Nexus: Ação da PF contra Bolsonaro ganha repercussão internacional e domina redes no Brasil

Política
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A operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou destaque em veículos internacionais como CNN, Fox News e Reuters e impulsionou um salto de 319% nas postagens em outras línguas ao longo da manhã desta sexta-feira, 18 (leia mais abaixo).

No Brasil, o impacto foi ainda mais expressivo: levantamento da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados mostra que oito das dez primeiras posições dos Trending Topics do X às 10h eram ocupadas por expressões relacionadas à ação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Por ordem de Moraes, o ex-presidente também ficará submetido a medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acessar as redes sociais. Além disso, Bolsonaro precisará cumprir o recolhimento domiciliar de 19 horas às 7 horas, inclusive nos fins de semana. O capitão reformado também não poderá se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros nem com outros réus e investigados pelo STF.

Entre os termos mais citados estavam "GRANDE DIA" (1º lugar, com 44 mil menções), "TOC TOC TOC" (5º lugar, com 17,5 mil menções), o nome de Jair Bolsonaro (2º lugar, com 126 mil menções) e "Polícia Federal" (3º lugar, com 40 mil menções). Outros tópicos ligados à operação, como "Xandão", "Perseguição" e "Ditadura", também figuraram entre os mais comentados.

Uma análise amostral do instituto a partir de 210 mil postagens, feitas por cerca de 68 mil usuários únicos, indicou pico de menções às 10h, com tendência de alta. A amostra contabilizou mais de 21 milhões de impressões e 825 mil curtidas.

Entre os perfis mais engajados estavam influenciadores de esquerda e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), responsável por uma das publicações mais compartilhadas do dia, superando 160 mil visualizações e 14 mil interações. O influenciador Felipe Neto e os portais G1 e Bloomberg também figuraram entre os emissores mais seguidos, enquanto parlamentares como Marcel Van Hatten (Novo-RS) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) lideraram a mobilização política na rede.

No Google Trends, Bolsonaro chegou ao topo das buscas no Brasil, com pico às 9h40 e mais de 100 mil pesquisas - a expressão "Bolsonaro preso" também apareceu entre as primeiras posições.

Mídia internacional

Jornais de diversas partes do mundo destacam a notícia sobre as medidas restritivas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na capa do site do jornal espanhol El País, é destacado o uso da tornozeleira por risco de fuga e, em nota, o periódico destaca que Bolsonaro "acordou nesta sexta-feira em sua casa em Brasília com a visita mais temida: a Polícia Federal".

No inglês The Guardian, a notícia recorda que os temores de fuga do ex-presidente para o exterior se intensificaram nos últimos dias, depois que o presidente americano, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% ao Brasil, como resultado do que chamou de "caça às bruxas" contra seu aliado de direita. "Na quinta-feira, o presidente dos EUA publicou uma carta a Bolsonaro nas redes sociais na qual denunciou o 'tratamento terrível' que, segundo ele, seu aliado estava recebendo do governo brasileiro", menciona o texto.

A Al Jazeera, do Catar, ressalta o "lobby" feito por Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente brasileiro, em Washington para influenciar o governo trumpista a impor sanções ao Brasil, de acordo com a declaração do STF. Nos Estados Unidos, o The News York Times menciona que a ação "aumenta a rivalidade do Brasil com Trump".

Outras agências de notícias e jornais, como o argentino La Nación, a Reuters e o francês Le Figaro também destacaram a notícia.

Em outra categoria

A coalizão no governo do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, não conseguiu garantir a maioria na Câmara Alta de 248 assentos na eleição parlamentar, segundo a rede pública de televisão NHK nesta segunda-feira, 21 (pelo horário local).

O Partido Liberal Democrata, de Ishiba, e seu parceiro de coalizão, Komeito, precisavam ganhar 50 assentos além dos 75 que já possuem para alcançar a meta. Com dois assentos ainda a serem decididos, a coalizão tinha apenas 46 assentos.

A derrota é mais um golpe para a coalizão de Ishiba, tornando-a minoria em ambas as câmaras após perder em outubro a eleição para a Câmara Baixa, o que agrava a instabilidade política. É a primeira vez que o Partido Liberal Democrata perde a maioria em ambas as câmaras do parlamento desde a sua fundação, em 1955.

Ishiba expressou, neste domingo, 20, determinação em continuar como primeiro-ministro para enfrentar desafios como as ameaças tarifárias dos EUA, mas ele pode enfrentar pedidos dentro do próprio partido para renunciar ou para que encontre outro parceiro de coalizão. Fonte: Associated Press

O príncipe saudita Al-Waleed bin Khaled bin Talal Al Saud, de 36 anos, morreu neste sábado, 19, após mais de 20 anos em coma por causa de um acidente de carro.

O período em que o jovem da realeza da Arábia Saudita ficou em coma fez com que ele passasse a ser chamado pela imprensa mundial de "príncipe adormecido".

A confirmação da morte foi pelo pai do rapaz, Khalid bin Talal bin Abdulaziz, em uma publicação no X.

"Com corações que acreditam na vontade e no destino de Deus, e com grande tristeza e pesar, lamentamos a perda do nosso querido filho. Príncipe Alwaleed bin Khalid bin Talal bin Abdulaziz Al Saud, que Deus tenha misericórdia dele, faleceu hoje", escreveu no X.

Al-Waleed bin Khaled bin Talal Al Saud estava em coma desde os 16 anos, quando sofreu um acidente de carro em Londres, na Inglaterra. A colisão ocorrida em 2005 gerou graves lesões cerebrais e hemorragia.

Al-Walleed passou os últimos anos da sua vida internado na Cidade Médica Rei Abdulaziz, em Riad, capital da Arábia Saudita. O príncipe era alimentado por sonda e dependia de aparelhos para sobreviver.

Os clãs beduínos armados da Síria anunciaram neste domingo (20) que se retiraram da província de Sueida, com maioria drusa, após mais de uma semana de confrontos e um cessar-fogo mediado pelos EUA, enquanto comboios de ajuda humanitária começaram a entrar na cidade que devastada no sul do país.

Os confrontos entre milícias da minoria religiosa drusa e os clãs muçulmanos sunitas mataram centenas e ameaçaram desestabilizar a já frágil transição no país. Israel também lançou dezenas de ataques aéreos na região, visando forças governamentais que efetivamente se aliaram aos beduínos.

Em discurso realizado no sábado, 19, o presidente interino sírio, Ahmad al-Sharaa, agradeceu aos beduínos por suas posturas heroicas, mas exigiu que cumprissem integralmente o cessar-fogo e obedeçam às ordens do Estado. Fonte: Associated Press*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.