Há cuidado para definir, no momento certo, o melhor candidato possível a presidente, diz Kassab

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente nacional do PSD e secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou nesta sexta-feira, 26, que o candidato da centro-direita e da direita à Presidência da República será definido "no momento certo". Segundo ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve endossar algum nome em momento oportuno.

A declaração foi feita em conversa com jornalistas durante evento da organização Comunitas, na capital paulista. Kassab ressaltou que será preciso aguardar a decisão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) - se concorrerá à Presidência ou à reeleição em São Paulo - até abril do ano que vem, prazo limite para a desincompatibilização.

"No campo da centro-direita, que está sendo construído no Brasil, há um cuidado para definir, no momento certo, o melhor candidato possível", disse o secretário. "Bolsonaro é, indiscutivelmente, um dos grandes líderes políticos (...) Então, no momento oportuno, sua manifestação será muito importante para a decisão final sobre os partidos caminharem juntos no primeiro ou, eventualmente, no segundo turno."

Segundo Kassab, o campo da centro-direita pode estar unido tanto no primeiro quanto no segundo turno. Ele avaliou que Tarcísio tem grandes chances de unificar as forças já na largada da disputa. Caso o governador decida não concorrer, acrescentou, a convergência pode ocorrer em outro momento da eleição.

Questionado se o governador estaria mais inclinado a não disputar a Presidência, Kassab respondeu que Tarcísio tem afirmado isso reiteradamente e destacou que, da parte do PSD, qualquer decisão será respeitada, seja pela reeleição em São Paulo ou por uma eventual candidatura nacional.

O secretário afirmou ainda que o jantar oferecido na última segunda-feira (22) ao governador Ratinho Junior (PSD-PR) não teve conotação eleitoral, já que o encontros teria sido suprapartidário e reuniu lideranças de diferentes legendas. Nos bastidores, há a avaliação de que Kassab estaria trabalhando para impulsionar Ratinho diante dos recuos de Tarcísio.

Sobre a eleição presidencial em 2026, Kassab disse considerar prematuro qualquer prognóstico, mas destacou que confia no futuro da política brasileira, citando uma nova geração de governadores e lideranças "muito bem preparadas" para comandar o País. Reforçou que Tarcísio tem feito "excelente gestão" em São Paulo e reúne todas as condições para ser um bom candidato à Presidência. Ainda assim, ponderou que o governador tem circunstâncias e compromissos com o Estado e precisa avaliar o cronograma de sua carreira em conjunto com o plano de governo paulista.

Ele não comentou sobre a possibilidade de ser candidato a vice-governador na chapa de Tarcísio no ano que vem. O entorno do chefe do Executivo paulista afirma que Kassab não deve ser o escolhido para o posto, apesar de sua clara intenção para tal.

Anistia

Em relação à anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, Kassab afirmou que qualquer projeto nesse sentido pode representar um avanço. Ele disse ser a favor de que o tema seja discutido para corrigir excessos que, em sua avaliação, foram cometidos.

Ele declarou apoiar a abertura do debate e associou sua posição à manifestação recente do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, que reconheceu caber ao Legislativo a análise de eventual projeto após a conclusão do julgamento no Supremo.

Em outra categoria

Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press