Sem passaporte, Bolsonaro diz que guardava US$ 14 em espécie para possível viagem

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 18, que mantinha dólares em sua casa, em Brasília, para uma possível viagem. Mais cedo, a Polícia Federal (PF) apreendeu US$ 14 mil na residência do ex-presidente, que está com o passaporte retido e proibido de deixar o País.

Questionado sobre os dólares encontrados pela PF, o ex-presidente afirmou que mantinha o valor em casa para "a possibilidade de uma viagem" e declarou que não é crime guardar dinheiro em espécie. Ele negou que a quantia apreendida tenha qualquer relação com um eventual plano de fuga do País.

"Eu tenho um bom montante no banco. Em havendo uma fuga ele seria bloqueado. Esse dinheiro foi sacado ao longo dos meses. Você não vai fugir apenas com 14 mil dólares. Estou com passaporte apreendido há dois anos", disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio BandNews FM. "Não cogitei fugir para lugar nenhum", completou.

Bolsonaro relatou que foi acordado por batidas da PF em sua porta por volta das 7h. Segundo ele, uma das agentes disse estar com o dedo cortado, e ele indicou o banheiro para que ela pudesse limpar o sangue. Em seguida, a agente retornou com um pen drive. "Nunca abri um pen drive na minha vida", disse ele, mostrando-se surpreendido.

Durante a entrevista, o ex-presidente, que está com uma tornozeleira eletrônica na perna esquerda, se recusou a mostrar o dispositivo. "É humilhante, é degradante. Tenho vergonha de dizer que estou com uma tornozeleira. Vergonha por eles". disse.

Bolsonaro também negou ter medo de ser preso, mas afirmou considerar-se vítima de uma injustiça. "Estou com 70 anos. Não tenho medo de mais nada", declarou. Ao mesmo tempo, lamentou não poder mais conversar com o filho Eduardo Bolsonaro, que também é alvo de investigações e atualmente vive nos Estados Unidos.

O ex-presidente também criticou a proibição de usar as redes sociais, afirmando que a decisão vai beneficiar a esquerda. Segundo ele, o objetivo seria retirá-lo completamente do processo político de 2026. Apesar disso, e mesmo estando inelegível até 2030, Bolsonaro manteve o discurso de que será candidato ao Palácio do Planalto no ano que vem. "Por enquanto, sou candidato", afirmou.

Na entrevista, Bolsonaro também tentou afastar qualquer ligação com a tarifa de 50% anunciada pelo ex-presidente Donald Trump contra o Brasil. "Não existe lobby para impor sanções contra qualquer país. (...) Eu e o Eduardo não temos nada a ver com essa questão do tarifaço", afirmou.

A ação policial na casa de Bolsonaro foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moares. Segundo a PF, Bolsonaro tem atuado para dificultar o julgamento do processo do golpe e disse que as ações poderiam caracterizar crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

Por ordem de Moraes, o ex-presidente também ficará submetido a medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente também está proibido de acessar as redes sociais.

Além disso, Bolsonaro precisará cumprir o recolhimento domiciliar de 19 horas às 7 horas e também nos fins de semana; não poderá se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros nem com outros réus e investigados pelo STF.

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A coalizão no governo do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, não conseguiu garantir a maioria na Câmara Alta de 248 assentos na eleição parlamentar, segundo a rede pública de televisão NHK nesta segunda-feira, 21 (pelo horário local).

O Partido Liberal Democrata, de Ishiba, e seu parceiro de coalizão, Komeito, precisavam ganhar 50 assentos além dos 75 que já possuem para alcançar a meta. Com dois assentos ainda a serem decididos, a coalizão tinha apenas 46 assentos.

A derrota é mais um golpe para a coalizão de Ishiba, tornando-a minoria em ambas as câmaras após perder em outubro a eleição para a Câmara Baixa, o que agrava a instabilidade política. É a primeira vez que o Partido Liberal Democrata perde a maioria em ambas as câmaras do parlamento desde a sua fundação, em 1955.

Ishiba expressou, neste domingo, 20, determinação em continuar como primeiro-ministro para enfrentar desafios como as ameaças tarifárias dos EUA, mas ele pode enfrentar pedidos dentro do próprio partido para renunciar ou para que encontre outro parceiro de coalizão. Fonte: Associated Press

O príncipe saudita Al-Waleed bin Khaled bin Talal Al Saud, de 36 anos, morreu neste sábado, 19, após mais de 20 anos em coma por causa de um acidente de carro.

O período em que o jovem da realeza da Arábia Saudita ficou em coma fez com que ele passasse a ser chamado pela imprensa mundial de "príncipe adormecido".

A confirmação da morte foi pelo pai do rapaz, Khalid bin Talal bin Abdulaziz, em uma publicação no X.

"Com corações que acreditam na vontade e no destino de Deus, e com grande tristeza e pesar, lamentamos a perda do nosso querido filho. Príncipe Alwaleed bin Khalid bin Talal bin Abdulaziz Al Saud, que Deus tenha misericórdia dele, faleceu hoje", escreveu no X.

Al-Waleed bin Khaled bin Talal Al Saud estava em coma desde os 16 anos, quando sofreu um acidente de carro em Londres, na Inglaterra. A colisão ocorrida em 2005 gerou graves lesões cerebrais e hemorragia.

Al-Walleed passou os últimos anos da sua vida internado na Cidade Médica Rei Abdulaziz, em Riad, capital da Arábia Saudita. O príncipe era alimentado por sonda e dependia de aparelhos para sobreviver.

Os clãs beduínos armados da Síria anunciaram neste domingo (20) que se retiraram da província de Sueida, com maioria drusa, após mais de uma semana de confrontos e um cessar-fogo mediado pelos EUA, enquanto comboios de ajuda humanitária começaram a entrar na cidade que devastada no sul do país.

Os confrontos entre milícias da minoria religiosa drusa e os clãs muçulmanos sunitas mataram centenas e ameaçaram desestabilizar a já frágil transição no país. Israel também lançou dezenas de ataques aéreos na região, visando forças governamentais que efetivamente se aliaram aos beduínos.

Em discurso realizado no sábado, 19, o presidente interino sírio, Ahmad al-Sharaa, agradeceu aos beduínos por suas posturas heroicas, mas exigiu que cumprissem integralmente o cessar-fogo e obedeçam às ordens do Estado. Fonte: Associated Press*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.