Juíza nega indenização a Gleisi e Lindbergh por fala de Gayer sobre 'trisal'

Política
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A juíza Thais Araújo Correia, da 17ª Vara Cível de Brasília, negou uma ação em que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), pediam uma indenização de R$ 60 mil por declaração feita pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO) nas redes sociais.

Na publicação, o bolsonarista sugeria a formação de um "trisal" entre Gleisi, seu namorado Lindbergh, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A avaliação é a de que as manifestações se deram "no exercício do mandato" e estão dentro do "exercício legítimo da liberdade de expressão".

O episódio ocorreu na época da escolha da ministra para chefiar a Secretaria de Relações Institucionais. Depois de criticar fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que ele se refere a Gleisi como uma "mulher bonita" que poderia ajudá-lo a se aproximar dos presidentes das Casas do Congresso, Gayer escreveu: "Me veio a imagem da Gleisi, Lindbergh e Davi Alcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo!".

Na ação, Gleisi e Lindbergh sustentam que a postagem, posteriormente apagada, foi feita para constranger e humilhar publicamente a ministra e a ofender a honra e imagem do líder do PT na Câmara.

Em resposta apresentada nos autos, Gayer mencionou a imunidade parlamentar, argumentou que deveria "prevalecer a liberdade de expressão" e sustentou ainda que "não houve a demonstração de danos morais".

A juíza Thais Araújo Correia disse não ver "excesso" nas manifestações do deputado bolsonarista, que, apesar de "grosserias", se deram em reação à fala de Lula.

"Os impropérios proferidos nas mensagens publicadas, frise-se, representam apenas a rudeza do interlocutor, inservíveis, no entanto, para desabonar a imagem e honra dos autores", disse.

A magistrada sustentou que Gleisi e Lindbergh, como pessoas públicas, "não estão infensos a críticas próprias da política" e assim os comentários de Gayer "não assumem força suficiente para causar prejuízo ao seu patrimônio moral, no sentido de aviltar-lhe a reputação ou o seu nome no meio político".

Na época, após críticas pela declaração, Gayer foi às redes sociais para dizer ter sido o "único parlamentar de direita que saiu em defesa da ministra Gleisi Hoffmann, covardemente menosprezada e achincalhada pelo presidente da República".

Ele também afirmou que "apenas questionou" se Lindbergh aceitaria as "falas repugnantes" do presidente Lula, e que "jamais quis ofender ou depreciar" Alcolumbre.

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Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press