da pauta.

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O chefe da delegação negociadora do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou nesta quinta-feira, 9, que o grupo recebeu "garantias dos irmãos mediadores e do governo americano, todos confirmando que a guerra terminou completamente". Em discurso, ele anunciou a conclusão de um acordo para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, que inclui "o início da implementação de um cessar-fogo permanente, a retirada das forças de ocupação Israel, a entrada de ajuda humanitária e a reabertura da passagem de Rafah nos dois sentidos".

Segundo al-Hayya, o acordo também prevê a troca de prisioneiros, "com a libertação de 250 condenados à prisão perpétua e de 1.700 detidos da Faixa de Gaza que foram presos após 7 de outubro", além da libertação de todas as crianças e mulheres.

O dirigente acrescentou que o Hamas seguirá trabalhando com as forças nacionais e islâmicas para "completar as etapas restantes, garantir os interesses do nosso povo palestino, permitir que ele decida seu próprio destino e conquistar seus direitos até o estabelecimento de seu Estado independente, com Jerusalém como capital".

O presidente dos EUA, Donald Trump, destacou que os EUA acabaram com a guerra em Gaza e mencionou que o acordo inicial alcançado entre Israel e Hamas "criou paz ampla" no Oriente Médio, em comentário durante reunião de Gabinete, nesta quinta-feira. Segundo ele, Gaza será reconstruída em breve, com financiamento de países árabes.

"Vamos assinar oficialmente acordo de paz no Egito, estamos trabalhando o timing exato. Os Reféns serão libertados pelo Hamas na próxima semana, mas prefiro não detalhar o processo", acrescentou.

Ainda em relação ao Oriente Médio, o republicano disse que quer ver o Irã reconstruir o país e afirmou que a administração americana irá negociar sanções com Teerã. "O Irã não pode ter armas nucleares. Os iranianos querem negociar agora e falaram que são totalmente a favor do acordo de Gaza", pontuou.

Trump destacou que tentará fazer uma viagem para o Oriente Médio "em breve".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu nesta quinta-feira, 9, que o presidente norte-americano, Donald Trump, seja homenageado com o Prêmio Nobel da Paz após o anúncio do acordo de cessar-fogo entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas, que ocorreu no dia seguinte ao aniversário de dois anos da guerra na Faixa de Gaza.

Em uma publicação no perfil no X, Netanyahu escreveu: "Dê a Donald Trump o Prêmio Nobel da Paz - ele merece!"

O vencedor de 2025 deve ser anunciado na sexta-feira, 10.

Nos últimos meses, a campanha pelo Nobel de Trump ganhou força com o apoio de aliados internacionais, como o premiê israelense, e líderes da Armênia, Azerbaijão, Gabão, Ruanda, Paquistão e Camboja. Membros do governo, como o secretário do Tesouro Scott Bessent e a porta-voz Karoline Leavitt também endossaram.

O acordo foi confirmado por israelenses, palestinos e os negociadores do Catar e do Egito que participam das conversas no balneário egípcio de Sharm El-Sheik.

Trump, que pressionou para intermediar o acordo, afirmou nas redes sociais na quarta-feira, 8, que ambos os lados concordaram com a primeira fase do seu plano de paz, que exige que Israel recue suas tropas para uma linha previamente acordada.

Ele disse que poderá viajar neste fim de semana para a região, onde as negociações sobre Gaza estão em andamento em Sharm el-Sheikh, no Egito.

"Tenho muito orgulho em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso Plano de Paz. Isso significa que TODOS os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como os primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e eterna", disse Trump na publicação no Truth Social.

Netanyahu fala em acordo histórico

O premiê israelense descreveu o acordo como "um ponto de virada crucial", bem como "um sucesso diplomático e uma vitória nacional e moral" para Israel. Ele também agradeceu ao presidente Trump por "seu compromisso inabalável com a segurança de Israel e a liberdade de nossos reféns"

Netanyahu não forneceu mais detalhes sobre o acordo. O gabinete de ministros deve se reunir na quinta-feira para referendar o pacto, mas não deve haver empecilhos para sua aprovação. "Com ajuda de Deus, traremos todos os reféns para casa", disse.

O grupo que reúne a família dos reféns celebrou o cessar-fogo e disse que não descansará até que o último deles esteja em casa.