Defesa: ex-ministro se reúne com comandantes das Forças e depois com Braga Netto

Política
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O agora ex-ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo, se reúne na manhã desta terça-feira, 30, na sede da pasta com os três comandantes das Forças Armadas. Como o Estadão adiantou, a expectativa nas Forças Armadas é de haja uma renúncia coletiva dos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica, depois da demissão de Azevedo. Uma outra reunião de Azevedo com o novo ministro da pasta, general Braga Netto, deve ocorrer na sequência.

Na segunda-feira, 29, logo após sua demissão, Azevedo se reuniu com os comandantes e evitou falar com a imprensa na saída do ministério. O general foi demitido do cargo depois de se opor à substituição do comandante do Exército, Edson Leal Pujol. Com a mudança de comando na Defesa, a saída de Pujol é dada como certa. O comandante se recusou a se envolver com questões políticas e desagradou Bolsonaro.

A saída de Azevedo do ministério foi uma das seis mudanças feitas no governo nesta segunda-feira. Braga Netto deixou a Casa Civil e foi deslocado para a Defesa. Os comandos das pastas da Secretaria de Governo, Justiça e Segurança Pública, Advocacia-Geral da União e Relações Exteriores também foram alterados.

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A Justiça da Bolívia restituiu na sexta-feira (2) a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por um caso de tráfico envolvendo uma menor, que tinha sido anulada por uma juíza no início da semana. O líder indígena acusa o governo de Luis Arce de orquestrar uma perseguição judicial contra ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.