Moraes: com golpe, quem estaria no banco dos réus seriam instituições democráticas

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta terça-feira, 9, que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro realmente alterou a minuta do golpe de Estado. Segundo Moraes, testemunhos dos ex-comandantes das Forças Armadas confirmaram a "evolução na redação" do documento, sendo mantido o conteúdo golpista do mesmo. "Bolsonaro realmente mexeu no decreto. Óbvio. Se ele é o líder da organização criminosa, se ele queria se perpetuar no poder, se ele chama os comandantes das Forças e o ministro da Defesa para apresentação, e se ele diz que há necessidade de algumas alterações, e ele próprio disse que discutiu isso, é óbvio que os decretos, as minutas foram mudando por vontade predominantemente de quem? Do líder da organização criminosa", destacou.

Ainda de acordo com Moraes, a negativa "contundente" à minuta do golpe, de parte da ex-cúpula das Forças Armadas e o apoio dos mesmos à democracia, fez com que a "consumação do golpe começasse a diminuir". Nesse momento, Moraes destacou que não se pode confundir consumação do golpe com consumação do crime de golpe de Estado.

"São coisas diversas. O crime de golpe de Estado e o crime de abolição do Estado democrático de direito. A mera tentativa, até porque a consumação não vai possibilitar responsabilidade de ninguém, a tentativa ela consuma o crime. Todos esses fatos executórios, desde junho de 2021 até 8 de janeiro de 2023, foram atos executórios que consumaram os crimes de abolição do Estado democrático de direito e golpe de Estado", destacou o ministro. "Não consumaram o golpe, mas não há necessidade de consumação do golpe. Eu repito, tentar aboli-lo, tentar o golpe. E ninguém aqui na história da humanidade viu golpista que deu certo se auto colocar no banco dos réus. Na verdade, quem estaria no banco dos réus seria o Supremo Tribunal Federal, seriam as instituições democráticas", ponderou.

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Três pessoas ficaram gravemente feridas após um helicóptero médico cair em uma rodovia em Sacramento, na Califórnia, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira, 6. Um vídeo publicado nas redes sociais por uma testemunha mostra que a aeronave perde altitude aos poucos antes de atingir o chão. Logo após a queda, é possível ver fumaça no local.

O helicóptero havia levado um paciente para um hospital da região e retornava para sua base, por volta das 19h (no horário local), quando o acidente aconteceu. Nenhum veículo foi atingido durante a queda.

Um piloto, uma enfermeira e um paramédico foram levados para hospitais em estado grave. A mulher chegou a ficar presa nos destroços da aeronave, mas foi retirada por socorristas, que precisaram da ajuda de motoristas que passavam pela rodovia para movimentar o helicóptero.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Sacramento, a aeronave não pegou fogo. Ela pertencia a Reach Air Medical Services, que afirmou que ainda apura os detalhes da situação e o estado de saúde dos feridos. A causa do acidente ainda será investigada. (Com informações da Associated Press)

A ativista sueca Greta Thunberg se manifestou na madrugada desta terça-feira, 7, sobre fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizendo que ela tem problemas para controlar a sua raiva. Em publicação nas redes sociais, ela sugeriu que ele sofre dessa mesma questão.

Greta está entre ativistas detidos por participarem de uma flotilha de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza que foram deportados na segunda-feira, 6.

Por meio das redes sociais, ela comentou a fala do presidente Trump. "Ouvi dizer que Donald Trump expressou mais uma vez suas opiniões muito lisonjeiras sobre meu caráter e aprecio sua preocupação com minha saúde mental", disse em publicação.

"Eu aceitaria gentilmente quaisquer recomendações que você possa ter para lidar com esses chamados 'problemas de controle da raiva', já que, a julgar pelo seu histórico impressionante, você parece estar sofrendo com eles também", rebateu.

Os treze brasileiros que integravam a flotilha de ajuda humanitária, que foram detidos por Israel, foram libertados e seguem para a Jordânia. A informação foi divulgada pelo Itamaraty, por volta das 7 horas desta terça-feira, 7, pelo horário de Brasília.

As negociações foram conduzidas pelo governo brasileiro, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv.

"Os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud, entre eles, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), foram conduzidos até a fronteira com a Jordânia e libertados", disse, por meio de nota.

Ainda conforme o Itamaraty, diplomatas das Embaixadas em Tel Aviv e em Amã receberam os ativistas que foram transportados para a capital jordaniana em veículo providenciado pela Embaixada brasileira naquele país.

Ainda de acordo com o Itamaraty, integrada por mais de 40 embarcações e 420 ativistas de diferentes nacionalidades, a flotilha Global Sumud tinha caráter pacífico e tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza quando foi interceptada em águas internacionais por forças militares do Estado de Israel.

"O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário", disse.